Quais os fatores importantes na ocupação holandesa?

Perguntado por: oreal . Última atualização: 31 de maio de 2023
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a participação da Holanda na economia do açúcar e o endividamento dos senhores de engenho com a Companhia das Índias Ocidentais. o interesse da Holanda na economia do ouro e a resistência e não aceitação do domínio estrangeiro pela população.

As invasões holandesas foram as expedições militares organizadas pelos holandeses para ocupar o Nordeste brasileiro na primeira metade do século XVII. A motivação dessa invasão está diretamente relacionada com a União Ibérica e as relações diplomáticas de três nações: Portugal, Espanha e Holanda.

Os holandeses conquistaram facilmente Olinda e Recife, e, ao longo dos anos, expandiram sua colônia para outras regiões do Nordeste. Essa expansão aconteceu entre 1630 e 1637, chegando a regiões como Paraíba e Sergipe. A partir de 1637, a administração colonial foi entregue a João Maurício de Nassau, um militar alemão.

Invasão do Nordeste
A WIC (sigla da companhia no holandês) tinha como objetivo tomar o controle dos locais produtores de açúcar de Portugal, bem como dos postos de comércios de escravos na África.

Com a invasão holandesa, a cidade de Recife foi transformada na capital de Pernambuco. Maurício de Nassau também incentivou a vinda de cientistas e artistas para o Brasil. Os cientistas promoveram uma série de estudos sobre a fauna e a flora locais, assim como estudaram doenças tropicais que atingiam a população.

No Brasil, a expulsão dos holandeses desencadeou uma crise econômica no Nordeste. Portugal não tinha condições financeiras para reerguer os engenhos de açúcar, nem espaço no mercado externo para comercializar o produto. O ciclo econômico do açúcar, que tanto lucro deu aos portugueses, terminava.

O expressivo papel desempenhado pelos holandeses na consolidação da empresa açucareira foi de grande importância para a expansão da classe mercantil daquele país.

Pode-se apontar que o interesse dos holandeses no Brasil era ter acesso à produção de cana-de-açúcar, visto que os portugueses após a União Ibérica foram comandados pelos interesses dos espanhóis e, consequentemente, deixaram de vender o açúcar para os holandeses.

A investida da Holanda, que começou em 1624, numa tentativa abortada de conquistar o litoral de Salvador, vingou em 1630. Recife e Olinda foram tomados com o objetivo de estabelecer um entreposto de comercialização de açúcar. A campanha atingiu as capitanias de Itamaracá, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Recife

As invasões holandesas no Brasil referem-se ao projeto de ocupação do Nordeste brasileiro pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (W.I.C.) durante o século XVII. Olinda, então a urbe mais rica do Brasil Colônia, foi saqueada e destruída pelos holandeses, que escolheram o Recife como a capital da Nova Holanda.

O grande objetivo dessa empresa era controlar a produção de açúcar no Brasil e os postos de comércio de escravos na África. Com isso no horizonte, a primeira invasão holandesa foi realizada em 1624.

A colonização holandesa se deu em 1624, na Bahia. Basicamente, essa investida dos holandeses foi organizada e financiada pela companhia das Índias ocidentais. Neste sentido, essa companhia recebeu o monopólio por 24 anos de navegação, comércio e transportes.

Em 1621, os holandeses fundaram a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais que recebeu dos Estados Gerais o monopólio do comércio holandês nas Américas. Com a ajuda dos imigrantes a Holanda começou a competir com a Espanha, Portugal, Inglaterra e a França em estabelecer colônias no continente americano.

O interesse holandês na região estava em obter o domínio de todo o processo de produção açucareira. Além do refino e da venda do produto no mercado europeu, a Holanda esperava controlar a plantação e o cultivo da cana. O domínio de todo o processo de produção do açúcar seria vantajoso economicamente para os holandeses.

Em conseqüência das invasões ao nordeste do Brasil, o capital neerlandês passou a dominar todas as etapas da produção de açúcar, do plantio da cana-de-açúcar ao refino e distribuição. Com o controle do mercado fornecedor de escravos africanos, passou a investir na região das Antilhas.

Entre 1630 e 1654 os holandeses invadiram e se estabeleceram no nordeste do Brasil, empreendendo uma luta árdua contra os portugueses, os espanhois e os nativos, destacando-se entre os últimos, o pernambucano Matias de Albuquerque com suas técnicas de guerrilha.

Os britânicos, que ocupavam as “colônias” da Holanda por ocasião das guerras da Revolução e do Império – 1796-1802 e 1804-1816 -, restituem o Suriname à Holanda em 1816, em seguida à Convenção de Londres de 13 de agosto de 1814 e do segundo Tratado de Paris de 20 de novembro de 1815.

Depois de décadas de ocupação do Nordeste brasileiro, os holandeses foram derrotados e expulsos do Brasil. O resultado do conflito foi desastroso para os fazendeiros, pois as plantações de cana-de-açúcar foram destruídas em decorrência da guerra.

Por mais de 250 anos, a Holanda teve vastas colônias nas regiões que hoje são conhecidas como Indonésia, África do Sul, Curaçao, Nova Guiné — para citar algumas —, onde homens, mulheres e crianças escravizadas eram tratados de forma desumana.

Invasão do Nordeste
A WIC (sigla da companhia no holandês) tinha como objetivo tomar o controle dos locais produtores de açúcar de Portugal, bem como dos postos de comércios de escravos na África.