Qual a origem dos escravos de Esparta?

Perguntado por: esantana . Última atualização: 23 de janeiro de 2023
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Segundo os historiadores, os hilotas descendiam de uma população anterior à invasão dórica que habitava a Lacônia e que, no século VIII a.C. foi subjugada pelos dórios (futuros espartanos) e reduzida à escravidão. Os hilotas cultivavam a terra dos espartanos e dela tiravam seu sustento.

Os hilotas (do grego heílotai ou heílotes, “conquistado”, “prisioneiro”) eram os servos de Esparta, indivíduos não cidadãos, presos à terra e propriedade do Estado. Eram, assim, escravos públicos a serviço da comunidade espartana.

No caso da cidade-Estado de Esparta, a escravidão tinha uma organização distinta. Os escravos, ali chamados de hilotas, eram conseguidos por meio das vitórias militares empreendidas pelas tropas espartanas.

Esparciatas ou espartanos – principal grupo na hierarquia social, os espartanos eram descendentes dos dórios e formavam a aristocracia da cidade, ou seja, eram os grandes proprietários de terras.

Esta é a terra dos maniotas, uma comunidade supostamente descendente dos espartanos, os lendários guerreiros da Grécia Antiga.

A-hu! A-hu! O grito de guerra dos soldados em "300 de Esparta" andam ecoando nos ouvidos dos fãs de filmes de batalhas.

Na Grécia Antiga uma pessoa tornava-se escrava de diversas formas. A mais comum era através da captura em guerras. Várias cidades gregas transformavam o prisioneiro em escravo. Estes, eram vendidos como mercadorias para famílias ou produtores rurais.

A principal diferença entre ambos é que, enquanto em Atenas o escravo era um bem móvel pertencente a um cidadão, os hilotas pertenciam ao Estado espartano, achando-se presos à terra, cultivando-a e pagando uma renda ao proprietário da terra.

Os escravos eram obtidos na África por meio dos traficantes que compravam prisioneiros de guerra ou sequestravam africanos. O tráfico negreiro foi uma atividade realizada entre os séculos XV ao XIX.

Os espartanos tornaram-se grandes proprietários de terras. Cada espartano adulto tinha direito a um lote de terra onde trabalhavam grupos de hilotas, que deveriam devolver boa parte do cultivo aos proprietários. Mesmo que a relação entre hilotas e espartanos seja de dominação, eles não eram considerados escravos.

Os hilotas eram a classe mais baixa da sociedade espartana, que vivia nas terras dos aristocratas da cidade e tinha de cultivá-las para sobreviver. Uma parte do que era produzido pelos hilotas ficava com os esparciatas, aqueles considerados cidadãos.

Segundo o historiador Heródoto, o lema dos espartanos era “não fugir do campo de batalha diante de qualquer número de inimigos, mas permanecer firmes em seus postos e neles vencer ou morrer”. Desde o nascimento a criança espartana já era julgada sob o olhar de valores guerreiros, uma educação militarizada.

Significado de Espartano
adjetivo Que se refere a Esparta (cidade situada na Grécia). [Figurado] Que se pode assemelhar aos preceitos dos antigos habitantes de Esparta; que tende a ser rigoroso; austero.

A derrota de Esparta por Tebas na Batalha de Leuctra em 371 a.C. acabou com o papel proeminente de Esparta na região e iniciou o período da hegemonia tebana. No entanto, ela manteve a sua independência política até a conquista romana da Grécia em 146 a.C..

Quilombolas são os descendentes e remanescentes de comunidades formadas por escravizados fugitivos (os quilombos), entre o século XVI e o ano de 1888 (quando houve a abolição da escravatura), no Brasil.

Assim como em outras cidades da Grécia Antiga, em Esparta a religião era politeísta (acreditavam em vários deuses). Arqueólogos encontraram diversos templos nas ruínas de Esparta. Atena (deusa da sabedoria) era a mais cultuada na cidade.

O tsakoniano é baseado na língua dórica falada pelos antigos espartanos, e é o único dialeto remanescente do ramo dórico ocidental das línguas helênicas. Já o grego descende dos dialetos jônicos e áticos do ramo oriental.

Eles eram guerreiros por excelência, criados desde a infância para suportar terríveis sofrimentos e dificuldades. A personalidade espartana é perfeitamente resumida nos contos sobre a Batalha das Termópilas, em 480 a.C.