Quais os principais motivos para a formação da Revolução paulista?

Perguntado por: imoreira . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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A chave para entendermos a insatisfação dos paulistas é o fato de que São Paulo foi o estado que mais perdeu poderio político com a Revolução de 1930. Sendo assim, as pressões sobre Getúlio Vargas foram fortes desde o início e foram crescendo à medida que ele não atendia aos interesses da elite paulista.

Além de exigirem uma nova Constituição e uma nova eleição de imediato, os paulistas também estavam insatisfeitos com os interventores nomeados por Vargas para o estado. Eles exigiam que o interventor de São Paulo fosse um “paulista e civil”.

É correto indicar como causas da Revolução Constitucionalista de 1932: a) A exigência de uma nova Constituição para o país, o fim do Governo Provisório e a oposição da oligarquia paulista à centralização política promovida por Vargas.

As elites paulistas buscavam reconquistar o comando político que haviam perdido com a Revolução de 1930, pediam a convocação de eleições e a promulgação de uma Constituição.

Uma República Nova
Getúlio Vargas tornou-se chefe do Governo Provisório com amplos poderes. A constituição de 1891 foi revogada e Getúlio passou a governar por decretos. Getúlio nomeou interventores para todos os Governos Estaduais, com exceção de Minas Gerais.

A Revolução Constitucionalista de 1932 foi uma revolta ocorrida no estado de São Paulo contra o governo de Getúlio Vargas. As elites paulistas buscavam reconquistar o comando político que haviam perdido com a Revolução de 1930, pediam a convocação de eleições e a promulgação de uma Constituição.

Principais características da Constituição de 1934:
- Existência do sistema político de três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário). - Teve caráter democrático (no sentido liberal). - Sistema eleitoral (eleições diretas) com voto secreto. Previu também o voto feminino e obrigatório para maiores de 18 anos.

As elites oligárquicas de São Paulo não se sentiam confortáveis em ter um "forasteiro" (Vargas era nascido no Rio Grande do Sul) tratando de assuntos que poderiam interferir diretamente na hegemonia econômica da qual os paulistas haviam se aproveitado até então.

Em 1o de outubro de 1932, quase quatro meses depois de iniciado o conflito, os paulistas renderam-se, pois não tinham mais soldados suficientes e nem mantimentos para manterem a batalha contra o Governo Provisório. As forças militares fiéis a Vargas derrotaram as tropas paulistas.

o fechamento do Congresso Nacional; a anulação da Constituição vigente (a primeira da república, promulgada em 1891); a extinção dos partidos políticos. Vargas governaria por meio de decreto-lei.

Em menos três meses, São Paulo foi massacrado pelo governo federal. A revolução foi encerrada no dia 1º de outubro de 1932 com a rendição dos paulistas e um saldo estimado de 634 mortes. Apesar da derrota militar, São Paulo obteve ganhos políticos.

Logo após o atentado, foi criada a sigla MMDC a partir dos nomes de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, para representar os mártires da causa Constitucionalista.

A MMDC tinha como objetivo oferecer a preparação militar para jovens que desejavam lutar pela democracia do país no estado de São Paulo, com o plano de derrubar o governo vigente. Após a criação da MMDC ocorreram outras diversas manifestações e atos para o desmonte do governo.

A sigla M.M.D.C. representa as iniciais de quatro jovens paulistas (Mário Martins de Almeida; Euclides Miragaia; Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Américo Camargo de Andrade) que foram mortos durante um protesto em São Paulo, em maio de 1932, contra o governo ditatorial de Getúlio Vargas.

O auxiliar de escritório Euclides Miragaia, o comerciário Antônio Américo Camargo Andrade e o fazendeiro Mário Martins de Almeida caíram em meio aos tiroteios. Atingido por uma bala, o ajudante de farmácia Dráusio Marcondes de Sousa, de 14 anos, morreu alguns dias depois.

O Golpe de 1937
Getúlio, em 10 de novembro de 1937, através de um golpe de estado, instituiu, então, o Estado Novo, em um pronunciamento em rede de rádio, no qual lançou um Manifesto à nação, no qual dizia que o Estado Novo tinha como objetivo "reajustar o organismo político às necessidades econômicas do país".

O agravamento da crise econômica, a eclosão de revoltas e levantes militares, o crescimento das camadas sociais urbanas, além do acirramento dos conflitos políticos devido à progressiva divisão das oligarquias dominantes formam o conjunto de fatores que provocaram a Revolução de 1930.

O movimento foi liderado por representantes dos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, que tinham como objetivo pôr fim à República Oligárquica no Brasil. Essas forças políticas destituíram Washington Luís de seu cargo como presidente e impediram a posse de Júlio Prestes, eleito em 1930.