Quais são os países que mais recebem refugiados sírios?

Perguntado por: salves . Última atualização: 1 de maio de 2023
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A Turquia continua a abrigar a maior população de refugiados do mundo, incluindo mais de 3,7 milhões de sírios, enquanto o Líbano e a Jordânia estão entre os países com o maior número de refugiados per capita globalmente.

O número de requerentes de asilo pela primeira vez da Síria aumentou de pouco menos de 100 000 no ano de 2021 para 131 970 em 2022. No entanto, os sírios representavam 15% do total de requerentes, contra 18,4% em 2021. Os afegãos representavam 12,9% do total de requerentes de asilo na UE.

São pessoas que estão fora de seu país de origem devido a fundados temores de perseguição relacionados a questões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, como também devido à grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados.

O Brasil abriga hoje cerca de 3.800 sírios reconhecidos como refugiados. Luiz Fernando Godinho, porta-voz da Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no Brasil, vê a inserção no mercado de trabalho como o maior obstáculo à integração dessa população. Com a covid-19, a situação se agravou.

Aproximadamente 3,8 mil deles chegaram ao Brasil na última década. Mais de 80% deles se concentram em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Paraná, onde já existia uma comunidade sírio-libanesa consolidada.

A grande maioria dos refugiados sírios nos países vizinhos vive em áreas urbanas, com apenas 1 em cada 20 acomodado em um campo de refugiados em 2021. Em todos os países vizinhos, a vida é uma luta diária para mais de um milhão de refugiados sírios, que têm pouco ou nenhum recurso financeiro.

A pesquisa descobriu que Macedônia, Montenegro, Hungria, Sérvia, Eslováquia e Croácia, todos na rota dos Bálcãs para os que buscam asilo, marcaram as piores notas de aceitação de imigrantes. A Islândia está na ponta oposta da escala, marcando 8,26 de 9,0 pontos possíveis, seguida por Nova Zelândia e Ruanda.

Nações ricas em petróleo são as que possuem a maior população de imigrantes na comparação com o total de habitantes. É o caso dos Emirados Árabes Unidos, primeiro no ranking. Cerca de 88,4% dos habitantes do país vieram de outras partes do mundo.

Ali vivem cerca de 1,2 milhão de refugiados sírios, e os dois irmãos não conseguiram lugar para morar ou trabalhar. Ante a dificuldade em obter vistos para Europa, EUA ou Canadá, surgiu a ideia de emigrar ao Brasil. A viagem foi autorizada pela embaixada brasileira no Líbano.

A Polônia representa o destino majoritário dos refugiados, abrigando 547.982 pessoas, ou 52,4% do total. Em seguida, Hungria (133.009, ou 12.7%) e Moldávia (97.827, 9.4%) são os outros 2 principais países a abrirem as portas para fugidos da crise.

Perda de esperança e pobreza extrema levam os sírios a pedir refúgio na Europa. ACNUR afirmou que a perda de esperança e as péssimas condições de vida na Síria são os principais fatores por trás do recente aumento no número de sírios em busca de refúgio na Europa.

Eles fogem por conta de conflitos internos, guerras, perseguições políticas, ações de grupos terroristas e violência aos direitos humanos. Metade do fluxo anual de refugiados são sírios, que deixam suas origens devido à guerra civil em que o país está desde 2011.

Em torno de 90% da ancestralidade dos sírios é oriunda dos povos semitas que habitam a Síria desde tempos imemoriais, como os arameus, assírios e canaanitas. O restante provém das seguintes populações: povos da Anatólia e do sul da Europa (c. 1.000 a.C.), gregos (século IV a.C.) e povos do Cáucaso (domínio otomano).

Os sírios são um povo levantino nativo, estreitamente relacionado com os seus vizinhos imediatos, como libaneses, palestinos, iraquianos, malteses, judeus e jordanianos.

De acordo com dados divulgados na última edição do relatório “Refúgio em Números”, apenas em 2022, no Brasil, foram feitas 50.355 solicitações da condição de refugiado, provenientes de 139 países. As principais nacionalidades solicitantes em 2022 foram venezuelanas (67%), cubanas (10,9%) e angolanas (6,8%).