Qual a maior causa do desmatamento da Amazônia?

Perguntado por: acosta . Última atualização: 30 de abril de 2023
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A construção de grandes obras de infraestrutura, a especulação com terras e a instalação de atividades econômicas como a agropecuária e a mineração estão entre as causas do desmatamento. A intensificação das queimadas na Amazônia acontecem junto ao aumento das taxas de desmatamento.

O desmatamento 1. na Amazônia brasileira tem como principais causas diretas a pecuária, a agricultura de larga escala e a agricultura de corte e queima. Dessas causas, a expansão da pecuária bovina é a mais importante.

As principais causas do desmatamento das matas brasileiras estão relacionadas à ação humana, especialmente às atividades agropecuárias. Além do processo de urbanização, o crescimento do agronegócio e de práticas ilegais agravam a situação do desflorestamento no país.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 80 % da perda de florestas no Brasil está relacionada direta ou indiretamente com a pecuária.

A Floresta Amazônica começou a sofrer com o desmatamento a partir da década de 1970, quando foi construída a Rodovia Transamazônica. Depois disso, boa parte de sua área começou a ser destruída para a realização de práticas agrícolas e criação de gado.

perda de biodiversidade tanto na fauna quanto na flora, além do aumento do número de espécies ameaçadas de extinção; desequilíbrio ecossistêmico; poluição atmosférica decorrente das queimadas; agravamento das mudanças climáticas em função da emissão de gases poluentes na atmosfera.

Nesses nove meses (entre agosto de 2022 e abril de 2023), a Amazônia já perdeu 5.936 km² . É o maior valor da série histórica para esse período, superando em 20% o que foi registrado entre agosto de 2021 e abril de 2022.

A expansão do agronegócio é considerada uma das principais causas do aumento do desmatamento no mundo todo. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), só na América Latina, a expansão da agricultura e da pecuária comercial é responsável por aproximadamente 70% do desmatamento.

Florestas são queimadas, o solo fica debilitado e as pessoas sofrem. As atividades dos seres humanos interferem cada vez mais na Amazônia. As forças de mercado, a pressão populacional e o avanço da infraestrutura causam impactos em grandes áreas de floresta.

As duas principais causas do desmatamento florestal são a agropecuária e o corte ilegal de árvores. De acordo com a organização Florest Trends, estima-se que a agricultura comercial seja responsável por 70% da destruição de florestas em países tropicais e subtropicais.

As populações de plantas, animais e microorganismos ficam debilitadas e eventualmente algumas podem se extinguir. Até mesmo o desmatamento localizado pode resultar na perda de espécies, devido ao elevado grau de endemismo – ou seja, a presença de espécies que só existem dentro de uma área geográfica determinada.

O desmatamento no Brasil ocorre principalmente para a prática da atividade agropecuária. Porém, a construção de estradas, hidrelétricas, mineração e o processo intensivo de urbanização contribuem significativamente na redução das matas.

Dentre eles está a perda da biodiversidade, a degradação do solo, redução da umidade do ar, o aterramento de rios e lagos e desertificação. Podemos citar ainda a liberação de gás carbônico originado das queimadas que pode tanto impossibilitar a precipitação normal da chuva quanto aumentar o efeito estufa.

O desmatamento causado pelo homem pode ser combatido com o reflorestamento. A plantação de árvores nas áreas desmatadas ajuda a restaurar o habitat de uma biodiversidade única e combate ao aquecimento global.

Os números não deixam dúvidas de que a Amazônia foi a grande frente de supressão da vegetação nativa do Brasil nos últimos três anos. Dados mostram que esse bioma concentrou 59% da área desmatada e 66,8% dos alertas de desmatamento em 2021.

Ao tomar medidas como consumir alimentos produzidos de forma sustentável, reduzir o consumo de carne, plantar árvores, comprar produtos reciclados, economizar água, não comprar madeira ilegal, apoiar iniciativas de preservação da floresta, utilizar fontes de energia renovável, reciclar o lixo e participar de campanhas ...

As queimadas na Amazônia são causadas por fatores sociais e geopolíticos. A queima de biomassa florestal como prática agropastoril utilizada no meio rural, por exemplo, é uma técnica recorrente e antiga no Brasil e uma das principais causas das queimadas na Amazônia.

Os desmatamentos nas terras indígenas correspondem a 1,4% da área total desmatada no Brasil (26.598 hectares) e a 4,5% do total de alertas. A maior parte dos alertas (91%) aconteceu no bioma Amazônia. E a maior área desmatada foi o TI Apyterewa (PA), com 10.525 hectares atingidos.

Mato Grosso

Em 2023, até o dia 17 de fevereiro, o estado que mais registrou desmatamento foi o Mato Grosso. Dos 375,33 km² afetados neste ano, 198,85 km² – ou seja, 52,98%, mais da metade – foram registrados no estado. Em seguida, está o Pará, com 65,47 km² – com 17,4% do acumulado anual até o momento.

O valor estimado do desmatamento no período de 01 agosto de 2021 a 31 julho de 2022 foi de 11.568 km2. Esse valor representa uma redução de 11,27 % em relação à taxa de desmatamento consolidada pelo PRODES 2021.