Qual a tese de Hannah Arendt?

Perguntado por: ucrespo . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Arendt elege a liberdade como tema fundamental de seu pensamento desde o seu turn para a política até seus últimos escritos. Sustento que a noção de liberdade é o fio condutor que perpassa todos os seus trabalhos sobre as atividades humanas e sobre a condição humana.

Principais ideias de Hannah Arendt. Hannah Arendt era adepta do conceito de “pluralismo” no âmbito político. Pelo pluralismo seria possível gerar o potencial de uma liberdade e igualdade política entre as pessoas. Ela trabalhou acerca da questão da importância do pensamento crítico como guia das ações humanas.

Hannah Arendt afirma que o totalitarismo é uma forma de governo sem precedentes na história política. Seu livro publicado em 1951, As origens do totalitarismo, pode ser lido como uma grande defesa dessa tese, demonstrada com uma argumentação potente.

Hannah Arendt foi uma filósofa judia que se refugiou nos Estados Unidos por causa do nazismo e ficou mundialmente conhecida pelos estudos acerca dos regimes totalitários. Hannah Arendt aos 18 anos de idade. Hannah Arendt destacou-se como uma das pensadoras mais originais em filosofia política no século XX.

Hannah Arendt, a partir do julgamento de Adolf Eichmann, em 1961, propõe uma análise da banalização do mal na sociedade. Para ela, a maldade não se dá por causa da natureza de caráter ou de personalidade, mas sim pela incapacidade de julgar e conhecer as situações, os fatos, as estruturas e o contexto.

A experiência histórica dos displaced people levou Hannah Arendt a concluir que a cidadania é o direito a ter direitos, pois a igualdade em dignidade e direito dos seres humanos não é um dado. É um construído da convivência coletiva, que requer o acesso a um espaço público comum.

Com relação a essas críticas, argumento que, frente à ruptura da tradição, Arendt exercita um pensamento “sem amparos”, nem dialético nem esquemático, mas que simultaneamente distingue e relaciona conceitos opostos, tornando-os inteligíveis por meio de sua confrontação e complementaridade.

O poder corresponde à habilidade humana não apenas para agir, mas para agir em concerto. O poder nunca é propriedade de um indivíduo; pertence a um grupo e permanece em existência apenas na medida em que o grupo conserva-se unido.

Em seu livro A Condição Humana, Arendt diferencia três atividades do homem: o trabalho (manutenção da vida); a obra (produção de algo novo); e ação (vida pública, política)2.. Estas três atividades fazem parte da vita activa: a vida humana.

Segundo Hannah Arendt, a banalidade do mal é o fenômeno da recusa do caráter humano do homem, alicerçado na negativa da reflexão e na tendência em não assumir a iniciativa própria de seus atos.

Para Arendt, só o trabalho tem o condão de criar o mundo comum. Ao labor compete apenas manter ativos os elementos criados pelo trabalho. Desta forma, seus produtos são de imediato, meios outra vez; meios de subsistência e reprodução da força do labor (Arendt, 2009, p.

Sua obra é fundamental para entender e refletir sobre os tempos atuais, dilacerados por guerras localizadas e nacionalismos. Para ela, compreender significava enfrentar sem preconceitos a realidade, e resistir a ela, sem procurar explicações em antecedentes históricos.

Arendt afirma que o isolamento é a característica do Homo Faber, daquele que produz as coisas humanas e, por isto, está em contato com o mundo como obra humana (2006, p. 527). A partir destes dados é possível perceber que as tiranias e ditaduras investem contra a política e a formação do poder.

A liberdade é entendida por Arendt como a manifestação do ser humano no espaço público, cujo aparecimento é mediado pela linguagem sem coação, na pluralidade, na singularidade, visando a ação.

Como usar o repertório? Você pode usar esse repertório em qualquer redação, basta citar que o mal já está tão presente na sociedade que ela a considera como normal, não fazendo uma ação para mudar de realidade. Por sua vez, esse mal pode ser o tema principal da redação, que por via de regra, sempre é um problema.

Ela se sentiu espantada ao ver que Eichmann não era o q ela imaginava. Ele era um ser humano comum, normal como qualquer outro, pai de família e um funcionário. Eichmann era responsável pelo envio dos judeus aos campos de concentração, despachando-os nos trens.

Hannah Arendt chegou à conclusão sobre o mal de Eichmann. O mal que ele praticava não era um mal demoníaco, mas era um mal constante que fazia parte da rotina dos oficiais nazistas como instrumento de trabalho. Ou seja, a banalidade do mal é um mal que virou comum de ser praticado.