Qual a fortuna dos Matarazzo hoje?

Perguntado por: ecosta . Última atualização: 19 de maio de 2023
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O clã Matarazzo tem hoje simplesmente 300 membros. Se o saldo inicial fosse mantido, cada um deles ficaria com 6,6 milhões de dólares de hoje. Bastante dinheiro, sem dúvida -- mas nada que chegue perto do que foi a opulência do ancestral milionário.

A estrutura societária da empresa nada tem a ver com o que restou do império da família, hoje restrito a alguns imóveis, à fábrica do sabonete e uma pilha de processos trabalhistas.

Em 1983, o grupo tentou fazer um acordo com 27 empresas para evitar a falência, que foi suspenso pela justiça após dois anos. Afundada em dívidas devido a empréstimos não saldados, a IRFM teve vários prédios penhorados, incluindo todo o parque industrial da Água Branca.

O investimento é de cerca de R$ 3 bilhões e gerou 25 mil empregos diretos e indiretos. A concepção é do empresário francês Alexandre Allard, que se divide entre Londres e São Paulo desde que adquiriu o imóvel, no fim dos anos 2000.

O mausoléu da família Matarazzo, o maior da América Latina, tem 20 metros de altura, 150 m2 e esculturas em bronze de Brizzolara.

O popular sabonete Francis está sendo relançado pela controladora Flora – da holding J&F, que é dona também do JBS – sob o desafio de se tornar uma marca mais sofisticada. A Flora comprou no ano passado uma série de marcas de higiene e limpeza do Grupo Bertin e da Hypermarcas, entre elas Assim, Ox, Francis e Neutrox.

Em 1881, casado e com dois filhos, Francesco Matarazzo migrou para o Brasil. Teve treze filhos. Instalou-se em Sorocaba, naquela época o maior centro brasileiro de comércio de gado, onde abriu uma venda. Teria começado a fazer fortuna por meio de uma economia feroz: dizem que comia apenas pão seco e bananas.

Sobrenome italiano com origem em uma ocupação. Vem de materasso, que significa “colchão”, o que indica que o ancestral era um fabricante ou vendedor de colchões (materassi). Na Itália, é especialmente comum na Campânia e na Sicília.

Tudo será dividido em cinco partes entre os herdeiros de Francisco Matarazzo Junior: Maria Pia Matarazzo, Filomena Matarazzo, a Filly, Francisco Matarazzo III, Helene Matarazzo, viúva de Ermelino, e Eneida Matarazzo, viúva de Eduardo Matarazzo.

Indústrias Matarazzo
Em 1890, Francisco Matarazzo foi para São Paulo onde começou a construção de seu império. Abriu na rua 25 de Março com os irmãos Guiseppe e Luigi a “Matarazzo & Irmãos”, onde distribuía diversos produtos. Abriu mais uma fábrica de banha, agora em Porto Alegre.

Mudou-se para São Paulo onde inaugurou a primeira fábrica, um moinho de trigo, em 1900. Ainda em 1900, participou da fundação do Banco Commerciali di São Paulo, sendo um dos diretores. Além da banha, produzia farinha de trigo, confeccionava roupas e criou a Tecelagem de Algodão Mariangela.

No Archtrends Summit 2020, os participantes puderam prestigiar a palestra ministrada pelo empreendedor francês Alexandre Allard, que adquiriu o antigo Hospital Umberto Primo, mais conhecido como Hospital Matarazzo, em São Paulo. O empresário contou sobre as obras que transformarão o espaço na Cidade Matarazzo.

O primeiro proprietário desta casa foi Francesco Antonio Maria Matarazzo, que nasceu em Castellabate, uma pequena cidade do sul da Itália e que, aos 27 anos, emigrou para o ainda Império do Brasil.

Os homens mais ricos do Brasil são: Jorge Paulo Lemann (US$ 15,8 Bi); Marcel Herrmann Telles (US$ 10,6 bi); Eduardo Saverin (US$ 10,2 Bi);

Ao todo, são 62 nomes indivíduos ou famílias do Brasil que acumulam fortunas acima de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4,6 bilhões na cotação de hoje).

Segundo a Forbes, a fortuna de Silvio e sua família em 2022 somava R$ 1,63 bilhão.

Alexandre Allard

O empresário francês Alexandre Allard, em seu monumental empreendimento Cidade Matarazzo, em São Paulo, o “maior projeto de restauração da América Latina”, no qual investiu R$ 2,7 bilhões, se imbuiu de várias missões.

A Prefeitura de São Paulo está de portas abertas para visitação. Conhecer o Matarazzo, sede do governo municipal, é uma oportunidade imperdível de ver a cidade por um outro ângulo, valorizando mais um patrimônio histórico do Centro que pode ser acessado pelos moradores e visitantes da cidade.

O projeto surgiu a partir da idealização do empresário Alex Allard que, em 2007, adquiriu o Hospital Umberto I, conhecido popularmente por Hospital Matarazzo, e a Maternidade Condessa Filomena Matarazzo, construídos em 1904 e 1943 respectivamente e abandonados em 1993, após a desativação do hospital.