Quais os tipos de exames para saber se é epilepsia?

Perguntado por: ubaptista . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Exames complementares são importantes para auxiliar no diagnóstico, como o eletroencefalograma, a tomografia de crânio e a ressonância magnética do cérebro. O diagnóstico apropriado da epilepsia e do tipo de crise apresentado pelo paciente permite a escolha do tratamento adequado.

O Eletroencefalograma
Na maioria das epilepsias, o EEG é completamente normal fora dos períodos de crise. Entretanto, 40% dos pacientes apresentam descargas anômalas que podem ser vistas no EEG. Essas descargas indicam onde está o foco da crise e são chamadas interictais quando são registradas nos períodos sem crise.

. Normalmente, é realizada uma tomografia computadorizada (TC), mas pode-se fazer ressonância magnética (RM). Os dois exames conseguem identificar anormalidades no cérebro que podem estar causando as convulsões.

Laudo: informar história clínica referindo o(s) tipo(s) de crise(s), freqüência de crises, medicações já utilizadas, presença de doença psiquiátrica associada, desenvolvimento cognitivo. Informar tratamentos anteriores realizados (se foi realizada cirurgia anteriormente ou tratamentos alternativos).

Em adultos, por exemplo, as causas tendem a ser os traumatismos, tumores cerebrais e AVC. Já em crianças, as causas estão mais frequentemente relacionadas a condições do neurodesenvolvimento, problemas no período neonatal e predisposição genética. Independente da causa, a epilepsia tem tratamento.

Crises atônicas: Esse tipo de crise provoca a perda de controle muscular, podendo levar à quedas repentinas; Crises tônicas: Causa rigidez muscular e geralmente afetam os músculos dos braços, pernas e costas. Também podem ocasionar quedas; Crises clônicas: São responsáveis por causar movimentos rítmicos ou repetitivos.

Os sintomas das crises parciais podem ser confundidos com outros distúrbios neurológicos, como enxaqueca ou doença mental. Testes e exames diagnósticos são necessários para diferenciar a epilepsia de outros distúrbios.

A convulsão é apenas um tipo mais intenso de ataque epilético², no qual a pessoa perde os sentidos e se debate, podendo morder a língua e urinar na roupa². No entanto, existem crises mais fracas, caracterizadas por breves desligamentos, formigamentos ou contrações restritas a alguns grupos musculares².

A epilepsia atinge pessoas em qualquer idade e pode iniciar desde a fase neonatal precoce até a velhice. O que muda conforme as faixas etárias são as principais causas da doença.

Os pacientes com mais tempo de epilepsia apresentam maior área do cérebro comprometida, o que demonstra que a doença provoca um aumento gradativo de atrofias e prejuízos cognitivos, conforme progride.

Ressonância magnética pode revelar pequenas lesões que determinam a epilepsia | Revista Médica Ed. 3 - 2010. As imagens estruturais de ressonância magnética (RM) têm sido amplamente utilizadas para a avaliação da epilepsia, tanto nos casos de doença do lobo temporal quanto nas afecções extratemporais.

Foi apresentado no Senado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) o PL 2.472/2022, que inclui o lúpus e a epilepsia na lista de doenças dispensadas do prazo de carência para concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por incapacidade, concedidos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Antes de se dirigir ao posto do INSS, o segurado (enfermo), deverá agendar sua perícia médica pelo telefone 135 ou pela internet: www.mpas.gov.br. Será com base nesta perícia agendada que o portador da Epilepsia terá ou não o seu benefício previdenciário deferido.

A necessidade desse auxílio também é verificada por perícia, e, excepcionalmente, esse adicional poderá extrapolar o teto previdenciário para o pagamento do benefício (R$ 6.433,57 em 2021).

Se o portador de epilepsia restar incapacitado para o labor ou para atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos, poderá requerer o auxílio-doença (auxílio por incapacidade temporária) diretamente na autarquia previdenciária, nos termos dos artigos 59 ao 64 da Lei de Benefícios.

Crises Focais

  • Crises do Lobo Temporal. Elas integram uma categoria de Crises Focais e são o Tipo mais comum de Epilepsia. ...
  • Crises do Lobo Frontal. ...
  • Crises de Lobo Occipital. ...
  • Crises do Lobo Parietal. ...
  • Crises de Ausência. ...
  • Crises Mioclônicas. ...
  • Crises Tônico-Clônicas Generalizadas.

Existem dois tipos de epilepsia: epilepsias parciais e as generalizadas. Na epilepsia parcial essa emissão de descarga neurológica incorreta fica limitada apenas uma parte do cérebro, enquanto na epilepsia generalizada a descarga afeta todo o cérebro.

Nesses casos, a pessoa pode ver pontos ou ondas luminosas, ou por exemplo, uma dor diferente, um formigamento em parte do corpo, uma sensação diferente no estômago, etc. Nem sempre o tempo livre das crises é igual, ou seja, o momento em que elas aparecem pode ser imprevisível.