Qual a diferença de Exu e EGUN?

Perguntado por: tnogueira . Última atualização: 3 de maio de 2023
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Sendo assim, no Brasil, a figura de Exu começou a sofrer um processo de ressignificação, passando a assumir novas facetas. Na umbanda, ao invés de Orixá, ele se torna um Egum, ou seja, a “alma de um espírito falecido”. Os Eguns correspondem aos indivíduos que pertenceram a classes ou grupos marginalizados da sociedade.

Orixá é uma energia ou força ligada a algum aspecto natural do nosso sistema, não sendo diferente, Exú é Orixá ligado a comunicação, aos desafios, a paciência e a sexualidade, o seu símbolo é um bastão com cabaças na ponta, suas cores são a mistura das cores primárias (ou o preto e vermelho, vai da casa e da qualidade ...

“Em algumas casas das religiões africanas e afro-brasileiras Exu é o sentinela e protetor”, afirma. Mas ele também assume, em algumas canções, características de uma espécie de mensageiro entre os orixás e o ser humano.

Os Eguns correspondem aos indivíduos que pertenceram a classes ou grupos marginalizados da sociedade. Ou seja, são os escravos, indígenas, imigrantes, crianças, mulheres, e malandros. “Nos terreiros, esses grupos se converteram em Pretos-Velhos, Caboclos, Baianos, Mirins, Pomba-Giras e Exus, respectivamente”.

A mesma coisa aconteceu com Exu, que é o demônio segundo algumas tradições no Brasil, mas é o mensageiro entre os homens e os deuses segundo outras. Assim, pode ser associado a esse mensageiro, que, no sistema cristão, é Jesus. Quando se vai a Cuba, Exu é o Menino Jesus de Praga.

Porque os Exus gostam de sangue? “Os sacrifícios visam fazer circular a energia que anima tudo no mundo, o axé”, diz o pesquisador Rodrigo Pereira. “Ao se sacrificar um animal, não está se matando uma vida, mas sim fazendo essa energia que anima orixás e homens ser redistribuída.”

Xangô é o poderoso orixá guerreiro que domina os raios e os trovões. Conhecido como o rei de Oyó, Xangô é um poderoso orixá que tem o controle sobre os raios e trovões, e que também expele fogo pela boca.

Os exus mais evoluídos são chamados de "exus cabeças de legião", e comandam uma legião espiritual. São eles: Exu Lalu - serventia direta de Oxalá. Exu Tiriri - serventia direta de Ogum.

O Exu é um Orixá trabalhor, defensor e conhecido como o mensageiro e o Guardião dos terreiros, das aldeias, das cidades, das casas, do axé e do comportamento humano. Além disso, ele representa a comunicação, a paciência, a ordem e a disciplina.

É o responsável por conduzir as almas dos falecidos para o plano espiritual, atuando como um "policial" do mundo dos mortos. Costuma ser confundido com outros Exus, como João Caveira, Tata Caveira e Exu Caveirinha.

O que Exu não gosta? Não gosta de displicência e de injustiça. Exu é o orixá que entende como ninguém o princípio da reciprocidade.

Relativamente aos exus, o fator de movimento preponderante é o peso (intencionalidade). São intensamente "pesados" (muito relaxados). O caminhar dos exus, seja em pé, seja com a ajuda dos joelhos, não tem tensão muscular, não resiste ao peso, é passivo diante do seu corpo, que parece ter um "peso" grande.

Resumo. O cemitério também é morada de Exus, Pombas-giras e pretos velhos, entidades cultuadas pela Umbanda. As variações de ritos que formaram esta religião brasileira são percebidas também nos locais de atuação de seu panteão de espíritos.

Para controlar os eguns (espíritos dos mortos) usa o ìsán (bastão de madeira) e o ìrúkèrè (pequeno cetro). Evocação: “Àyaba alágbára ìyá àfin egun!” (Rainha poderosa, Senhora dos eguns!).

Para aparecer, o espírito precisa de uma roupa sagrada, a Opá. Só os grandes sacerdotes podem não só invocar o morto e trazê-lo de volta, como também tecer sua roupa, temporária morada do parente morto enquanto ele está entre os vivos.

Nas pernas usamos o chaorô (SAORÓ) que também pertence a Obaluayê e nesse utiliza-se um guizo preso, pois seu barulho espanta os eguns.

Banho de descarrego
Em uma vasilha, coloque um litro de água fervida, cinco folhas de laranjeira, duas folhas de manjericão, um punhado de erva-cidreira e duas rosas brancas. Deixe a mistura amornar, coe e adicione um punhado de sal grosso. Despeje a mistura no seu corpo, do pescoço para baixo.

Seguindo a explicação de Dona Domícia, o contra-egun atraiam as benção de Obaluaiê, orixá saúde e da doença, bem como fornecia proteção contra aqueles que não mais deveriam incomodar os vivos.

Os Babá Egun ou Egun Agbá (os ancestrais mais antigos) se destacam por estar cobertos com uma roupa específica do Egun – chamada de eku na Nigéria ou opá na Bahia, são enfeitadas com búzios, espelhos e contas e por um conjunto de tiras de pano bordadas e enfeitadas que é chamado Abalá, além de uma espécie de avental ...

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