Qual a previsão da Selic para 2023?

Perguntado por: lfogaca . Última atualização: 20 de janeiro de 2023
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As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus mantiveram em 12,50% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2023.

Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8% ao ano, respectivamente.

Como a Selic impacta a rentabilidade dos investimentos atrelados ao CDI. Os especialistas acreditam que nas últimas quatro reuniões do Copom em 2023 – que devem ocorrer em agosto, setembro, novembro e dezembro – haverá uma redução total de aproximadamente dois pontos percentuais na taxa básica de juros.

Com isso, o BC encerra uma sequência de altas da Selic promovida desde o início de 2021. Naquela época, a Selic era de 2% ao ano –menor patamar da história. A taxa, contudo, foi elevada 12 vezes por decisão do Copom até chegar a 13,75% ao ano em agosto – maior patamar desde janeiro de 2017, ou seja, em quase seis anos.

Em pesquisa feita pela XP, 71% dos gestores consultados acreditam que o primeiro corte deve ocorrer no segundo trimestre de 2023, enquanto 29% dos gestores acreditam que o ciclo de cortes deve iniciar apenas no terceiro trimestre do ano que vem.

Para 2023, o objetivo inflacionário é de 3,25%. Há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais e para menos, de 1,75% a 4,75%. Segundo as estimativas dos analistas, a inflação oficial do país ficará acima do teto da meta.

De acordo com projeções de analistas do mercado financeiro, a taxa Selic deve permanecer neste patamar até junho de 2023 — quando recuará para 13,5% ao ano.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano nos mesmos 13,75%. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,25% ao ano. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7,75% ao ano, respectivamente.

O Copom (Comitê de Política Monetária) fará sua próxima reunião nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro de 2023 para discutir os rumos da taxa Selic e a situação econômica do Brasil.

A Taxa Selic hoje está em 13,75% ao ano. Ela foi definida no dia 7 de dezembro de 2022 pelo Copom, que decidiu manter a taxa em 13,75%.

Abaixo, portanto, listamos os principais investimentos em renda fixa para o próximo ano:

  • Tesouro Selic.
  • Tesouro IPCA+
  • Títulos bancários (CDB/LCI/LCA)
  • Renda fixa com a taxa de juros em 2023.
  • Renda variável com a taxa de juros em 2023.

Renda variável: São opções para investir em produtos como ações, fundos imobiliários e fundos de renda variável. É importante ressaltar que a renda variável varia para cima e para baixo. Então, quedas também fazem parte da característica deste tipo de produto.

As decisões de política monetária têm efeitos defasados na economia. Em 2014, durante o governo Dilma Rousseff, a Selic passou de 11,25% em outubro para 14,25% ao ano em julho de 2015, patamar que ficou até outubro de 2016.

Os maiores valores já registrados para a taxa Selic ocorreram durante o período de hiperinflação no Brasil, sendo que, em 2 de fevereiro de 1989, a taxa apurada foi de 3,626%, no dia e, em 26 de dezembro de 1989, a taxa composta nos 12 meses precedentes atingiu 115 334,03%.

Selic no fim de 2022 continua em 13,75% ao ano; a de 2023 fica em 11,25%

Quando a Selic sobe, em geral aumenta a procura por investimento em renda fixa. "Eles são diretamente muito impactados pela Selic em patamares altos. Esses investimentos em renda fixa tendem a melhorar as suas taxas", afirma Vivian.

Qual o melhor investimento a curto prazo 2022? Se você tem objetivos de curto prazo, a melhor opção são os ativos de renda fixa, como títulos públicos, CDBs, fundos DI e contas corrente remuneradas. Além disso, dependendo do título, você também pode optar pelas letras de crédito.

Inflação: A projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) caiu de 5,79% para 5,76% em 2022 e subiu de 5,08% para 5,17% em 2023 e de 3,02% para 3,10% em 2025. Para 2024, permaneceu em 3,50%.

A estimativa para 2023 permaneceu em 4,70%, repetindo a projeção de quatro semanas atrás. O Boletim Focus, divulgado nesta manhã pelo Banco Central, mostrou que o mercado financeiro continua revisando para baixo o cenário para a inflação medida pelo IGP-M este ano.