Qual a cultura do mungunzá?

Perguntado por: vcosta . Última atualização: 1 de maio de 2023
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O munguzá ou mungunzá é uma iguaria afro-brasileira ou, mais precisamente, afro-baiana. Uma representação do saber culinário africano adaptado a ingredientes brasileiros, vide o leite de côco, com um toque de especiarias indianas que nos chegaram por Portugal, o cravo e a canela.

Opção doce
Para muitos, principalmente os quais têm influências das religiões de matriz africana, é um presente aos orixás. Comumente nas primeiras sextas-feiras do mês, é dia de preparar o mungunzá doce, em homenagem a Oxalá.

Muitas histórias envolvem a origem do prato, que para alguns vem dos Tupinambás, para outros da África ou ainda da Índia. A mais verossímil, no entanto, é que é uma iguaria afro-brasileira. O mungunzá é muito parecido com o cachupa de Cabo Verde, prato salgado de milho cozido com feijão e carne ou peixe.

"Em Minas Gerais, o mungunzá também é conhecido como piruruca ou canjica grossa.

A palavra mungunzá é de origem africana, especificamente do quimbundo mu'kunza, que significa milho cozido.

Que a canjica da parte sul do Brasil - o doce feito com milho, leite de coco, açúcar, cravo e canela - é chamada de mungunzá mais ao nordeste, muita gente já sabe.

nome masculino
[Brasil: Nordeste] [ Culinária ] Papa feita de grãos de milho branco triturados cozidos em leite com açúcar, canela e cravo-da-índia.

Mungunzá ou munguzá é uma iguaria doce feita de grãos de milho-branco ou amarelo levemente triturados, cozidos em um caldo contendo leite de coco ou de vaca, açúcar, canela em pó ou casca e cravo-da-índia. Para o povo paulista se trata do tradicional prato de sobremesa chamado Canjica.

Dependendo da região do país, esse doce de grãos de milho com leite de coco e outros ingredientes pode ter diferentes nomes. Nas Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, ele é chamado de canjica, mas no Norte e Nordeste, esse mesmo alimento é conhecido como mungunzá.

No Maranhão canjica é canjica mesmo e munguzá é mingau de milho!

Acredita-se que, ainda no século XVII, as festas eram realizadas na Europa em comemoração às colheitas. Quando os colonizadores portugueses chegaram ao Brasil, introduziram este costume, afinal, eles comemoravam a colheita do trigo, mas, como o milho era abundante no país, se tornou parte da celebração junina.

A origem do prato que faz sucesso nas festas juninas não é exata. Existem teorias que o mingau de milho foi criado por indígenas, mas ideias mais concretas apontam que sua origem possa ser africana.

Em algumas regiões do Brasil, especialmente no Nordeste, a canjica (branca ou amarela) é chamada de munguzá e seu preparo sempre leva o leite de coco na lista de ingredientes.

munguzá tradução | dicionário Português-Inglês
Canjica and Mungunzá are typical sweet cakes of brazilian culinary.

Aqui no RN mungunzá é feito com milho amarelo e é salgado. No RJ, quando eu morava lá, a canjica é feita com milho branco, leite de vaca, côco ralado e açúcar (eu ainda colocava amendoim triturado e leite condensado). Ambos são gostosos! Canjica - Rio de Janeiro.

O munguzá ou mungunzá é uma iguaria afro-brasileira ou, mais precisamente, afro-baiana. Uma representação do saber culinário africano adaptado a ingredientes brasileiros, vide o leite de côco, com um toque de especiarias indianas que nos chegaram por Portugal, o cravo e a canela.

A receita, feita originalmente com milho branco, foi adaptada às mais diversas etnias e pode ser feita também com o milho amarelo. Além do principal ingrediente (milho), a canjica pode levar leite de coco ou leite condensado, coco ralado e fresco, canela e amendoim.

O curau de milho é originado do pudim europeu e de uma bebida espessa utilizada pelos índios tupis, já que o termo vem do tupi minga'u, uma bebida espessa utilizada também em rituais.

Para regiões norte e nordeste, por exemplo, a palavra mungunzá é amplamente utilizada. Em contrapartida, nas regiões sul e sudeste o chamam de canjica. E como todo bom alimento típico brasileiro houveram diversas contribuições para transformá-lo na forma que consumimos hoje.