Qual a real situação da Argentina hoje?

Perguntado por: enogueira . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Para os argentinos é quase como uma tradição fiel e muito amarga: o país vive atualmente uma nova crise em sua economia que, somada à dura situação política dentro da coalizão que governa desde 2019, está abalando a sociedade e aumentando as tensões.

De acordo com os últimos dados oficiais disponíveis, a Argentina registrou uma taxa de inflação em 12 meses de 104,3% em março passado, com um índice de preços ao consumidor que acumula um aumento de 21,7% nos primeiros três meses de 2023.

A crise que assola a Argentina é um problema que parece não ter solução. O país entrou em uma espiral caótica para a economia, com uma inflação que ultrapassa os 100% ao ano, pouquíssimas reservas em dólar após uma forte seca na lavoura e uma dívida de US$ 45 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Analistas concordam que a principal questão da Argentina é política, e não econômica. A briga entre o presidente Alberto Fernández e sua poderosa vice-presidente Cristina Kirchner criou um vácuo de liderança. Fernandez e Cristina Kirchner, que foi presidente de 2007 a 2015, discordam sobre a estratégia econômica.

Conclusão. Se você tem vontade de ter a experiência de morar fora do Brasil, a Argentina é uma opção muito vantajosa: é perto, o idioma e a cultura tem muitas semelhanças, a população é receptiva com os brasileiros e a qualidade de vida em geral é melhor que no Brasil.

31.938 pesos argentinos

Valor do salário mínimo da Argentina 2023 Atualmente, o valor do salário mínimo na Argentina é o equivalente a 31.938 pesos argentinos.

A inflação na Argentina bateu um novo recorde em abril e chegou a 109% no acumulado dos últimos 12 meses, o maior valor em quase 32 anos. Para se ter ideia, o aumento dos preços do país em um único mês (8,4%) representa o dobro do registrado em todo o último ano no Brasil (4,2%).

Inflação da Argentina chega a 104,3% em março em meio a crises climática e econômica.

O governo argentino implementou diversas medidas para controlar a inflação, como a indexação dos salários e preços, o congelamento de preços e a criação de uma nova moeda, o peso convertível, que estava atrelado ao valor do dólar americano.

A economia do Brasil foi classificada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como a nona economia mundial e primeira da América Latina. A última atualização anual do PIB (de 2019) foi de R$ 7,3 trilhões. No 2º trimestre deste ano, o valor foi de R$ 1.653 bilhões.

Acreditamos que o caminho para estabilizar a economia da Argentina envolve várias medidas de longo prazo, como equilibrar as contas fiscais, reduzir a dependência do país em relação aos empréstimos externos, promover investimentos privados e melhorar a competitividade do setor produtivo.

A principal fonte de inflação na Argentina é sua vulnerabilidade externa. Um dos motivos é a política monetária de taxas de juros reais negativas (81% frente a uma inflação anual de 104% em abril/23), inferiores à taxa de retorno de ativos financeiros em dólar, intensificando a pressão cambial.

Hoje em dia a Argentina gasta muito mais do que recebe, e o déficit se reflete no mercado interno. O país tem duas moedas: o peso argentino e o dólar, que hoje é forte no país para aqueles que têm mais dinheiro. A moeda americana tem tanta importância no país que regula, por exemplo, os preços de imóveis.

De onde vem a desvalorização da moeda argentina
No texto Crise na Argentina: por que o descontrole econômico não tem fim?, Fernanda Melo explica que a desvalorização do peso começa pelo fato de o governo argentino gastar mais do que pode e perder credibilidade internacional.

O país tem o segundo maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da América do Sul, atrás apenas no Chile. No ranking divulgado pela Organização das Nações Unidas em 2022, a Argentina aparece em 47ª colocação - 40 posições acima do Brasil.

A fusão do Partido Socialista Popular com o Partido Socialista Argentino em 1972 marcou um momento histórico significativo para os partidos. Em 1989, o partido conquistaria a maioria em Rosário.

Qual a cidade mais barata da Argentina? Cidades fora do eixo turístico são sempre as mais baratas, mas Buenos Aires, Rosário, Córdoba sempre são as mais baratas para os brasileiros.

Muitos brasileiros que vão morar na Argentina são atraídos pela boa qualidade de vida que o país oferece. O transporte público, por lá, é bem mais eficiente que o nosso, no geral, as cidades são mais seguras e a saúde também apresenta bons índices. Além disso, o real é bem mais valorizado que o peso argentino.