Quais eram as causas pelas quais os estudantes protestaram em 1968?

Perguntado por: ibrites . Última atualização: 30 de abril de 2023
4 / 5 17 votos

Esses protestos foram iniciados por insatisfação dos estudantes com o sistema educacional francês e logo ganharam uma proporção que chegou a abalar a estabilidade da Quinta República Francesa. Maio de 1968 tornou-se um ícone do fervor revolucionário em todo o mundo.

Os protestos de maio de 1968 foram iniciados por movimentos estudantis insatisfeitos com o sistema educacional francês e espalharam-se pelo país, mobilizando milhões de pessoas.

Os estudantes organizados tiveram um papel político de luta fundamental contra a ditadura militar. Foram às ruas protestar, participar de passeatas, integraram movimentos de luta armada, distribuíram panfletos, lutaram, enfim, contra o sistema repressivo vigente naquele momento.

As manifestações estudantis que exigiam a renúncia do presidente francês Charles De Gaulle e a grande mobilização dos trabalhadores ameaçaram a estabilidade do governo francês. De Gaulle balançou, mas não caiu. Quando ele promoveu um aumento salarial de 35%, os trabalhadores francês retornaram ao trabalho.

No dia 2 de maio de 1968, estudantes franceses da Universidade de Nanterre fizeram um protesto contra a divisão dos dormitórios entre homens e mulheres. Na verdade, esse simples motivo vinha arraigado de uma nova geração que reivindicava o fim de posturas conservadoras.

O ano de 1968 é conhecido como "O ano que não terminou", e entrou para a história como um ano extremamente movimentado e cheio de acontecimentos importantes, como o assassinato de Martin Luther King e de Robert Kennedy, a Guerra do Vietnã, além de inúmeras manifestações, sobretudo estudantis, contra a Guerra do Vietnã, ...

Os estudantes protestavam por causas específicas como a ampliação de vagas nas universidades públicas, por melhores condições de ensino, contra a privatização e também em defesa das liberdades democráticas e por justiça social.

Muitos militantes foram presos, torturados, feridos e mortos em confrontos com os militares. Vários dos líderes estudantis acabaram se enveredando pela luta armada, na tentativa de depor o governo. Outros foram obrigados a se exilar.

O ano de 1968 ficou marcado pelos jovens que se preparavam para ocupar novos espaços no meio de grandes emoções: o sonho hippie da liberdade; a liberação feminina e a repressão político-social.

O Movimento Estudantil (ME) se constitui como uma mobilização social que possui como centro de discussão o ambiente educacional universitário e secundarista. Tem o objetivo de promover o debate e articular os estudantes em pautas sociais, econômicas, políticas e ambientais.

O dia 2 de outubro de 1968 foi traumático para os estudantes universitários na Cidade do México. Militares fizeram uso de armas para desmantelar um protesto estudantil na praça de Tlatelolco, na capital mexicana, culminando com centenas de pessoas mortas, feridas, desaparecidas e detidas.

A intenção era reformar o ensino brasileiro de acordo com padrões impostos pelos EUA. A influência norte-americana refletiu-se, por exemplo, na criação dos departamentos, na extinção das cátedras e na própria institucionalização da pesquisa.

O ensino superior brasileiro sofreu diversas reformas em sua estrutura, entre elas podemos destacar a Reforma Universitária de 1968. Entre as principais características do ensino superior está o processo de privatização das instituições e o desenvolvimento de instituições de pequeno porte.

Fontes do movimento
Os eventos de Maio de 1968 em Paris partiram de demandas estudantis, exigindo reformas no sistema educacional francês. A expansão do movimento se deu de forma veloz e alcançou uma greve geral de trabalhadores que balançaria o país e o governo de Gaulle, general que completava dez anos no poder.