Qual a pena para tortura psicológica?

Perguntado por: lbaptista . Última atualização: 7 de maio de 2023
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Pena - reclusão, de dois a oito anos. 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

É possível comprovar a violência psicológica utilizando a tecnologia a seu favor. Qualquer evidência das ameaças e manipulações, como prints de mensagens, por exemplo, servem como prova. Gravar conversas, ter testemunhas e laudos de profissionais para atestar as consequências dos abusos também influenciam no processo.

Um homem que praticou violência psicológica e patrimonial contra a ex-companheira durante a união estável deverá indenizá-la em R$ 20 mil por danos morais.

Além disso, é importante denunciar a violência psicológica às autoridades competentes, como a polícia ou o Ministério Público. Você pode registrar um Boletim de Ocorrência em uma delegacia especializada em violência doméstica ou em uma delegacia comum.

As consequências do abuso psicológico são tão graves quanto as de abusos físicos e pode causar problemas na saúde, como depressão, ansiedade, úlceras estomacais, palpitações cardíacas, distúrbios alimentares e insônia, segundo o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês).

Tipos de tortura psicológica

  • Humilhações públicas e privadas. O abusador humilha a vítima por meio de comentários que, a princípio, parecem pouco ofensivos. ...
  • Chantagem emocional. ...
  • Perseguição sistemática. ...
  • Distorção da realidade. ...
  • Ridicularização. ...
  • Restrição da liberdade de expressão. ...
  • Isolamento.

Por exemplo, podem caracterizar violência psicológica atos de humilhação, desvalorização moral ou deboche público, assim como atitudes que abalam a auto-estima da vítima e podem desencadear diversos tipos de doenças, tais como depressão, distúrbios de cunho nervoso, transtornos psicológicos, entre outras.

A Lei 14.132/2021 inseriu no Código Penal Brasileiro o artigo 147-B, que traz a figura do crime de violência psicológica contra a mulher.

Após o B.O.
A Lei Maria da Penha estabelece que, após o boletim de violência doméstica, o caso deve ser remetido ao juiz em, no máximo, 48 horas. A Justiça terá outras 48 horas para analisar e julgar a concessão das medidas protetivas de urgência, se for o caso.

Tortura psicológica também é crime. A Lei 9.455/97, que define os crime de tortura, dentre as condutas ilícitas descritas, prevê que quem constrange alguém a prestar informação ou declaração, sob ameaça ou violência, resultando em sofrimento físico ou mental, comete o crime de tortura.

Onde pedir ajuda

  1. WhatsApp da Polícia Civil: (51) 98444-0606.
  2. Emergências: 190 (Brigada Militar)
  3. Disque-Denúncia: 181.
  4. Denúncia Digital 181: ssp.rs.gov.br/denuncia-digital.
  5. Central de Atendimento à Mulher: 180.
  6. Delegacia Online: delegaciaonline.rs.gov.br.
  7. Delegacia da Mulher de Porto Alegre (atendimento 24 horas).

Quanto ao agressor, se ele não aceitar que tem um problema e precisa de ajuda, o mais sensato a se fazer é manter distância. Para isso o CVV, um profissional em saúde mental e, às vezes, até a força policial são necessários. Não se acomode e não deixe sua vida continuar assim.

Portanto, de modo geral, considera-se que o valor da indenização moral deve ser entre 1 e 50 salários mínimos. O tema ainda é discutido, principalmente quando se trata de grandes empresas envolvidas e prejuízos de grande montante.

Atualmente, o direito de queixa ou de representação, para se iniciar uma investigação sobre a agressão, decai se não for exercido no prazo de 6 meses.

Tema atualizado em 19/5/2022. Agressões verbais contra o indivíduo, quando ultrapassam o limite da razoabilidade, configuram ato ilícito passível de compensação pecuniária na medida em que ofendem atributos da personalidade, como a higidez física e psíquica da pessoa.

Quais as consequências da violência psicológica?*
Mas com o passar do tempo, ela pode desenvolver alguns distúrbios como crises de ansiedade, baixa autoestima, retraimento social e, consequentemente, isolamento, podendo evoluir para casos mais graves como a depressão.