Quais doenças podem ser confundidas com esclerose múltipla?

Perguntado por: aaparicio . Última atualização: 4 de maio de 2023
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Um dos principais motivos de a esclerose múltipla e a miastenia gravis serem facilmente confundidas, é o fato de ambas as doenças possuírem sinais e sintomas gerais semelhantes.

O médico suspeita da existência de uma esclerose múltipla nas pessoas jovens que apresentam, de uma forma repentina, visão desfocada, visão dupla ou problemas de mobilidade, bem como sensações anômalas em zonas dispersas do corpo. Os sintomas oscilantes e um padrão de recaídas e remissões confirmam o diagnóstico.

Doenças que podem ser confundidas com ELA
Algumas condições se apresentam de maneira muito similar, sendo que algumas delas, como a Esclerose Lateral Primária (ELP) e a Atrofia Muscular Progressiva podem ser consideradas formas distintas da ELA.

Substância branca, regiões justacorticais e infratentoriais são as áreas do cérebro comumente afetadas por lesões provocadas pela esclerose múltipla. Também chamadas de lesões desmielinizantes, elas podem ser observadas como pontos hiperintensos (brancos) em imagens da RM do tipo T2 ou FLAIR, como afirma esta tese.

Alguns locais no sistema nervoso podem ser alvo preferencial da desmielinização característica da doença, o que explica os sintomas mais frequentes: o cérebro, o tronco cerebral, os nervos ópticos e a medula espinhal.

A dormência pode causar dificuldade nas atividades diárias. Por exemplo, alguém com dedos dormentes pode ter problemas para pegar objetos ou escrever. Ou um indivíduo com a perna dormente pode ter dificuldade para andar. É comum que aconteça dormência junto com uma sensação de formigamento.

Você pode começar a sentir como se estivesse bêbado quando anda, ou pode ter problemas para coordenar movimentos dos braços. Fraqueza muscular ou espasmo, dormência e perda de equilíbrio durante uma recaída pode torná-lo desconexo e instável para andar.

Entre elas:

  • Síndrome do Túnel do Carpo.
  • Compressão nervosa por problemas de coluna (hérnias de disco cervical ou lombar)
  • Polineuropatia periférica.
  • Miopatias.
  • Doenças do Neurônio Motor (como Esclerose Lateral Amiotrófica)
  • Doenças da Junção Neuromuscular (como Miastenia gravis)
  • Tremores e Distonias.
  • Outras condições.

Tonturas ou vertigem: Muitos pacientes com EM podem sentir perda de equilíbrio e a sensação de tontura não rotatória de difícil caracterização, descrita como “cabeça vazia” ou “cabeça leve”.

Um tremor de intenção causará um movimento indesejado no membro afetado quando uma pessoa precisar usar o membro, por exemplo, tremores nas mãos quando pegar uma xícara. Um tremor postural causará movimentos indesejados quando uma pessoa estiver mantendo uma determinada postura, como ao sentar-se.

A dor pode ser um sintoma comum na esclerose múltipla e pode ocorrer em qualquer momento no curso da doença.

Dificuldades para engolir e respirar também costumam ser o primeiro sinal de alerta da esclerose lateral amiotrófica. Ela também pode ser caracterizada como uma atrofia muscular, ou seja, como um músculo do corpo que não consegue mais ser movimentado.

O principal sintoma é a fraqueza muscular, acompanhada de endurecimento dos músculos (esclerose), inicialmente num dos lados do corpo (lateral) e atrofia muscular (amiotrófica), mas existem outros: cãimbras, tremor muscular, reflexos vivos, espasmos e perda da sensibilidade.

Indivíduos ansiosos com frequência superestimam o perigo nas situações que mais os incomodam. Os pacientes com esclerose múltipla apresentam mais frequentemente queixas cognitivas como, por exemplo, problemas de aprendizado, memória e concentração quando possuem também ansiedade.

Os médicos se baseiam em testes clínicos e de imagem para detectar a doença. São realizados exames de ressonância e de coleta de líquor (LCR — líquido cefalorraquidiano), que é extraído, por meio de uma punção, da coluna lombar e ajuda a confirmar a doença.

Com isso, é possível enxergar em cores diferentes a estrutura do nosso corpo: ossos aparecem em branco, líquidos e gases ficam pretos e tecidos aparecem em cinza – mais escuro ou mais claro, a depender de sua densidade.

Principais tipos: entre as mais conhecidas estão a esclerose múltipla (EM), a esclerose lateral amiotrófica (ELA), a esclerose sistêmica e a esclerose tuberosa. A esclerose múltipla é uma doença autoimune, crônica e progressiva.

Mas por que isso acontece? A maioria dos sintomas da EM acontecem por causa da má condução de impulsos nervosos e, quando a temperatura do corpo de um paciente aumenta, essa transmissão nervosa que passa pelas fibras desmielinizadas tende a ficar mais lenta, interferindo nos mecanismos fisiológicos normais.

Esclerose múltipla (EM) é a doença neurológica que mais afeta jovens adultos no mundo (a idade média ao diagnóstico é de 30 anos), sendo na sua maioria, mulheres.

Não há cura para a doença e o tratamento consiste em atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da enfermidade que geralmente acomete jovens adultos, principalmente mulheres entre 20 e 40 anos, de acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla.