Quais são os impactos da falta de água na economia Cite um exemplo numérico?

Perguntado por: ebotelho . Última atualização: 29 de maio de 2023
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Com os reservatórios em níveis baixos, as hidrelétricas baixam a produção e as usinas termelétricas, que são movidas a carvão, são acionadas. Porém, os custos das termelétricas são maiores e isso encarece a energia elétrica e cria também um efeito cascata na economia, com o aumento dos preços em geral.

Exemplos mais comuns destas doenças são as diarreias, hepatite A, febres tifoides e paratifoide, cólera e parasitoses. Além disso, pouca água afeta a higiene das pessoas e dos locais onde elas vivem, o que também é fator de risco para outras doenças, como micoses e conjuntivites.

É um recurso natural essencial, seja como componente bioquímico de seres vivos, como meio de vida de várias espécies vegetais e animais, como elemento representativo de valores sociais e culturais e até como fator de produção de vários bens de consumo final e intermediário.

Impacto na saúde pública
Doenças como diarreias, verminoses, hepatite A, leptospirose e esquistossomose, dentre outras, estão entre as mais comuns que afetam moradores de áreas sem saneamento ou com serviço precário de água e esgoto.

Podem intensificar gravemente problemas já existentes e a desigualdade social, bem como aguçar conflitos entre as pessoas. O problema afeta sobretudo aqueles que já vivem nas condições mais difíceis, e que são as pessoas que menos contribuiram para o surgimento das mudanças climáticas.

A economia de água não apenas preserva o ambiente, mas também reflete em economia financeira, já que a conta tende a ficar menor. Vale lembrar, ainda, que a água que chega à nossa casa tem um custo de captação, tratamento e distribuição.

Agropecuária

Agropecuária. A agropecuária é a atividade que mais consome água em todo o mundo, sendo responsável por 70% de toda a utilização feita pelos seres humanos, de acordo com números da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Elas são o resultado de um somatório de fatores, que incluem as anomalias meteorológicas, mas envolvem, também, má gestão dos recursos hídricos, falta de infraestrutura de abastecimento capaz de acompanhar o aumento da demanda, educação para um consumo racional de água, redução de desperdícios, uso de fontes ...

A destinação inadequada do lixo e a falta de tratamento de água e do esgoto aumentam o contato com inúmeros agentes perigosos para a saúde. Doenças com maiores incidências devido à exposição a ambientes sem saneamento são leptospirose, disenteria bacteriana, esquistossomose, febre tifoide e cólera.

A falta de água no corpo pode causar desidratação, que ocorre quando os líquidos perdidos não são repostos. “Caso uma pessoa não consiga atingir a quantidade mínima necessária ela pode sentir alterações de humor, dores de cabeça, cansaço, além de desenvolver problemas renais, entre outros”, diz.

O levantamento mais recente do Instituto Trata Brasil apontou que quase 35 milhões de pessoas não tem acesso à água potável no Brasil. Além disso, cerca de 100 milhões não possuem coleta de esgoto, resultando em doenças que podem levar até à morte.

No Brasil, a água é utilizada principalmente para irrigação de lavouras, abastecimento público, atividades industriais, geração de energia, extração mineral, aquicultura, navegação, turismo e lazer. Cada uso depende e pode afetar condições específicas de quantidade e de qualidade das águas.

Por fim, o uso doméstico e comercial são os que, proporcionalmente, menos consomem água, apresentando apenas 8% de todo o consumo médio. Isso revela que, além das residências, os demais setores da economia também devem atuar no sentido de economizar água para garantir a sua preservação para as gerações futuras.

1.1.1 Água e o Desenvolvimento Econômico Sustentável
Ela permeia todos os aspectos do desenvolvimento socioeconômico, seja para produção de energia e alimentos, processos industriais, consumo humano, transporte, prestação de serviços e atividades recreativas, como para manter o equilíbrio dos ecossistemas terrestres.

Atualmente, morrem no Brasil 15 mil pessoas por ano em decorrência de doenças relacionadas à falta de saneamento, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, segundo o órgão, cada R$1,00 investido em saneamento gera economia de R$4,00 na saúde.

Prejuízos para a economia
Se 100% da população tivesse acesso à coleta de esgoto, haveria uma redução de 74,6 mil internações. Isso se reflete também no impacto financeiro que as doenças causam na administração pública, visto que diversas internações, tratamentos e compra de medicamentos poderiam ser evitadas.

Despejar esgotos não tratados pode poluir o solo, lençóis freáticos e reservas de água, levando à morte de animais e reduzindo a quantidade de água potável disponível. Os prejuízos podem se estender para a agricultura, comércio, indústria, turismo e outros setores da economia.

Além de problemas com o abastecimento de água, que já vêm sendo enfrentados por moradores das regiões metropolitanas de Curitiba e São Paulo, a crise hídrica também afeta o fornecimento de energia, que provoca o aumento das tarifas e a produção de alimentos.

Mesmo com o avanço, a ONU espera que a população sujeita à escassez hídrica irá dobrar até 2050, o que deve gerar prejuízos bilionários. Desde a última conferência das águas, estimasse que a economia global perdeu 700 bilhões de dólares em virtude de crises hídricas.

Dentre as estratégias para enfrentar a crise de água, destacam-se a dessalinização da água do mar, a transposição de rios, a água de reúso e a conscientização da população. É cada vez maior o numero de países ao redor do mundo que sofrem com a escassez de água potável.