Quais os tipos de pulsões?

Perguntado por: otaveira . Última atualização: 18 de maio de 2023
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As pulsões têm dois tipos de representantes, os afetos e as representações. O destino da energia associada à representação é sempre a mesma: a pulsão é redimida, não tem o suporte da energia ou então tendo sido recalcada a representação, a energia manifesta-se através do afeto ou este transforma-se em angústia.

A pulsão de vida é a tendência do organismo humano para buscar a satisfação, a sobrevivência, a perpetuação. Em certo sentido, é às vezes lembrada como uma movimento em direção de novidades e acontecimentos. Relaciona-se ao desejo sexual, ao amor, à criatividade e ao desenvolvimento individual e coletivo.

A pulsão seria, para Freud, uma exigência de trabalho. Um impulso que tem como objetivo, a conservação e o alívio das tensões. O autor diferencia alguns tipos de pulsão, mas todos eles teriam a missão de apaziguar uma falta originária que é motivo de angústia.

Segundo Freud, o indivíduo possui latente dentro de si a pulsão de vida e a pulsão de morte.

Na psicanálise, a pulsão é a energia psíquica profunda que direciona a ação até um fim, descarregando-se ao consegui-lo. O conceito refere-se a algo dinâmico que é influenciado pela experiência do sujeito. Isto diferencia a pulsão do instinto, que é congénito (herdado pela genética).

1. Impulso. 2. [ Psicanálise ] Força no limite do orgânico e do psíquico que impele o indivíduo a cumprir uma acção com o fim de resolver uma tensão vinda do seu próprio organismo por meio de um objecto , e cujo protótipo é a pulsão sexual.

O conceito de pulsão permite-nos, portanto, compreender os fenômenos psíquicos pulsionais como aqueles que representam, no sentido de estar no lugar de outra coisa. Isto é, a pulsão seria a representante dos estímulos corporais no psiquismo.

Impulso, instinto ou pulsão, do ponto de vista analítico, deve ser entendido como um processo dinâmico consistindo numa carga energética que faz tender o organismo, através de um trabalho, para um fim, a descarga.

Na sua teoria das pulsões Sigmund Freud descreveu duas pulsões antagônicas: Eros, uma pulsão sexual com tendência à preservação da vida, e a pulsão de morte (Tânato) que levaria à segregação de tudo o que é vivo, à destruição.

O instinto, portanto, é a força que inicia a NECESSIDADE de uma ação. Sem predeterminar qual ação em particular e qual é a força dessa ação. Já a pulsão, terá aspectos mentais, como um impulso, um desejo. A força da pulsão precisa ser dirigida para um representante para a energia se manifestar.

E a partir de 1920 Freud associa as pulsões do eu e as sexuais dentro do mesmo grupo representadas por Eros ou Pulsão de vida que preserva o organismo vivo e constrói a pulsão de morte, que teria como representante o sadismo. Ela anuncia a tendência fundamental de todo ser vivo de retornar ao estado inorgânico.

A pulsão de vida é aquela que faz o ser humano desenvolver, é o seu desejo de viver, a sua sublimação* enquanto ser. Já a pulsão de morte tende a inércia, são os desejos destrutivos do ser humano, que o levam a regredir.

A fonte ("Quelle") da pulsão é o processo somático que dá origem à pulsão. O alvo ("Ziel", também traduzido como finalidade, fim, objetivo ou meta) é a suspensão da estimulação na fonte, mas também são alvos as etapas intermediárias que possam levar a este alvo último.

Considerando a teoria pulsional, Freud afirma que constitui-se como objeto da pulsão todo objeto no qual ou através do qual a pulsão consegue atingir seu alvo. O objeto não é fixo, nem previamente determinado, é o que há de mais contingente no conjunto de elementos e processos presentes nos atos pulsionais.