Qual a taxa de risco do Brasil?

Perguntado por: hvasques6 . Última atualização: 2 de maio de 2023
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O risco país, ou CDS (Credit Default Swap) de 5 anos, fechou 2022 a 250 pontos-base. Está no mesmo patamar na 4ª feira (4. jan. 2023).

A agência de classificação de risco projeta, ainda, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real em 2,3% em 2023 (antes se esperava 0,7%) e a convergência para um ritmo de tendência de 2% ao ano, a médio prazo. A projeção da Fitch é menor do que a esperada pelas autoridades brasileiras (2,6%).

Para calcular o risco-Brasil, são comparados os retornos dos títulos públicos brasileiros com os títulos estadunidenses — considerados o investimento mais seguro do mundo. A diferença é chamada de spread soberano e é medida por pontos-base, sendo que cada cem pontos-base representam 1% de rentabilidade.

O risco-país refere-se aos riscos econômicos, políticos e comerciais que são exclusivos de um país específico e que podem resultar em perdas inesperadas de investimento. Aqui, o instrumento é chamado de risco-Brasil. Muitos investidores optam por investir parte de seu capital em títulos estrangeiros.

O risco-Brasil é um conceito que busca expressar de forma objetiva o risco de crédito a que investidores estrangeiros estão submetidos quando investem no país. No mercado, os indicadores diários mais utilizados para essa finalidade são o EMBI+Br e o Credit Default Swap (CDS) do Brasil.

Publicado em 15 de junho de 2023 às, 06h45. Última atualização em 15 de junho de 2023 às, 08h21. A agência de classificação de risco S&P alterou na quarta-feira, 14, a perspectiva da nota de crédito (rating) que ela atribui ao Brasil, que atualmente é "BB-" para crédito soberano.

A taxa livre de risco é a rentabilidade que você pode obter ao assumir pouco ou quase nenhum risco no momento de investir. Ou seja, ela se refere ao rendimento que você pode alcançar se você buscar o investimento mais conservador e seguro disponível.

O motivo se deve às preocupações dos investidores em relação à política econômica com Lula, principalmente na área fiscal.

Brasil a dois passos do grau de investimento
O Brasil chegou ao patamar “BB-” em meio à crise nas contas públicas, incertezas no cenário fiscal e dificuldades para fazer avançar agendas que melhorassem o ambiente econômico.

Na véspera da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de junho, o mercado reduziu novamente suas expectativas para a inflação de 2023, desta vez de 4,98% para 4,95%. Os dados fazem parte do Boletim Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira pelo Banco Central (BC).

Aqui, o instrumento é chamado de risco-Brasil. Além do Brasil, as nações que têm um risco-país para chamar de seu são Argentina, Colômbia, México, Panamá, Peru, Equador, Venezuela, Bulgária, Egito, Malásia, Marrocos, África do Sul, Turquia, Ucrânia, Polônia, Rússia, Nigéria e Filipinas.

Mesmo com o aumento, o risco-país da Argentina está um pouco abaixo de 2.000 pontos, o que o torna o segundo país latino-americano com o maior risco soberano depois da Venezuela. Vendo pelo lado bom, o valor está bem longe das máximas de 2022, quando atingiu 3.000 pontos.

O rating é dado em forma de letras, que compõem uma escala que vai de 'AAA' (mais alto) a 'D' (mais baixo). Dessa forma, o rating mede a capacidade e disposição da emissora em questão de honrar com suas obrigações financeiras com os credores (investidores) em sua totalidade e tempestivamente.

Sovereign risk. Risco de um governo estrangeiro não honrar um empréstimo ou outros compromissos em virtude de mudanças em sua política nacional.

Quanto maior for a pontuação do EMBI+Br, maior será o risco-país, isto é, o risco de crédito brasileiro. E, conforme os resultados, isso dá parâmetros de negociação no Brasil e também afeta de forma instantânea a decisão dos investidores de aportar ou não seu capital no país.

“Sociedade de risco” significa que vivemos em um mundo fora de controle. Não há nada certo além da incerteza.