Qual a importância das máscaras para os povos indígenas?

Perguntado por: lveloso . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
4.9 / 5 18 votos

Diz a lenda que as máscaras indígenas, de um modo geral, representam as entidades que conflitavam com os índios no passado. Deste modo, as festas e danças são feitas para alegrar e acalmar essas mesmas entidades. Há máscaras grandes, feitas com palhas compridas, que chegam a cobrir o corpo todo.

Elas são símbolos ritualísticos que têm o poder de aproximar as pessoas da espiritualidade. Essas peças são produzidas como instrumentos essenciais em diversos ritos, como rituais de iniciação, nascimentos, funerais, celebrações, casamentos, curas de doentes e outras ocasiões importantes.

A máscara é possivelmente o mais simbólico elemento de linguagem cênica através de toda história do teatro. Seu uso, provavelmente, remonta à representação de cabeça de animais em rituais primitivos, quando ou o objeto em si ou o personagem que o usava representavam algum misterioso poder.

Sua principal arte era a cerâmica, que podia ser de uso doméstico (para guardar mantimentos, simples e não apresentavam a superfície decorada), cerimonial (uso festivo ou homenagens fúnebres, eram bem decorados, caracterizados por apresentar desenhos, cortes na cerâmica ou em alto relevo), ou funeral (decoradas com ...

Pintura corporal indígena
A pintura corporal é um dos principais elementos desta arte, podendo assumir diversas técnicas e padrões. Feita maioritariamente pelas mulheres, ela não tem um fim utilitário, mas carrega muitas mensagens e simbologias.

Entre os povos indígenas, a criação artística está em toda a parte: na pintura corporal, na construção das casas, nas performances musicais, nos objetos usados para comer e guardar coisas. Não existe separação entre a arte e as outras esferas da vida, como é no mundo não indígena. Ela está em todos os lugares!

Qual é a importância do uso da máscara? A proteção das vias respiratórias, por meio de uma barreira física, reduz o contato de aerossóis com o nariz e a boca. Desse modo, é possível diminuir também o risco de que diversos microrganismos invadam o seu corpo por essas entradas.

Na China, as máscaras eram utilizadas para afugentar os maus espíritos, enquanto que no Antigo Egito e na Grécia, as máscaras eram colocadas no rosto do falecido de modo a orientá-lo na passagem para a vida eterna.

s primeiras máscaras surgiram entre os séculos V a.C e V d.C, como artigo bastante utilizado nas primitivas manifestações dramáticas encenadas nos teatros greco-romanos e oriental. Os atores cobriam o rosto ou parte dele, na caracterização de suas personagens.

Segundo a lenda das máscaras indígenas têm poderes mágicos, protegendo quem a usa, assim como também podem ser assustadoras, auxiliando membros de alguma sociedade a impor as suas vontades, São um método de acesso à vida mística.

Elas desempenharam, em muitas civilizações, o papel espiritual, como instrumentos principais em rituais sagrados.

Para os índios, esse simbolismo é uma maneira de aproximá-los das forças sobrenaturais, onde eles sentem que essas forças os ajudam a ler os códigos inscritos nos rituais e mitos. Além disso, os índios atribuem o uso da máscara à representação de entidades que conflitaram com eles no passado.

Existem máscaras africanas, chinesas, da Indonésia, japonesas e regionais, inspiradas livremente em outras cultuas e histórias, gerando resultados únicos e criativos que podem trazer incríveis impactos visuais no cômodo escolhido para abrigar as máscaras.

O rosto, geralmente feminino, que segura duas máscaras teatrais representa a pessoa que sabe que na vida alternar momentos de alegria com outros de tristeza é algo normal e que deve ser encarado como fases que podem e devem ser superadas.

Além das penas que são um ponto de destaque, há a coroa do cocar, que representa a necessidade de manter a centralidade dos pensamentos. As pontas simbolizam que o homem precisa ter flexibilidade como pessoa, e o formato aberto do cocar retrata a busca por novos conhecimentos e experiências.

A cultura indígena possui importância fundamental na construção da identidade nacional brasileira. Ela está presente em elementos da dança, festas populares, culinária e, principalmente, na língua portuguesa falada no Brasil, que é fruto do processo de aculturação entre povos indígenas, negros e europeus.

O ato de se pintar ritualmente é, ainda, uma forma de expressar os valores da cultura de uma etnia. Além da relevância estética, as pinturas traduzem usos, costumes, saberes e tradições ancestrais, obedecendo a preceitos simbólicos e ritualísticos passados de geração em geração.

A pintura corporal indígena tem grande importância e seu significado é muito amplo, podendo ir da simples expressão de beleza e erotismo à indicação de preparação para a guerra ou, até mesmo, como uma das formas de aplacar a ira dos demônios.

A língua, o modo de se relacionar com a natureza e a organização do território são elementos que marcam a identidade dos diferentes povos indígenas e evidenciam a grande diversidade cultural existente entre eles. A diversidade também se expressa nas manifestações artísticas de cada grupo.

São máscaras, enfeites que são verdadeiras joias de penas e plumas, cerâmicas, cestos, peneiras, colares, esteiras, e instrumentos musicais.