Qual a diferença entre calunga e cemitério?

Perguntado por: apadilha . Última atualização: 17 de maio de 2023
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2) sinônimo de cemitério na religião umbandista.

Calunga grande é o mar, a enormidade de seu destino e de seu horizonte. Calunga pequeno é a terra que recebe esses corpos e os transforma em semente.

Na língua banto, a palavra kalunga significa lugar sagrado, de proteção. Nome mais que propício para uma terra que abrigou, protegeu e possibilitou a preservação da cultura de um povo, que deu uma contribuição imensurável ao nosso País, inclusive, com as milhares de vidas perdidas durante a escravidão.

Chefiado pelo Exu Rei das Sete Kalungas e Pombagira Rainha das Sete Kalungas. Esses Exus também são chamados pelo nome de Rei e Rainha dos Cemitérios. Geralmente quando se diz "calunga" nas giras de Quimbanda é para nomear ao cemitério.

O cemitério também é morada de Exus, Pombas-giras e pretos velhos, entidades cultuadas pela Umbanda. As variações de ritos que formaram esta religião brasileira são percebidas também nos locais de atuação de seu panteão de espíritos.

Exu Caveira – De Padre a Guardião da Calunga revela a trajetória desse homem, do seu nascimento ao seu desencarne; do despertar para o mundo espiritual até se tornar um Exu de Lei e, posteriormente, um Guardião do cemitério (calunga).

MARIA MOLAMBO

MARIA MOLAMBO RAINHA DA CALUNGA.

Ogum, responsável pela execução da Lei, determina as execuções aos Exus. Além destes aspectos já abordados, vale à pena mencionar os diversos níveis vibracionais, onde os espíritos ligados à Terra, habitam.

As calungas são bonecas esculpidas em madeira escura e sobre as quais são atribuídos poderes mágico-religiosos nos maracatus-nação. Elas desfilam nos cortejos, sempre carregadas pelas damas de paço.

Para quem já foi à uma “Calunga Pequena” é fácil de identificar o Cruzeiro das Almas, que é simbolizado por uma grandiosa cruz, geralmente de madeira, normalmente localizado bem ao centro do Campo Santo, de fácil acesso e bem visualizado.

No caso do umbandista, quando for fazer sua oferenda o mesmo deve entrar no Cemitério vestindo roupas e sapatos brancos, usando pano de cabeça e sua guia no pescoço.

Hoje, no Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga (SHPCK), vivem cerca de 1.500 famílias, ou 7.500 quilombolas, em 39 comunidades. A maioria dos quilombolas pratica a agricultura de subsistência e obtém renda com a venda de excedentes, como a farinha de mandioca e, eventualmente, animais criados em suas áreas.

Nós também amamos animais e por isso todas as nossas lojas são pet friendly e tem o selinho "Aqui seu pet é bem-vindo!" Você já levou seu pet em alguma loja Kalunga?

A comunidade produz quase toda sua alimentação e tem uma economia baseada na troca, não no trabalho assalariado e compra de produtos. Este tipo de relação econômica e social ainda está penetrando com certa demora entre os Kalunga, em parte pelo pouco contato com o exterior e também por resistência do próprio povo.