Quais são as três teorias da juventude?

Perguntado por: tmoreira . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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São três as principais teorias críticas da juventude, duas delas de caráter “reformista”, outra mais “revolucionária”. Entre as reformistas, a teoria das gerações de Karl Mannheim (1982) e a noção de moratória social, oriunda do psicanalista Erik Erikson (1987).

Em Mannheim, a juventude é considerada como força social a se mobilizar em prol da defesa da democracia (é claro, ele pensa, sobretudo, nos jovens das classes médias).

Desta forma, a incursão dos jovens nos diversos contextos sócio/culturais se dá através de diferentes formas de expressão. Os grafiteiros, os skatistas, os punks, os skinheads, rappers, enfim, representam uma incursão do jovem na cidade através de seus corpos.

Para a filosofia, jovem é quem tem um coração banhado por um ideal de juventude. A juventude não se mede pela idade, e sim pela capacidade de protagonismo e de enxergar (e viver) nobres ideais.

Quando nos referimos a este conceito, podemos pensar num período compreendido na transição entre a infância e a vida adulta. Mas com o passar dos anos pode-se observar que a definição de juventude parte da construção de limites e experiências vividas no âmbito social, temporal e cultural.

Os jovens sempre desempenharam papel importante nos movimentos sociais, assumindo postos de liderança em protestos mundo afora, organizando manifestações e ocupando o espaço público com demandas sociais, políticas, econômicas e culturais. Nas ruas, nas comunidades, nas redes sociais e internet em geral!

Embora Mannheim reconheça a importância da juventude como “agente revitalizador” da sociedade, percebe-se uma mudança em relação ao papel que Mannheim atribuía às gerações no artigo discutido anteriormente e que remonta a fase em que Mannheim viveu na Alemanha e em seu texto sobre a função das novas gerações.

Percebe-se que na teoria de Erikson a formação humana se exerce integrada à educação, concebida em sentido amplo, manifestando-se por meio da autopercepção e cuidado de si. Isso pressupõe a capacidade do homem de refletir sobre a sua atuação no mundo e sobre ele mesmo.

Sem sombra de dúvida, a falta de experiência é o principal desafio para a inserção dos jovens no mercado de trabalho. É bem comum que a maioria das empresas faça essa exigência, até mesmo para cargos mais simples e que não demandam tanto conhecimento técnico. Uma forma de contornar isso é fazendo trabalhos voluntários.

Há consenso entre especialistas de que atualmente a juventude passa por uma fase de transição extremamente complexa, afetada por uma grave e inusitada combinação de fatores como o acirramento da violência e o aprofundamento da crise de trabalho e emprego.

A grosso modo, que o pico sexual ocorre aos 20 e poucos, o auge da forma física aos 30 e poucos, a mente aos 40 e 50 e a felicidade aos 60. Mas isso são apenas médias, e cada pessoa tem uma trajetória diferente. Por isso, o mais importante é reconhecer que a idade traz doses parecidas de altos e baixos.

Não foi apenas Sócrates que reclamou desde a antiguidade da geração mais jovem; outras antigas queixas são frequentemente descritas: Esta juventude está podre no fundo do coração. Os jovens são maus e preguiçosos. Nunca serão como a juventude de outros tempos.

Quando falamos em culturas juvenis, nos referimos a modos de vida específicos e práticas cotidianas dos jovens, que expressam certos significados e valores tanto no âmbito das instituições quanto no âmbito da própria vida cotidiana, constituindo novas territorialidades.

Por volta do século VI e VII, na idade média, as delimitações começavam a assumir características etárias, definidas como: infância (de 0 a 7 anos), puberdade (de 8 a 13 anos), adolescência (de 14 a 21 anos) e juventude (de 22 a 30anos).

A principal característica atribuída à juventude é a de ser uma transição entre a infância (e o mundo privado e as concepções pré-lógicas) e a vida adulta (e o mundo público e as concepções racionalmente legitimadas): a juventude interessa menos pelo que ela é, e mais pelo que será ou deveria ser quando seus membros se ...

Assim sendo, a adolescência ou juventude pode ser considerada como uma categoria social, pois emerge das sociedades, está intimamente relacionada a elas, produz e é produzida por elas.

Dessa forma Pais (1990) afirma que a juventude pode ser entendida como uma construção social, que pode ser vista como fruto de uma determinada sociedade, e que se origina a partir do modo como o jovem é visto por esta mesma sociedade, abarcando desde estereótipos por ela criados, e alcançando até mesmo as diversidades ...