Qual a diferença entre obsessão e obsessivo?

Perguntado por: vresende . Última atualização: 27 de abril de 2023
3.9 / 5 16 votos

Obsessivo significa, pois, em que há obsessão, que cerca, que ocupa a mente de modo pertinaz, persistente. Assim, os termos obcecado e obsessivo, provenientes de étimos diferentes, são sentidos, no português actual, como próximos a nível semântico.

Obsessão é a ideia fixa, geralmente de conteúdo desagradável e (auto)punitivo, à medida que a compulsão é o ritual que essa ideia obriga a pessoa a fazer. Contaminação ou medo de contaminação impõe aos rituais de limpeza, como lavar as mãos exageradamente ou tomar banhos intermináveis.

Ou seja, a mente de uma pessoa com Transtorno Obsessivo-Compulsivo possui pensamentos obsessivos e intrusivos constantes, que podem ser seguidos ou não de hábitos compulsivos, a fim de aliviar a ansiedade gerada por esses pensamentos.

Os pensamentos obsessivos compulsivos configuram um transtorno de ordem mental de nível grave. Ele é caracterizado pela constância de pensamentos sobre algum assunto prático, seja: limpeza excessiva, disposição de objetos, aparência própria, sexualidade e afins.

Obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes, experimentados como intrusivos e indesejáveis que invadem a consciência contra a vontade da pessoa.

A pessoa que sofre de amor obsessivo age para satisfazer suas necessidades, sem se importar com o que o outro realmente sente e deseja. Quer estar ao lado da pessoa amada e ponto, mesmo que isso custe a liberdade do outro. Ou seja, o amor obsessivo também é egoísta.

As causas do Transtorno Obsessivo Compulsivo são de origem física e psicológica. Vejamos algumas possíveis causas do TOC. Fatores biológicos: traumatismo craniencefálicos, derrames, acidentes cerebrais, encefalites, Parkinson, Síndrome de Tourette, mudanças na fisiologia cerebral, herança genética.

A obsessão amorosa caracteriza-se por um amor patológico que afeta o estado emocional e psicológico do indivíduo, o qual, constantemente, tem necessidade de controlar e ter a pessoa amada disponível exclusivamente para si.

O amor obsessivo ocorre quando o sentimento de carinho é substituído pela dependência emocional e pelo sentimento de posse. Essa condição emocional é evidenciada através de comportamentos.

Allan Kardec classificou a obsessão em três tipos básicos: obsessão simples, fascinação e subjugação, acrescentando aí o caso especial de determinado tipo de possessão, em que o organismo físico da presa fica temporariamente dominado pelo Espírito agressor.

A pessoa com o transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva fica preocupada com ordem, perfeccionismo e controle sobre si mesma e sobre as situações. Para manter uma sensação de controle, a pessoa dá enfoque a regras, detalhes triviais, procedimentos, cronogramas e listas.

Em geral, os indivíduos que desenvolvem obsessão por alguém são aqueles que nutrem um medo muito grande do abandono e da rejeição, um temor que normalmente está associado à vivência de situações de rejeição durante a infância — que pode ser real ou apenas interpretativa.

Diagnóstico do Transtorno Obsessivo Compulsivo
Os principais sinais de alerta são as mudanças comportamentais que envolvem os rituais, evitações, repetições e compulsões. O TOC também se manifesta através de preocupações excessivas, pensamentos negativos, dúvidas, desconforto, medo e aflição.

Terapia psicodinâmica e terapia cognitivo-comportamental podem ajudar os pacientes com transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva. Pode ser feito uso de inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS).

Clomipramina: é um antidepressivo da classe dos tricíclicos. Costuma apresentar resultados tão bons quanto os ISRS para o tratamento do TOC.

Um comportamento obsessivo é tudo aquilo que leva a pessoa a ficar pensando exageradamente sobre algo, quando sua vida gira em tono disso, como um vício.

A palavra obsessão é, de certo modo, um termo genérico, pelo qual se designa esta espécie de fenômeno, cujas principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação.

Na neurose obsessiva, em que a repressão e os mecanismos do inconsciente são predominantes, a escolha do objeto pode retroagir para uma identificação. O ego assume aspectos do objeto. Pode ser chamada, também, de identificação simbólica pelo fato de que o traço que se toma do pai é um traço simbólico.

O centro da problemática obsessiva é caracterizado por isso: o desejo exclui o Outro, portanto, o desejo só pode colocar-se no lugar do Outro. O obsessivo tentará a associação impossível entre a manutenção do Outro e o seu desejar, ou seja, reverenciar o Outro sem ter de entregar-se todo a ele.

Nesse sentido, ressaltamos na clínica da neurose obsessiva a presença de impotências, compulsões sexuais, rituais de lavagem, hipocondria, frigidez, dores de cabeça indecifráveis, problemas intestinais. O corpo é o campo onde a sexualidade é vivida, onde o desejo se expressa e, sobretudo, onde a angústia é referida.

O mecanismo da neurose obsessiva está sob uma vigilância inconsciente para barrar o conteúdo recalcado à consciência. Esta barra é imperfeitamente realizada e pode fracassar a qualquer momento. Quando os atos obsessivos não são suficientes para sua defesa e proteção do conteúdo recalcado, surgem as proibições.