Quais os motivos que levaram os plebeus a se voltar contra os patrícios durante a República Romana?

Perguntado por: abotelho . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Conscientes de sua importância militar e buscando superar a exclusão política e a exploração econômica, os plebeus resolveram se rebelar. Em 494 a.C., os plebeus retiraram-se para um dos sete de Roma, o monte Aventino, recusando-se a defender a cidade enquanto não fossem cedidos direitos políticos a eles.

Somente após muitos anos de lutas, as principais reivindicações dos plebeus, como o acesso às magistraturas, foram atendidas. Os intensos conflitos internos que ameaçavam a república romana não impediram que o Estado levasse adiante um projeto de expansão territorial por toda a península Itálica.

Lei Canuleia – Wikipédia, a enciclopédia livre.

Essa revolta foi denominada Revolta do Monte Sagrado ou Primeira Secessão da Plebe (em latim: Secessio plebis).

Os patrícios eram quem conduziam as decisões políticas e também constituíam parte do Senado. Eles ainda organizavam as pautas públicas de maneira que desfrutassem ao máximo de privilégios. Os plebeus, por outro lado, não tinham o direito de intervir nas decisões do Senado.

Os plebeus conquistaram o direito de eleger os tribunos da plebe nas assembleias, de forma que esta representação política dos plebeus durou cerca de quinhentos anos, aumentando os seus direitos ao longo desse tempo, quando chegaram a ocupar importantes cargos romanos no período republicano.

Resposta verificada por especialistas
A plebe (porção livre, mas empobrecida, da população romana) teve de lutar por direitos para que pudesse viver de maneira mais digna, reduzindo as desigualdades sociais existentes entre eles e os patrícios e garantindo o acesso a coisas que garantiriam os seus interesses sociais.

Entre as principais estão:

  • a criação do cargo de tribuno da plebe, que tinha poder de veto no Senado;
  • a Lei das Doze Tábuas (450 a.C.), que compilou o primeiro código de leis escritas de Roma;
  • a Lei Canuleia, que autorizou o casamento com patrícios;
  • a Lei Poetélia Papíria, proibindo a escravidão por dívidas.

O Conflito das Ordens foi uma disputa política entre plebeus ("comuns") e patrícios ("aristocratas") na antiga República Romana e que durou de 494 até 287 a.C., no qual os plebeus lutaram por igualdade política com os patrícios. O conflito teve um papel preponderante no desenvolvimento da Constituição republicana.

O fim da República Velha ocorreu quando o presidente Washington Luís foi deposto pelas tropas que deram início à Revolução de 1930. Essa revolução foi a responsável por colocar Getúlio Vargas na presidência do Brasil.

Nas palavras de Pedro Paulo Funari: “Os plebeus urbanos preocupavam-se, portanto, com os direitos políticos e sociais: queriam ocupar cargos, votar no Senado e até mesmo casar-se com patrícios, o que lhes era vedado.

Determinava a proibição do casamento entre patrícios e plebeus. Esta lei buscava garantir que os privilégios continuariam nas mãos dos patrícios e não seriam perdidos através das alianças matrimoniais. Esta proibição acabaria com a Lei Canuleia, em 445 a.C.

Em 445 a.C., pela Lei Canuléia permitiu- se o casamento entre plebeus e patrícios.

Diferentemente dos patrícios, que seriam os descendentes dos fundadores lendários de Roma, os plebeus eram os descendentes das populações imigrantes de outras regiões da Península Itálica. Assim sendo, não tinham direitos políticos, e eles não poderiam participar do governo ou mesmo se casar com patrícios.

invasões germânicas (feitas pela migração dos povos godos, hunos e germânicos); altos impostos (levando à insatisfação e revoltas civis); religião (com a adoção do cristianismo, que não admite o culto a vários deuses); escassez de novos escravizados (que acabou por estagnar a economia do império).

Na Roma Antiga os escravos eram conquistados em guerras ou através de dívidas. A mais fundamental diferença é justamente essa: os romanos não conquistavam escravos focando em um único povo. Eram negociações, processos de guerra ou dívidas internas.

As Guerras Púnicas foram conflitos travados entre Roma e Cartago, nos séculos III a.C. e II a.C. Foram motivadas pela disputa entre as duas cidades pelo controle do comércio no mar Mediterrâneo bem como da Sicília. Ao final delas, os romanos conseguiram destruir Cartago, impondo-se como potência no mar Mediterrâneo.

Reivindicações: Fim da escravidão por dívidas (não é o fim da escravidão, a escravidão por conquista continua) Limitação dos latifúndios (limitar as posses dos patrícios com o intuito de aumentar a quantidade de terra para os demais o que tenderia a reduzir a desigualdade social)