Qual a diferença entre exsudato e secreção?

Perguntado por: acarvalho . Última atualização: 3 de fevereiro de 2023
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O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (2001), da Academia das Ciências de Lisboa, consigna exsudato apenas como secreção líquida, serosa, resultante, por vezes, de processo inflamatório, e exsudado apenas como particípio passado de exsudar; que sofreu eliminação sob a forma de suor; que se evaporou.

O exsudato é um grande indicador de como a ferida está cicatrizando. A sua cor, espessura e odor são indicativos de se o machucado está se recuperando bem. Por exemplo: o exsudato seroso, o tipo mais comum, é clarinho, transparente e surge à medida que a cicatrização avança.

O tipo de exsudato pode ser descrito como seroso, serossanguinolento, sanguinolento, purulento, amarelo, marrom ou verde.

Essas secreções nada mais são do que líquidos produzidos pelo corpo como resultado do trauma gerado no tecido e do próprio processo de cicatrização. Saiba: para que aquele machucado fique curado mais rapidamente, é importante que exista pelo menos um pouco de secreção.

Características do Exsudato: importante durante a avaliação, observar a presença de exsudato, a quantidade e a qualidade tem ligação direta a suas condições, devendo, portanto, ser evidenciado o tipo de exsudato, coloração o volume, se muito ou pouco, se fluido ou espesso, purulento, hemático, seroso ou serossanguio, ...

O excesso de exsudato deve ser removido, juntamente com exotoxinas e debris, pois a presença desses componentes pode retardar o crescimento celular e prolongar a fase inflamatória, o que prejudica a formação do tecido de granulação.

Caracterizada pela presença de exsudato (secreção), que dura de um a quatro dias, dependendo da extensão e natureza da lesão. Nesse período ocorre a ativação do sistema de coagulação sanguínea e a liberação de mediadores químicos, podendo haver edema, vermelhidão e dor.

Em excesso, o exsudato pode causar a maceração, aumentando a lesão e dificultando a cicatrização, por isso, durante o tratamento, os profissionais responsáveis devem estar sempre atentos à quantidade de exsudato que está sendo produzida para que seja possível evitar a falta ou excesso desse líquido.

A fibrina é uma proteína que atua como uma primeira resposta sempre que seu corpo está ferido, com o fim de desempenhar um papel importante no processo de coagulação do sangue.

O processo de cicatrização é dividido didaticamente em três fases: inflamatória, proliferação ou granulação e remodelamento ou maturação.

Exsudato seroso: com coloração clara, é originado a partir do soro do sangue e secreções de células. Geralmente, surge nas fases de desenvolvimento de reações inflamatórias agudas. Também pode ser encontrado nos estágios precoces de infecção bacteriana.

Resumidamente o exsudato netrofílico é uma reação inflamatória com fluido seroso , viscoso ou purulento que aparece secundariamente a um processo inflamatório . Isso não deve ser interpretado como algo grave. Esse processo inflamatório e/ou infecção pode variar em graus leve, moderado e elevado.

O hidrocolóide em placa é indicado para lesões vitalizadas ou com necrose com pouco/médio exsudato, como escoriações, queimaduras de 1º e 2º grau e lesões por fricção ou pequenos traumas em pele, mas também para prevenção ou tratamento de úlceras por pressão não infectadas(1,2).

As secreções podem ser classificadas segundo o tecido epitelial que as produzem: mucosas, serosas e mistas. As mucosas são espessas e ricas em muco (fluidos de alta viscosidade compostos basicamente de glicoproteínas), por exemplo, glândulas salivares.

Exsudação é o termo usado na Enfermagem para identificar o fluido proveniente de uma ferida. É uma resposta do organismo aos danos causados nos tecidos, sendo considerada uma reação normal do processo de cicatrização da pele.

_Esfacelo: tecido necrosado de coloração amarela ou castanha. Geralmente, fica aderido ao leito da lesão ou bordos da ferida.

O Exsudato Inflamatório é composto de proteínas plasmáticas e leucócitos que extravasam dos vasos e se acumulam no local inflamado. Tem a função de destruir o agente agressor, degradar (liquefazer) e remover o tecido necrosado.

Avaliação da ferida
Para tanto, é necessário levar em consideração as evidências clínicas observadas quanto à localização anatômica, forma, tamanho, profundidade, bordos, presença de tecido de granulação e quantidade de tecido necrótico, sua drenagem e as condições da pele perilesional.

Coletar o material purulento na parte mais profunda da lesão utilizando, de preferência, seringa e agulha. Se não for possível a coleta por punção, utilizar dois swabs com meio de transporte.
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Abscessos fechados:

  1. Não usar swab;
  2. Fazer antisepsia com álcol 70%;
  3. Aspirar o exsudato com agulha e seringa.

Orienta-se sempre manter meio úmido, não esfregar gaze na ferida e não secar. Deixar gaze úmida de soro na ferida colocar apositos após gazes atadura etc. Por fim, o que for necessário para fechar e fixar curativo.