Quais são as chances de uma guerra nuclear?

Perguntado por: abelem5 . Última atualização: 7 de janeiro de 2023
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Agora, mesmo com tantas ogivas sob controle de cada país, uma guerra nuclear é considerada improvável. "Uma guerra nuclear é altamente improvável. Isso não significa, no entanto, que um conflito armado convencional entre Estados específicos não venha a acontecer.

Chefe da diplomacia da União Europeia diz que se a Rússia usar arma nuclear, exército russo será aniquilado.

O melhor é se esconder da radiação
Para mitigar o impacto da radiação, o CDC aconselha que as pessoas entrem em construções o mais rápido possível, fechem as janelas e qualquer abertura que permita a passagem de ar, e se dirijam ao porão ou para o meio da estrutura.

— Haverá muitas pessoas correndo para hospitais e para fora da área, o que será um problema: haverá confusão, e retirar pessoas no meio de uma guerra é extremamente difícil — disse Stoetzel à al-Jazeera.

A bomba nuclear funciona pelo princípio da fissão nuclear, que é a divisão de um átomo instável pelo bombardeamento de partículas, como um nêutron. Isso gera uma reação em cadeia que vai provocando a fissão nuclear dos outros átomos presentes.

O Brasil ainda não possui armas nucleares, enquanto que Coreia do Norte, Índia, China e no caso do Reino Unido possui um arsenal dessas armas (oficialmente, cerca de 225 ogivas nucleares) e é um dos cinco “Estados com armas nucleares” de acordo com o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

Sob ditaduras militares, Brasil e Argentina resistiram a acordo que proibiu o desenvolvimento de armas nucleares na América Latina e Caribe. Durante a segunda metade do século 20, a humanidade viveu com medo de um possível holocausto nuclear. Era uma espécie de pesadelo apocalíptico.

Depois de 73 anos da bomba de Hiroshima, um estudo científico publicado na revista internacional Nature Food sustentou que Argentina e Austrália são os melhores países para sobreviver a uma guerra nuclear.

Neste ranking, a Islândia figura como o primeiro. Tanto por sua localização geográfica (no extremo norte da Europa, no meio do Oceano Atlântico) como por sua tradição pacifista.

A Terceira Guerra Mundial teria ainda como consequência o aprofundamento de crises econômicas, sanitárias e de abastecimento, notadamente de alimentos, atingindo sobretudo as nações menos desenvolvidas economicamente.

Um confronto entre Estados Unidos e Rússia libertaria 150 teragramas de fuligem, o suficiente para, no espaço de quatro anos, a temperatura do ar baixar 16ºC e os mares arrefecerem 6ºC. Tratando-se de dois dos principais países exportadores de alimentos, as consequências seriam catastróficas para o mercado mundial.

O Brasil possui duas unidades nucleares em funcionamento, ambas localizadas na cidade de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro, as quais representam cerca de 2% da matriz elétrica do país. A usina Angra 1 foi a primeira a entrar em operação, o que aconteceu no ano de 1985.

Por que Chernobyl interessa à Rússia? A localização da usina é estratégica por ficar um pouco abaixo da fronteira com a Belarus —aliada da Rússia na guerra— e a apenas 120 km de Kiev, capital da Ucrânia.

Uma guerra nuclear moderna pode matar até 5 bilhões de pessoas devido ao impacto da fome global desencadeada pela fuligem que bloquearia a luz solar, afetando plantações. Essas baixas seriam maiores que as causadas pela explosão, estimam cientistas da universidade de Rutgers, nos Estados Unidos.

De acordo com Dalcin, as armas nucleares táticas podem ser lançadas em um alvo a uma distância de 500 km até 5,5 mil km, enquanto as estratégicas superam essa escala limite.

Míssil balístico de alcance intermediário (IRBM): alcance entre 2500 e 3500 quilômetros. Míssil balístico intercontinental (ICBM): alcance superior a 3500 quilômetros, subdivididos ainda em: Míssil balístico intercontinental de alcance limitado (LRICBM): alcance entre 3500 e 8000 quilômetros.

E as ogivas nucleares de hoje podem ter mais de 1.000 quilotoneladas. Espera-se que pouco sobreviva na zona de impacto imediato de uma explosão nuclear. Depois de um clarão ofuscante, há uma enorme bola de fogo e uma onda de explosão que pode destruir edifícios e estruturas a quilômetros de distância.