Qual a validade de um contrato de gaveta?

Perguntado por: opacheco . Última atualização: 21 de janeiro de 2023
3.9 / 5 20 votos

O contrato de compra e venda de gaveta tem validade apenas para os envolvidos na negociação. Porém, vale lembrar que um imóvel depende de toda a regularização cartorial – além de outras burocracias documentais. O principal risco envolvendo a negociação informal se dá pela má reputação desse tipo de negócio.

Por não ser regularizado em um órgão público, o contrato de gaveta oferece riscos e pode nem sequer ser aceito em negociações de financiamento. Caso não haja alternativa, ele deve ser regulamentado por um cartório local – mas nem todos os ofícios aprovam esse tipo de documento.

Riscos e desvantagens desse tipo de contrato
Acredite, esse é um golpe muito comum. Sem registro no cartório de imóveis, a negociação não tem validade jurídica. Então, em tese, se o gaveteiro ou mesmo mutuário passar a venda para um outro interessado será apenas uma atitude má-fé e nada mais que isso.

Pode! A depender do caso, o contrato de gaveta firmado entre duas pessoas pode ser anulado. Nesse sentido, com tal anulação, ele poderá ser considerado inexistente, prejudicando as partes contratantes. Por esse motivo, é recomendável você procurar uma assessoria jurídica especializada no assunto.

– Depois da escritura lavrada, e do imposto recolhido, é necessário que você leve a escritura até o Ofício de Registro de Imóveis, para aí sim, ter seu imóvel registrado.

Tecnicamente, sim. O contrato de gaveta é comumente utilizado na compra e venda de imóveis, principalmente os que ainda estão sendo financiados, não havendo qualquer tipo de formalização dessa transação oculta no Cartório de Registro de Imóveis.

Nesse caso, é necessário contar com assessoria jurídica especializada. Por isso, o contrato de gaveta precisa de advogado, seja para elaboração ou revisão.

Dados de contato do vendedor e do comprador
Mas essa dica vai além disso. É imprescindível informar também o número de telefone e o e-mail das partes, com o objetivo de facilitar a comunicação. Ou seja, se o comprador precisar notificar o vendedor, ele poderá fazer isso por e-mail, já que está previsto em contrato.

Quando o contrato não é registrado em cartório tem valor? Sim, tem um preço, até porque não há exigência legal de registro em cartório. Mesmo sem o reconhecimento das assinaturas do Inquilino e Inquilinos, também é válido.

Um contrato de gaveta pode ter um custo variável a depender de quem vai elaborá-lo. Os valor mínimo de um contrato desse gira em torno de R$800,00 (oitocentos reais), mas pode chegar a valores superiores a 4 dígitos. Na maior parte das vezes, é levado em consideração o valor do imóvel para a precificação do contrato.

Como funciona esse tipo de contrato? O contrato de gaveta funciona da seguinte forma: o vendedor — também conhecido como mutuário — faz o financiamento com a instituição bancária e o gaveteiro — pessoa que compra do vendedor — paga as parcelas do financiamento para o vendedor, e receberá o bem transferido.

Será preciso:

  1. Procurar um advogado para fazer a minuta da escritura;
  2. Ir a um tabelionato e companhia do antigo dono para assinar a nova escritura;
  3. Recolher o Impostos de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e as custas do cartório;
  4. Levar a nova escritura assinada pelas partes a um cartório de registro de imóveis.

Riscos para o comprador (“gaveteiro”) no contrato de gaveta
Nesse caso, há o risco de sua família ficar desabrigada, já que o imóvel não poderá ser incluído na divisão de bens, haja vista que, legalmente, ele não era de propriedade do falecido.

Ou seja, se você herdou um bem que não está regularizado e a documentação que se tem é apenas o contrato particular, de gaveta, este imóvel será trazido ao inventário e partilhado, e quem recebê-lo poderá solicitar a escritura ao vendedor ou adjudicar judicialmente o bem, como uma das opções para regularizar o imóvel.

Os riscos avaliados estão ligados a possibilidades de fraude à credores, fraude à execução, processos trabalhistas, dívidas trabalhistas e previdenciárias, débitos de condomínio, se o imóvel garante alguma obrigação em qualquer localidade do país, entre outros.

Esses contratos não tem validade jurídica mas em todo caso se o comprador concordar poderão fazer através do "contrato de gaveta" o distrato, e se não concordar aí só contratando um advogado e pleitear via judicial.

O contrato de gaveta não transfere a propriedade
Celebrado o contrato, a posse do imóvel será transferida ao locatário. Contudo a propriedade permanecerá com o locador. O Código Civil Brasileiro determina que os Direitos Reais sobre bens imóveis somente são transferidos por meio do Registro no Cartório de Imóveis: Art.

Para realizar o registro de um título ou documento basta comparecer a um cartório do registro de títulos e documentos, munido do documento original ao qual se deseja registrar.

Quando estamos diante da situação em que o vendedor se nega a outorgar a escritura o comprador de imóvel pode procurar a justiça para que obrigue o vendedor a fazer a outorga, mas o contrário também é possível? Sim, o vendedor também pode procurar a justiça para que faça o comprador receber a escritura do imóvel.

Deve ser requerida a emissão da Guia do ITBI constando as informações do comprador, do vendedor e do imóvel, assim como o valor pago pelo imóvel. Todos os envolvidos devem comparecer, conjuntamente, ao tabelionato, onde será realizada a leitura da escritura pelo tabelião, o ato será lavrado e as assinaturas colhidas.

As partes devem reconhecer firma no cartório no momento em que é feita a assinatura do contrato de gaveta, bem como contar com a participação de testemunhas. Outro cuidado essencial é guardar todos os recibos referentes aos pagamentos de todas as prestações. Isso é importante para provar que se agiu de boa-fé.