Qual a diferença de carnívoro e canibal?

Perguntado por: afarias . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Um animal canibal pode não ser carnívoro e um animal carnívoro pode não ser canibal. Porém, a diferença é que o animal carnívoro ingere carne propriamente dita. Já o animal canibal ingere elementos da própria espécie, tenha carne ou não.

Quando relacionadas a rituais sociais, coletivos, estas práticas são geralmente denominadas de antropofagia, enquanto que o termo canibalismo é usado mais freqüentemente, com relação ao ato de comer a carne para saciar a fome ou uma vontade, ou associado a um ato arbitrário, uma crueldade.

Os animais carnívoros costumam se alimentar da cerne de outros animais. Em sua maioria, são considerados predadores porque atacam e matam as suas presas para comê-las. Boa parte dos animais mamíferos carnívoros possuem vida terrestre ou arborícola.

O canibalismo é o ato de se alimentar da própria espécie, que embora tabu entre os seres humanos, pode ser comum entre os outros animais. Entre os motivos do canibalismo entre animais estão a necessidade, estresse ambiental, ou simplesmente um “gosto” pelo sabor.

A palavra canibal tem origem na colonização da América Central. Os colonizadores espanhóis se referiam aos nativos como caribales que, segundo relatos dos europeus, eram ferozes porque comiam carne humana.

Quando descreveu o gosto da carne humana, nosso querido canibal disse que o sabor é parecido com o da carne de porco, só que mais amarga e forte.

O canibalismo é um exemplo de relação intraespecífica desarmônica. Nessa relação um indivíduo da mesma espécie mata e se alimenta de outro. Quando ocorre a morte e a ingestão de organismos de espécies diferentes dizemos que houve uma predação.

Na dinâmica do canibalismo o ato de comer o corpo do outro seria uma forma de acabar com o mal e ao mesmo tempo atenuar este conflito da separação. Esta é simbologia relacionada ao canibalismo de teor sexual.

Kuru é uma doença causada por príons que agora ocorre raramente, quase nunca. Ela causa deterioração rápida da função mental e perda de coordenação. Esta doença já foi comum entre os nativos das terras altas de Papua Nova Guiné e era transmitida pelo canibalismo, que fazia parte do ritual funerário nativo.

De acordo com estudos já publicados, os últimos registros de canibalismo ocorreram entre os anos 50 e 60 do século passado. Um desses casos foi a morte de um jovem nambiquara pelos índios cintas-largas em um posto telegráfico de Rondônia, no fim dos anos 1950.

Esse ato de canibalismo era uma forma de bravura, um gesto honroso de uma cultura de seus antepassados. Assim sendo, os Tupinambás visavam, prioritariamente, a captura de seus prisioneiros, em especial, os europeus ainda vivos. Esse interesse era latente por parte dos guerreiros Tupinambás.

Animais carnívoros são todos aqueles que se alimentam da carne, tanto de animais herbívoros quanto de animais carnívoros. Além disso, podem ser vertebrados ou invertebrados. Na natureza, eles são predadores, pois caçam para sobreviver.

Os seres humanos desenvolveram um estômago ácido para matar bactérias patogênicas em animais em decomposição e o intestino humano encolheu, perdendo sua capacidade de fermentar alimentos vegetais em energia, transformando, assim, humanos em comedores de carnes. As nossas tripas, inclusive, refletem as dos carnívoros.

Aves de rapina como águias, falcões, corujas e aves secretário se alimentam de serpentes, assim como seriemas e emas. Embora muitas aves ocasionalmente se alimentem de serpentes, as espécies verdadeiramente especializadas são raras: todas pertencem ao grupo das aves de rapina.

Pode ser enquadrada no artigo 121, que presume que o canibalismo pode estar ligado a um homicídio, com a finalidade de consumo da carne humana. Pode ser punida pelo artigo 211, que criminaliza a destruição, subtração ou ocultação de cadáver.

O ritual do canibalismo tupinambá estava dentro do contexto da guerra entre tribos e envolvia a busca pela obtenção das qualidades dos inimigos. O termo canibalismo, ou antropofagia, designa os rituais que envolvem o consumo de carne humana pelos indivíduos que participam da celebração.

Em quantidade, 100g de carne magra, coxão mole, por exemplo, depois do cozimento, contêm 30g de proteína, o que corresponde a 50% das necessidades diárias do ser humano adulto.

Pesquisa aponta o significado do ritual que ocorria há 15 mil anos. Ossos encontrados em uma caverna em Somerset, no Reino Unido, apontam para evidências de que o canibalismo existiu, e fazia parte de um tipo de ritual.