Quais são os pilares da pedagogia afetiva?

Perguntado por: lalmada . Última atualização: 6 de maio de 2023
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Entre elas podemos destacar 12: conhecimento, transformação, autonomia, responsabilidade, solidariedade, respeito, direitos e deveres, democracia, cidadania, criticidade, sensibilidade e criatividade.

A BNCC aborda a pedagogia afetiva diretamente nas competências gerais da Educação Básica, evidenciando a importância do desenvolvimento das emoções nos jovens.

A importância da afetividade no desenvolvimento humano, segundo Wallon, baseia-se na afirmação que o ser humano desde o seu nascimento é envolvido pela afetividade e que o afeto desempenha um papel fundamental em seu desenvolvimento e no estabelecimento de boas relações sociais.

As habilidades afetivas enfatizam uma variedade de sentimentos, uma emoção ou um grau de aceitação ou rejeição. O domínio afetivo varia desde a atenção simples a fenômenos selecionados, até qualidades de caráter e de consciência complexas, mas internamente consistentes.

Freire (1996, p. 96) ressalta características do professor que envolve afetivamente seus alunos: O bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é, assim, um desafio e não uma cantiga de ninar.

Ocupa uma função ímpar e privilegiada no desenvolvimento da criança e pode contribuir para o sucesso ou o fracasso do aluno na escola. Ele pode estabelecer vínculos afetivos muito fortes com e entre os alunos. Conclui-se, portanto, que o professor contagia e é contagiado pelos alunos.

A comunicação afetiva aproxima as pessoas e gera um clima de confiança, uma vez que a sensação de bem-estar contagia a todos que estão em volta. Para os funcionários de uma empresa, por exemplo, será muito mais fácil produzir num ambiente em que se sintam bem e acolhidos.

Grandes estudiosos, como Jean Piaget (1896-1980) e Lev Vygotsky (1896-1934), já atribuíam importância à afetividade no processo evolutivo, mas foi o educador francês Henri Wallon (1879-1962) que se aprofundou na questão.

Ela afirma sobre Vygotsky: São os desejos, necessidades, emoções, motivações, interesses, impulsos e inclinações do indivíduo que dão origem ao pensamento e este, por sua vez, exerce influência sobre o aspecto afetivo-volitivo.

Introdução. Em 1996, a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Ciência, Cultura e Educação) definiu os quatro pilares para a educação do século XXI: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Nasceram assim as bases da educação socioemocional.

Na ótica piagetiana, o afeto desempenha um papel essencial no fun- cionamento da inteligência, pois segundo Piaget : “vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distintas. E são inseparáveis porque todo intercâmbio com o meio pressupõe ao mesmo tempo estruturação e valori- zação...

O autor trata os três campos funcionais – motor, o afetivo e cognitivo – de forma indissociável. Para ele, seria impossível separar, já que o desenvolvimento de um causa impactos nos demais.

Wallon (1995
Estágio impulsivo-emocional (0 a 1 ano). Estágio sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos). Estágio personalista (3 a 6 anos). Estágio categorial (6 a 11 anos).

A teoria psicogenética de Wallon baseava-se na premissa de que a criança deveria ser entendida de uma forma holística, completa. A pessoa deveria ser compreendida em seus aspectos biológico, afetivo, social e intelectual. Por isso que essa teoria era comumente chamada de Teoria da Psicogênese da Pessoa Completa.