Qual a doença que mais matava os escravos?

Perguntado por: rboaventura . Última atualização: 30 de abril de 2023
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a tuberculose

Entre elas, a causa mais comum foi a tuberculose, que matou 64 pessoas, ou seja, 42,6%, quase a metade dos óbitos entre os escravos.

As principais observações que os compradores queriam verificar nas “peças” eram a rigidez dos músculos (por isso apalpavam os escravos). Olhavam também os dentes, os olhos, os ouvidos e solicitavam que os escravos saltassem e girassem para constatar suas condições de saúde.

Verificamos que grande parte das mortes dos escravos foram decorrentes de doenças infecto-parasitárias, destacando-se a tuberculose. Em comparação com a população escrava, a população livre apresentou padrões de morte muito próximos.

Geralmente, os senhores usavam recursos locais, como curandeiros, feiticeiros, boticários ou sangradores, para o tratamento das doenças dos cativos, mesmo as mais graves.

O regime de escravidão no Brasil foi marcado por uma rotina de trabalho pesado e violência, onde os escravizados sofriam punições públicas com frequência. O tronco, o açoite, as humilhações, o uso de ganchos no pescoço ou as correntes presas ao chão, eram bastante comum no período.

O número total de mortes africanas diretamente atribuíveis à viagens do período chamado de "Passagem Média" é estimado em até dois milhões; um olhar mais amplo em africanos mortos diretamente atribuíveis à instituição da escravidão entre 1500 e 1900 sugere até quatro milhões de mortes de africanos.

A grande maioria desses escravos rebeldes era castigados violentamente. Assim para fugir desses sofrimentos, alguns escravos se suicidavam, outras matavam seus futuros e ainda os que fugiram para os quilombos. Os escravos viviam em senzalas, galpões escuros, sujos e – úmidos e ficavam acorrentados para evitar fugas.

Ao analisar dados de diversas fontes, Schwartz [*13] mostrou que no Brasil do último quarto do século XIX a expectativa de vida dos escravos, ao nascer, variava em torno de 19 anos.

São os dois pilares principais. Desejo de comer terra e morrer, durante a escravidão. E a necessidade nutricional, pela sobrevivência.” Com mesma intensidade, há também o desejo de retorno.

No período entre 1750-1800, os valores médios dos escravos nascidos na África eram 96$700 réis (calculados sob a quantia de 541 escravos) e das escravas 82$909 (295 pessoas), uma diferença de 14,2%.

Após a proibição do tráfico em 1850, o preço médio dos escravos saltou de cerca de 630$000 para 1350$000 em 1854. A partir deste ano, a taxa de aumento do preço é mais baixa e mais ou menos estável até 1877, onde encontramos o ponto mais alto da série.

Essa tristeza, batizada de banzo, era um estado de depressão psicológica que tomava conta dos africanos escravizados assim que desembarcavam no Brasil e seria uma enfermidade crônica: a nostalgia profunda que levava os negros à morte.

Os escravos sentiam-se motivados a fugir e muitas vezes eram de fatos incentivados por outros escravos que haviam fugido ou por integrantes de associações abolicionistas, que davam suporte para escravos que fugiam.

O Capitão do mato era conhecido também como capitão-de-assalto-e-entrada, entre outros termos. Sua principal função era a de caçar gente, principalmente escravos fugidos das fazendas e minas pertencentes a seus senhores.

Máscara feita de folhas de flandres que era colocado na boca do escravo, impedindo-o de comer ou beber. Um exemplo da máscara está na imagem que retrata a escrava Anastácia.

Duas formas de punição eram mais comuns: o açoitamento público, para quem havia sido julgado e condenado, e o chicoteamento no calabouço, que substituiu o castigo privado. “Os senhores tinham que pagar pelo serviço – não apenas pelos açoites e pelo tratamento médico subsequente, mas também por acomodação e alimentação.

Maus tratos e castigos eram frequentes. Tinham os pés acorrentados e usavam colar de ferro. Apanhavam com chicote, varas e cinturão de couro.

Muitos casos de fugas foram resolvidos pelos feitores com a soltura de cachorros bravos e treinados para atacar os escravos, mordendo-os e até arrancando pedaços. Muitos negros morriam nessas situações, dilacerados por grupos grandes de cães raivosos.

Secretamente, proprietários de escravos estupravam as mulheres escravizadas e quando a criança nascida crescia e alcançava uma determinada idade onde já pudesse trabalhar nos campos, eles tomavam seus própri... os filhos e transformavam em escravos.

Em termos absolutos, os países com mais escravos são Índia (13.956.010), seguida de China (2.949.243), Paquistão (2.127.132), Nigéria (701.032), Etiópia (651.110) e Rússia (516.217).

"Em geral, os mortos eram lançados ao mar porque sob a perspectiva do empreendimento comercial, eles eram 'cargas' estragadas, haviam perdido seu valor", explica à BBC Vincent Brown, professor de história da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.