Quais são os pontos negativos das cotas raciais?

Perguntado por: orosa . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Cotas raciais sempre dividem negativamente as sociedades onde são implantadas, gerando o ódio racial e o ressentimento das pessoas que não entraram na Universidade, apesar de terem obtido nota maior ou igual do que os cotistas nas provas de vestibular.

A política de cotas, de acordo com o estudo, permitiu que o número de estudantes de escolas públicas, no geral, aumentasse 47% nas universidades federais e o número de estudantes negros de escolas públicas aumentasse 73%.

Ajuda a promover a diversidade étnica em profissões que são ocupadas tradicionalmente por brancos. Dá exemplo para que outros jovens negros e indígenas sintam-se motivados para ingressar na universidade. Como as cotas raciais promovem a convivência entre vários grupos étnicos, isto ajuda a diminuir o racismo.

O principal argumento contrário às cotas sociais é o argumento meritocrático, segundo o qual as cotas sociais são injustas porque diminuem a qualidade acadêmica e a produção científica ao permitir que alunos com notas menores sejam admitidos em detrimento dos alunos com notas maiores.

Assim, as cotas raciais se destinam às pessoas que se autodeclaram como pardas, negras e indígenas; já as cotas sociais se referem às pessoas de baixa renda e que estudaram em escola pública. Ambos os tipos têm o mesmo objetivo: eliminar as latentes desigualdades presentes no Brasil.

Uma cota social é uma reserva de vagas para candidatos que foram prejudicados injustamente, com o objetivo de garantir a igualdade de oportunidades. Uma cota racial é a reserva de vagas para indivíduos de determinada raça, etnia ou cor de pele.

As cotas raciais são reservas de vagas para grupos étnico-raciais, como as populações negras e indígenas, que sofreram um processo de exclusão ao longo da história do Brasil. Quem tem direito? Estudantes negros/as (pretos/as e pardos/as) e indígenas que estudaram todo o Ensino Médio em escola pública.

Lei de Cotas completará 10 anos em 2022
Dados mostram que mulheres e pessoas negras são mais afetadas pela pobreza. Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2019 apontou que 63% das famílias chefiadas por mulheres pretas ou pardas estão abaixo da linha da pobreza.

O pesquisador avalia que é preciso reduzir a ociosidade de vagas no ensino superior, diminuir a evasão por meio de políticas de permanência estudantil, melhorar a utilização da capacidade instalada das universidades com a criação de turnos e retomar a política de interiorização das instituições de ensino superior.

"A Lei de Cotas preenche um buraco causado pela desigualdade e consegue equiparar o acesso de pessoas negras e brancas, e no meu caso, escolas privadas e públicas, ao ensino superior brasileiro", diz a cientista política, que atualmente atua como analista de relações governamentais e se sente realizada profissional e ...

- As cotas raciais são uma medida de ação contra a desigualdade num sistema que privilegia um grupo racial em detrimento de outros – esses, oprimidos perante a sociedade. Ao contrário do que diz o senso comum, cotas raciais não se aplicam somente a pessoas negras.

A Lei nº 12.711/2012, sancionada em agosto deste ano, garante a reserva de 50% das matrículas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos.

A Lei nº 12.711/2012, também conhecida como Lei de Cotas, determina que metade das vagas de instituições de ensino superiores públicas devem ser destinadas a candidatos que estudaram os três anos do ensino médio na rede pública. Em 2022, a Lei completou 10 anos.

A desigualdade no acesso ao ensino superior entre brancos e negros existe e os dados comprovam que temos muito ainda que caminhar, mas, acabar com as cotas raciais que ampliaram a presença de pessoas negras e indígenas, será um grande retrocesso para o país.

O objetivo dela é corrigir uma desigualdade, uma distorção”, destacou Mercadante. O documento do governo federal esclarece que o critério de seleção será aplicado de acordo com o resultado dos estudantes no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

Embora sancionada em 2012, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, a Lei de Cotas é resultado de lutas sociais ocorridas décadas antes de sua existência. Já nos anos 2000, surgiu o movimento de diversas faculdades federais e estaduais para implementação de ações afirmativas para pessoas negras.

As cotas visam a acabar com a desigualdade racial e o racismo estrutural resultantes de anos de escravidão no Brasil, que ainda excluem pessoas negras e indígenas da universidade, do mercado de trabalho e dos espaços públicos.

1. Cotas raciais sempre dividem negativamente as sociedades onde são implantadas, gerando o ódio racial e o ressentimento das pessoas que não entraram na Universidade, apesar de terem obtido nota maior ou igual do que os cotistas nas provas de vestibular.

O problema identificado pelos teóricos que pensam as políticas públicas educacionais e de igualdade social, como é o caso das cotas, é o fato de que as cotas não resolvem o problema em sua raiz, ou seja, não proporciona condições para sua própria inutilidade, que seria atingida através da ampliação dos níveis de ...

Em 2000, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou uma lei que reservava metade das vagas das universidades estaduais para estudantes de escolas públicas. Um ano depois, uma nova lei determinou que 40% dessas vagas tinham que ser destinadas à autodeclarados negros e pardos.

Tipos de cotas

  • Cotas sociais.
  • Cotas raciais.
  • Cotas por deficiência física.