Qual a importância de Antígona?

Perguntado por: imoreira . Última atualização: 30 de janeiro de 2023
4.2 / 5 5 votos

A questão fundamental é: Antígona representa no mundo ocidental a mãe da individualização do direito, pois na antiguidade não havia sequer a idéia de direitos individuais. As pessoas eram subjugadas em tudo, tudo mesmo, até na inversão dos sentimentos naturais, à vontade do Estado-Cidade.

Por seu turno, Antígona traz outro conflito chave – não mais entre a pessoa e sua família, mas sim entre a família e a sociedade. Na última parte da trilogia tebana é retratado o dilema fundamental do Direito, que permanece essencialmente o mesmo desde a Grécia Antiga até os dias de hoje.

A Filosofia é muito importante para nós, embora muitos não saibam da sua importância. Ela nos ajuda desvendar os mistérios e histórias da nossa existência, e compreender o porquê e a razão fundamental para tudo o que existe.

A tragédia grega narrada por Sófocles foi composta no ano de 442 A.C. Nela a protagonista, filha de Édipo e irmã de Etéocles e Polinice – os quais se matam pela luta dos Tronos, subindo ao poder Creonte, que renega a Polinice o direito de ser sepultado, como exemplo aos que fossem contra o governo de Tebas – sofre por ...

Enterrar Polinices é, para Antígona, cumprir o rito, honrar os deuses e os seus familiares mortos, o que, a seus olhos, jamais implicaria em dano à cidade. A morte a todos iguala, não há vencedores nem vencidos. Nem o próprio Etéocles a condenaria.

"A tragédia Antígone discute o conflito entre o Direito Natural - o Direito considerado 'pelos antigos como sendo de origem divina e aceito ipso facto como costumeiro ou consuetudinário - e o Direito que toma forma jurídica nas leis estabelecidas pelo governante, tradicionalmente denominado Direito Positivo(...).

O enredo trata das desventuras de Antígona, que pretende enterrar seu irmão Polinices, a despeito do decreto proibitivo de seu tio, Creonte.

Do lado de Creonte, havia a desobediência das tradições. Foi assim que cada um foi punido ao final, Antígona, por sua desobediência, provocou a morte de mais duas pessoas. Então, ela tornou-se uma heroína dos valores, mas que não gozou de prêmio nenhum.

Antígona foi a única filha que não abandonou o seu pai, Édipo – amaldiçoado que fora por Zeus, e cego -, quando foi expulso de Tebas, acompanhando-o em seu exílio até a sua morte, como uma filha apaixonada e devotada. A tragédia conta o incondicional, absoluto e mortal!

A obra é marcada pelo confronto entre Antígona, que reclama para si um direito transcendente e Creonte, quem positiva uma lei contrária ao direito natural invocado por Antígona e relata o final da família dos Labdácias. Polinice, Etéocles, Ismênia e Antígona são os filhos de Édipo e sua mãe, Jocasta.

Sobre a peça que é o corpus de estudo dessa monografia, é preciso dizer que a tragédia Antígona foi apresentada pela primeira vez em 442 ou 441 a.C., ou seja, dez anos antes do início da Guerra do Peloponeso.

Nas falas de Ismene e Creonte, como deuteragonistas da peça, são postos os valores para serem contrapostas por Antígona, temos: o machismo (e não nos esqueçamos de que somos mulheres e, por conseguinte, não poderemos enfrentar, só nós, os homens – Ismene/versos 68,69 e 70), (Não me governará jamais mulher alguma ...

Tales de Mileto é considerado o primeiro filósofo, o pai da filosofia.

Nessa versão, Sócrates foi acusado de corromper a juventude de Atenas e introduzir falsos deuses. Por isso, foi condenado à morte. A história aponta que Sócrates usou o fato como uma lição final para seus pupilos. Ao invés de fugir quando teve a oportunidade, encarou a morte calmamente.

Continuar lendo Onde se passa Antígona?