Qual a diferença de maldizer e de escárnio?

Perguntado por: aoliveira . Última atualização: 18 de maio de 2023
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As cantigas satíricas eram divididas em cantigas de escárnio e cantigas de maldizer. Ambas as cantigas faziam sátiras ou deboche, porém existia uma diferença em relação como a sátira era feita. A cantiga de escárnio tinha um tom mais leve e a cantiga de maldizer era direta e ácida.

Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando o duplos sentidos. Exemplo: a música da dupla Maiara e Maraisa, "Quem ensinou fui eu".

As Cantigas de Escárnio e Maldizer eram satíricas e buscavam criticar e ridicularizar alguém. As características das cantigas de escárnio incluam críticas mais cômicas e debochadas, feitas a alguém não identificado, mas que realmente existia.

As cantigas de escárnio e maldizer são do tipo satíricas, com a intenção de contrariar padrões sociais, ironizar ou difamar pessoas e/ou situações. A diferença entre as duas está, principalmente, na forma como essa crítica é transmitida. E vedes como vos quero loar: Dona fea, velha e sandia!

Cantigas de escárnio – cantigas que tinham como objetivo fazer sátira de alguém ou alguma situação. Nas cantigas de escárnio era comum o duplo sentido e a indireta.

Para os trovadores fazerem uma cantiga de escárnio, ele precisa compor uma cantiga falando mal de alguém, ou seja, fazendo uma critica a alguma pessoa, através de palavras de duplo sentido, ou seja, através de ambigüidades, trocadilhos e jogos semânticos, através de um processo denominado pelos trovadores equívoco.

o Sábio

Cantigas de escárnio e maldizer ou cantigas d'escarnho e de maldizer em galego-português são um tipo de composição literária da Idade Média, tipicas do trovadorismo. O rei Afonso X, o Sábio, escreveu cantigas de escárnio e maldizer: Fui eu poer a mao, n´outro dia a ua soldadeira no conon.

As cantigas satíricas medievais são as cantigas de escárnio e de maldizer; O texto Cantiga da Ribeirinha inaugurou a literatura portuguesa; Os cancioneiros são coletâneas de textos medievais preservados em Portugal; Dom Dinis e João Garcia de Guilhade são alguns dos principais trovadores portugueses.

As cantigas satíricas (que se dividem em cantigas de escárnio e maldizer) fazem parte de obras literárias que buscavam criticar comportamentos individuais e/ou coletivos, em forma musical.

Cantiga da Ribeirinha

A chamada “Cantiga da Ribeirinha” ou “Cantiga da Guarvaia”, do trovador Paio Soares de Taveirós é considerada a mais antiga composição poética documentada em língua portuguesa, a data de sua redação foi provavelmente 1189 ou 1198.

A cantiga de maldizer (ou de escárnio) é um dos tipos literários do Trovadorismo, escola literária europeia típica da Idade Medieval, sendo a primeira escola literária da língua portuguesa.

São comuns procissões, romarias, construção de templos religiosos, missas etc. A arte reflete, então, esse sentimento religioso em que tudo gira em torno de Deus. Por isso, essa época é chamada de Teocêntrica.

O ano de 1189 (ou 1198) é considerado o marco inicial da literatura portuguesa e do movimento do trovadorismo. Essa é a data provável da primeira composição literária conhecida “Cantiga da Ribeirinha” ou “Cantiga de Guarvaia”. Ela foi escrita pelo trovador Paio Soares da Taveirós e dedicada a dona Maria Pais Ribeiro.

As cantigas satíricas são obras poéticas com forte tom de crítica social. Muito comum no mundo boêmio medieval, o gênero foi praticado por jograis – trovadores que não pertenciam à nobreza –, bailarinas e até mesmo alguns fidalgos e membros da Igreja.

A diferença mais imediatamente percetível entre os dois géneros é, sem dúvida, a indicada pela fragmentária Arte de Trovar do Cancioneiro da Biblioteca Nacional, em cuja formulação a cantiga é de amor quando o poeta fala de si mesmo, e é de amigo quando ele finge que é a mulher a expor as suas próprias penas.

eu lírico é a voz que enuncia o poema. Pode ser mais próximo ou mais distante do autor, mas jamais deve ser confundido com o poeta. Ouça o texto abaixo em aúdio!

É comum o tema da coita (coyta), palavra que designa a dor do amor, do trovador apaixonado que sente no corpo a não realização amorosa.