Quais os três tipos de apego?

Perguntado por: lquarteira . Última atualização: 4 de fevereiro de 2023
4.8 / 5 14 votos

Ainsworth identificou três estilos de apego, ou padrões, que uma criança pode ter com figuras de apego: seguro, evitativo (inseguro) e ambivalente ou resistente (inseguro).

Apego Ambivalente: esse padrão corresponde ao desejo de altos níveis de intimidade, o que resulta na dependência extrema do parceiro. São pessoas inseguras que questionam o seu próprio valor. Apego Desorganizado: dificuldade de estabelecer laços profundos, embora exista o desejo de fazê-lo.

Apego Evitativo
Nesse tipo de apego, a criança parece não ter confiança de que terá resposta e ajuda quando necessitar e, antecipadamente, espera ser rejeitada. Nessa infância, os pais não ofereceram acolhimento e conforto quando a criança demonstra sentimentos de inadequação.

As pesquisas feitas pela psicóloga do desenvolvimento Mary Ainsworth nas décadas de 1960 e 1970 reforçaram os conceitos básicos de Bowlby, introduziram o conceito de `base segura' e identificaram, entre os padrões de vínculos, três estilos de apego: apego seguro, apego evitativo e apego ambivalente.

Para a Teoria do Apego, o apego acontece quando uma forma de comportamento resulta em uma pessoa alcançar e manter proximidade com algum outro indivíduo, considerado mais apto para lidar com o mundo. As figuras de apego são os possíveis cuidadores: pai e mãe, avós, tios, educadores, outros.

O apego significa um vínculo afetivo ou ligação entre um indivíduo e uma figura de apego (comumente um cuidador). Estes laços podem ser recíprocos entre dois adultos, mas entre uma criança e um cuidador são baseados nas necessidades de segurança e proteção, fundamentais na infância.

O amor é apaixonado; o apego é apático. É habitual dizer que a raiva é o sentimento mais próximo do amor e é por isso que quando acaba um relacionamento sente um ódio e uma raiva inexplicável. Quando é apenas apego sente ansiedade, irritação com o fim da relação. O amor é desinteressado; apego é egocêntrico.

Tranquilidade é fundamental para ajudar um ambivalente a acalmar seu estilo de apego super-ativo. Com o passar do tempo, à medida que elas aprendem a receber amor e afeição e a confiar que você vai realmente estar lá o tempo suficiente, elas conseguem relaxar e seguir para um apego seguro.

O apego desorganizado, assim como seu nome indica, é consequência de experiências traumáticas de grande intensidade para a criança, que “desorganizam” seu desenvolvimento social e as deixam vulneráveis. Em outras palavras, o apego desorganizado é um conjunto de sintomas de mal-estar emocional.

Como superar o apego ansioso

  1. Analise seu comportamento.
  2. Comunique-se.
  3. Revise seu passado e perdoe.
  4. Autoestima.
  5. Pense em um modelo para seguir.
  6. Escolha bem seus/suas parceiros/as.
  7. Ocupe seu tempo.

Ambivalência é um sentimento conflitante onde coexistem duas ideias de igual importância e intensidade a respeito de uma mesma coisa. É o sentimento de querer, e não querer, gostar e não gostar, ao mesmo tempo de alguma coisa. Ela não é um traço de personalidade, ou o sintoma de alguma doença mental em especial.

Os comportamentos de apego se referem a um conjunto de condutas inatas que promovem a manutenção ou o estabelecimento da proximidade com sua principal figura provedora de cuidados, a mãe, na maioria das vezes, e são eliciados por sentimentos de medo, cansaço, fome ou estresse.

Não existe apego e muito menos dependência emocional onde existe Amor. O apego parte do desequilibro emocional desenvolvendo então, a dependência emocional, com sensação ilusória de segurança e porto seguro. Onde a pessoa só será feliz se o outro estiver feliz.

Sinais do apego emocional no relacionamento
A pessoa não suportar olhar para o(a) parceiro(a) interagindo com alguém que não seja ela própria. Ciúmes acima do normal. Incômodo ao perceber o(a) parceiro(a) deseja passar algum tempo com outras pessoas, mesmo que sejam amigos ou amigas de longa data, ou familiares.

As causas da dependência emocional estão associadas ao medo de errar e de ser rejeitado, além do temor de ficar sozinho. Podem ter origem numa infância superprotegida ou ser consequência de alguma situação traumática. Isso é projetado na vida adulta, e a pessoa depende dos demais para reconhecer suas virtudes.

Outra dica fundamental e que vai fazer toda a diferença é se afastar totalmente de quem te fez mal. Evite ir a eventos que a pessoa vai estar e também tente não continuar com a mesma rotina que mantinham, afinal, vocês podem se esbarrar a qualquer momento.

A ideia de que o apego só afeta bebês e crianças é um mito, pois começa no nascimento e dura toda a vida.