Qual a diferença entre ferida contaminada é infectada?

Perguntado por: lfogaca . Última atualização: 14 de janeiro de 2023
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As feridas contaminadas incluem feridas acidentais, recentes e abertas e cirurgias em que a técnica asséptica não foi respeitada devidamente. Feridas infectadas ou sujas são aquelas nas quais os microorganismos já estavam presentes antes da lesão.

Ferida limpa – aquela produzida voluntariamente no ato cirúrgico, em local passível de assepsia ideal e condições apropriadas, não contendo microrganismos patogênicos. Ferida contaminada ou suja – ocorrida com tempo maior que 6 horas entre o trauma e o atendimento, sem sinal de infecção.

Sintomas de infecção
Secreção amarelada, amarelo-esverdeada ou uma secreção com mau cheiro saindo de dentro da ferida. Piora da dor, inchaço ou vermelhidão na ferida ou na região em torno dela. Alguma mudança na cor ou tamanho da ferida. Manchas avermelhadas na pele em torno da ferida.

Principais causas de feridas de pele

  • 1 – Feridas cirúrgicas. Produzidas cirurgicamente por um instrumento cortante (como bisturi). ...
  • 2 – Feridas traumáticas. Aquelas provocadas acidentalmente. ...
  • 3 – Lesões ulcerativas.

Os sinais clínicos e sintomas locais das feridas infectadas são:

  1. Retardo da cicatrização;
  2. Dor;
  3. Aumento do exsudato seroso;
  4. Mudança na cor do leito da ferida;
  5. Tecido friável;
  6. Tecido de granulação ausente ou anormal;
  7. Pus;
  8. Odor.

Contaminadas – há reação inflamatória; são as que tiveram contato com material como terra, fezes, etc. Também são consideradas contaminadas aquelas em que já se passou seis horas após o ato que resultou na ferida. O risco de infecção da ferida já atinge 10 a 17%. Infectadas – apresentam sinais nítidos de infecção.

O processo de cicatrização da ferida com perda de epiderme e derme é contextualizado dentro de quatro principais fases: hemostasia, inflamação, proliferação e remodelação.

Avaliação da ferida
Para tanto, é necessário levar em consideração as evidências clínicas observadas quanto à localização anatômica, forma, tamanho, profundidade, bordos, presença de tecido de granulação e quantidade de tecido necrótico, sua drenagem e as condições da pele perilesional.

O processo de cicatrização é dividido didaticamente em três fases: inflamatória, proliferação ou granulação e remodelamento ou maturação.

Nessa situação é necessário realizar a limpeza da ferida e avaliar as condições tópicas sistêmicas e o uso de anti-inflamatórios e antimicrobianos. M (Manutenção da umidade) - Para que ocorra a cicatrização, é necessário o equilíbrio da umidade da ferida.

A ferida deve ser sempre mantida fechada, com um curativo adequado que mantenha a umidade ideal necessária ao processo de cicatrização, dessa forma evitará a formação da crosta e o processo de cicatrização será efetivo.

Sugestão de Tratamento
Dentre as opções de antibióticos, a Cefalexina, pertencente à primeira geração das Cefalosporinas, é o antibiótico de primeira escolha por apresentar elevada eficácia, principalmente devido ao excelente efeito antiestafilocócico, além de ser seguro resultando em baixos efeitos colaterais.

As bactérias estão presentes em todas as superfícies cutâneas. Quando a defesa primária da pele intacta desaparece, as bactérias passam a residir na superfície da ferida. A infecção surge quando essas bactérias (em grandes quantidades ou pela sua virulência em relação à resistência do hospedeiro) causam danos no corpo.

III – CURATIVO CONTAMINADO
Estas normas são para feridas infectadas e feridas abertas ou com perda de substância, com ou sem infecção. Por estarem abertas, estas lesões são altamente susceptíveis à contaminação exógena. a) O curativo deve ser oclusivo e mantido limpo e seco.