Qual a diferença entre Oxóssi e caboclo?

Perguntado por: aibrahim . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Oxossi na Umbanda é Chefe da Falange de Caboclos e está sincretizado a São Sebastião. Os Caboclos na Umbanda são Guias, Chefes de Terreiros que trabalham em prol da evolução espiritual de todos, através da prática da caridade.

Caboclo é a designação dada no Brasil para o indivíduo que foi gerado a partir da miscigenação de um índio com um branco. Este nome também é usado para adjetivar a figura do homem do sertão brasileiro, que possui modo rústico, desconfiado ou traiçoeiro.

Resumo: Os caboclos são espíritos e encantados afro-ameríndios que podem se manifestar por muitas formas nas religiões de matriz africana. Em comum têm a capacidade (nem sempre compartilhada por outras divindades, como os orixás) de falar.

Oxossi na Umbanda é Chefe da Falange de Caboclos e está sincretizado a São Sebastião. Os Caboclos na Umbanda são Guias, Chefes de Terreiros que trabalham em prol da evolução espiritual de todos, através da prática da caridade.

Durante o período colonial, o termo referia-se aos índios catequizados e descendentes da miscigenação entre o índio e o europeu (PARKER, 1985). Por volta do século XIX, o termo era comumente utilizado para designar, de forma genérica, os habitantes rurais da Amazônia (LIMA, 1997; GALVÃO, 1955).

Os Caboclos são entidades cultuadas na Umbanda que podem se apresentar como índios ou boiadeiros. Os associados aos índios têm sua origem lidada aos nativos brasileiros e seus trabalhos são associados à cura, manipulando e receitando diversos tipos de ervas, banhos e chás.

Jurema, bebida ritual
Assim, valorizam-se as frutas tropicais, mas também o milho; e outros ingredientes naturais como o mel de abelha. Além disso, há as bebidas artesanais e, em destaque, a “jurema”, que é servida ritualmente para se celebrar os caboclos.

3 - Ao entrar no Terreiro propriamente dito (área de Gira), com o dedo anelar da mão direita, deve-se bater três vezes no chão (formando um triângulo), pedindo licença e permissão para entrar no Terreiro e em seguida bater o dedo três vezes na cabeça, primeiro entre as sobrancelhas (fronte), depois acima da orelha ( ...

Dentre os registros linguísticos mais notórios dos caboclos está o “sotaque”, categoria nativa que nomeia uma situação de desafio em forma de bravata que estabelece um diálogo, uma alternância entre (en)cantadores.

Assim, os caboclos na Umbanda, utilizam assobios e brados para equalizar a frequência energética da casa e limpar as energias estagnadas dos filhos de santo e da assistência. São ótimos para encaminhar obsessores com sua leveza e luz.

Pois esse caboclo falava um guarani arcaico, assim como os caboclos no Brasil falam um português arcaico. Ainda, afirmaram que os caboclos que falam guarani são bastante comuns nos terreiros de umbanda e candomblé no Paraguai.

Os de couro ou Boiadeiros, são espíritos de vaqueiros que atuavam cuidando dos rebanhos bovinos, nas fazendas e sertões do nosso país. Os Caboclos, quando incorporados em seus filhos nos Terreiros, dão aconselhamento, indicam banhos, defumadores, oferendas e tudo que podem ajudá-los na resolução dos problemas.

Quando o Caboclo incorpora ele dá um choque anímico no médium. É comum antes de incorporar o médium ter alguns segundos de medo, insegurança e ficar pensando “vou ou não vou” e com isso ele segura tanto que a hora que incorporar parece mesmo uma explosão.

Os caboclos são entidades espirituais largamente encontradas no panteão umbandista. A escolha por pesquisar esse tipo de guia espiritual foi traçada, já na Iniciação Científica, primeiramente pela sua intersecção com elementos da cultura indígena.