Quais são os deuses do Guarani?

Perguntado por: oribeiro . Última atualização: 29 de abril de 2023
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Três Grandes e Tupã

  • Guaraci - Divindade do Sol; Aquela que dá vida e criadora de todos os seres vivos; Irmã gêmea de Jaci. ...
  • Jaci - Divindade da lua; Rainha da noite e do amor. ...
  • Rudá - Divindade do amor; Responsável por flechar o coração das guerreiras e leva-las ao amor.

Tupã

Considerado o deus criador do universo, pela tribo tupi-guarani, Tupã é o "Senhor do Trovão". É visto como o criador do céu, da terra e da humanidade. Alguns historiadores acreditam que Tupã foi criado pelos jesuítas durante o período de catequização dos povos indígenas.

Os índios guaranis, também chamados de "grande povo", acreditam que foram criados por Tupã para admirar à terra, através da palavra. O primeiro guarani, Ñamandú, fez da terra seu leito.

Os indígenas brasileiros são politeístas, mas sua maneira de relacionar-se com a religião mudou drasticamente com a influência da colonização, de orientação católica e monoteísta. Acreditavam nas forças da natureza, na divindade de animais, de plantas e do próprio homem interagindo com todos os elementos.

Mais ainda: a palavra tupã tem o t imóvel; diz-se: xe tupã, meu Deus, e não: xe rupã, etc. Logo... Ainda mais: a forma primitiva da tupã era tupana, que no tupi colonial ainda se encontra e sobre a qual temos o testemunho dos padres Anchieta e Nóbrega.

Tupã - o deus dos deuses, criador dos céus, terras e mares, deus do trovão e das tempestades; Jaci - deusa da lua e guardiã e rainha da noite. Filha de Tupã, é esposa-irmã de Guaraci; Guaraci - deus do sol, auxiliou seu pai Tupã na criação de todos os seres vivos.

Um exemplo é o petyguá, cachimbo ritual, que guarda grande importância para a cultura guarani. Através dele, é possível comunicar-se com Nhe'e (alma-palavra). No petynguá queimam fumo de corda que produz o tataxina, fumaça sagrada. Ela é a manifestação da divindade através do Karaí (líder espiritual).

Os indígenas adoravam vários deuses, admitiam uma trindade superior composta por Guaraci (o sol), Jaci (a lua) e Perudá ou Rodá (deus do amor). O chefe religioso da aldeia era o pajé, que possuía poderes mágicos. Adoravam as forças da natureza (vento, chuva, relâmpago, trovão) e tinham medo dos maus espíritos.

Totem significa o símbolo sagrado adotado como emblema por tribos ou clãs por considerarem como seus ancestrais e protetores. O totem costuma ser um poste ou coluna e pode ser representado por um animal, uma planta ou outro objeto.

Era Sumé, enviado de Tupã[1], senhor do Céu e da Terra. E Sumé operava prodígios nunca vistos. Diante dele, os matos mais cerrados se abriam por si mesmos, para lhe dar passagem: a um aceno seu, acalmavam-se os ventos mais desencadeados: quando o ma furioso rugia, um simples gesto de sua mão lhe impunha obediência.

Quase todos os mitos de origem guarani relacionam a criação do mundo com a figura de Tupã, o deus Sol, com a ajuda de Araci (ou Jaci). Esta última é chamada a deusa Lua, e ambos (Tupã e Araci) desceram para a terra em uma região conhecida como Arégua, no atual Paraguai, e dali criaram tudo que existe na Terra.

O panteão de deuses tupi-guarani também é formado por Caramuru, o deus dragão, que controla as ondas dos oceanos; Caupé, a deusa da beleza; Anhum, o deus da música que tocava o Sacro Taré, instrumento criado pelos deuses. Além disso, temos Anhangá, o protetor das matas. Sua missão era proteger os animais dos caçadores.

Na história do povo Guarani, a exploração da erva-mate, a criação de gado, o cultivo de soja e da cana-de-açúcar aparecem como os principais elementos que colocam sua cultura e modo de vida em conflito com os interesses econômicos adotados pelo país.

A caça, a pesca e a coleta de frutas e raízes completavam sua dieta. Em suas migrações através da América do Sul, os tupis eram orientados por líderes religiosos, os karai, que lhes prometiam um paraíso ao final da jornada: a chamada "terra sem males" (em guarani, yvy marae).

Entre os kaiowa, duas cerimônias têm destaque: a do avati kyry (milho novo, verde) e do mitã pepy ou kunumi pepy (realizada em várias comunidades no Paraguai; no Brasil apenas uma comunidade a mantém).