Qual a diferença entre Orixás e Caboclo?

Perguntado por: ibrites . Última atualização: 21 de fevereiro de 2023
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Entidades brasileiras, caboclos compartilham uma origem com o povo de santo; os orixás vêm da África. Mas enquanto estes já existem nas pessoas (como componentes dela), os caboclos chegam de fora. Em muitas das cantigas, dizem-se livres das amarras do lugar - vêm de longe - e da família - não têm nem pai, nem mãe.

Crenças da umbanda
Acreditam em orixás, personificações de elementos da natureza e de energia, e em guias espirituais, que podem se incorporar durante certas cerimônias e vir à Terra para ajudar as pessoas que necessitam. Os guias são denominados “entidades” e cada orixá possui uma linha de entidades que o auxilia.

Caboclo é um termo Tupi que designava os filhos de indígenas com os brancos europeus. Os caboclos, aqui tratados, são os descendentes da miscigenação entre brancos europeus (portugueses e espanhóis), negros e índios durante os séculos de colonização portuguesa.

Caboclo é a designação dada no Brasil para o indivíduo que foi gerado a partir da miscigenação de um índio com um branco. Este nome também é usado para adjetivar a figura do homem do sertão brasileiro, que possui modo rústico, desconfiado ou traiçoeiro.

Os Caboclos são entidades cultuadas na Umbanda que podem se apresentar como índios ou boiadeiros. Os associados aos índios têm sua origem lidada aos nativos brasileiros e seus trabalhos são associados à cura, manipulando e receitando diversos tipos de ervas, banhos e chás.

Orixás são deuses cultuados pelas muitas crenças africanas, sendo ligados à família e aos clãs. No Brasil, são cultuados os seguintes orixás: Exú, Ogun, Omulu, Xapanã ou Abaluaiê, Xangô, Yasan, Oxossi, Nanan, Yemanjá, Oxum, Oxunmarê, Ossain e Oxalá. Os orixás detêm axés vinculados à natureza.

Segundo os ensinamentos do candomblé, todas as pessoas são filhas de orixás. Para que seja possível determinar a quais orixás um indivíduo pertence, ele precisa recorrer aos saberes oferecidos pelo jogo de búzios.

Os caboclos são entidades espirituais largamente encontradas no panteão umbandista. A escolha por pesquisar esse tipo de guia espiritual foi traçada, já na Iniciação Científica, primeiramente pela sua intersecção com elementos da cultura indígena.

Exus e pombagiras: na mitologia africana, o exu é um orixá mensageiro. Na umbanda, o exu é uma entidade mensageira dos orixás (exu é o masculino, e pomba gira, o feminino).

Para o cristão, Exu é o demônio pela crença de que há um bem e um mal.

Resumo. Uma das entidades mais conhecidas nas religiões afro-brasileiras é o caboclo, muitas vezes chamado de caboclo de pena. Em muitos terreiros é a entidade espiritual responsável por conduzir o ritual e a liturgia.

Jurema, bebida ritual
Assim, valorizam-se as frutas tropicais, mas também o milho; e outros ingredientes naturais como o mel de abelha. Além disso, há as bebidas artesanais e, em destaque, a “jurema”, que é servida ritualmente para se celebrar os caboclos.

Pois esse caboclo falava um guarani arcaico, assim como os caboclos no Brasil falam um português arcaico. Ainda, afirmaram que os caboclos que falam guarani são bastante comuns nos terreiros de umbanda e candomblé no Paraguai.

Orações para os Caboclos
Que nenhum mal tenha poder sobre mim, nenhuma pestilência chegue a mim, nenhum mau-olhado, mau agouro, tristeza, doença ou miséria cheguem a mim e aos que eu amo.

Nos cultos da Jurema temos a figura dos mestres que ocupam a função de líderes, responsáveis pela incorporação de espíritos que curam e aconselham os praticantes, mais conhecidos como “juremeiros”.

Dentre os registros linguísticos mais notórios dos caboclos está o “sotaque”, categoria nativa que nomeia uma situação de desafio em forma de bravata que estabelece um diálogo, uma alternância entre (en)cantadores.

3 - Ao entrar no Terreiro propriamente dito (área de Gira), com o dedo anelar da mão direita, deve-se bater três vezes no chão (formando um triângulo), pedindo licença e permissão para entrar no Terreiro e em seguida bater o dedo três vezes na cabeça, primeiro entre as sobrancelhas (fronte), depois acima da orelha ( ...

De acordo com a tradição oral, Exu morava originalmente em canaviais, e o vento que passava assobiando entre as plantas era Exu se movimentando. Quando se quer chamar Exu, principalmente para a proteção diante de algum perigo iminente, se assobia.

Segundo a mitologia iorubá, Olodumaré, também conhecido como Olorum, é o deus supremo e inacessível.

A palavra em yorubá Òrìsà (Orixá) é uma modificação fonética de Orìsè que vem de: Ibiti orí ti sè (a origem ou fonte de orí-cabeça) em referência que todo orí vem de Olórun, ou ainda, Orixá é "o Senhor e Guardião da nossa cabeça!".

Olorum

Os umbandistas acreditam na existência de um deus soberano chamado Olorum (equivalente a Olódùmarè). Eles também creem na imortalidade da alma, na reencarnação e no carma, além de reverenciar entidades, que seriam espíritos mais experientes que guiam as pessoas.