Quais conhecimentos possuíam os indígenas Marajoara?

Perguntado por: mvarela . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Antecedentes. Trabalhos sofisticados em cerâmica, grandes pinturas elaboradas e desenhos com representações de plantas e animais são a descoberta mais impressionante na área e forneceram a primeira evidência de uma sociedade complexa no Marajó.

Essa complexa civilização viveu em um ambiente extremamente inóspito: muito quente e úmido, sujeito a enchentes e com solo pobre. E essa é uma das razões que levavam os marajoaras a construir enormes morros, chamados tesos, para abrigar suas casas. Estima-se que eles dominaram a ilha até o ano 1400.

A Cerâmica Marajoara é fruto do trabalho dos índios da Ilha de Marajó. A fase mais estudada e conhecida se refere ao período de 400/1400 dC.

Os Marajoaras faziam vasilhas, chocalhos, machados, potes, urnas funerárias, estatuetas, apitos, bonecas para crianças, cachimbos, porta-veneno para as flechas, além de curiosas tangas de cerâmica (um tapa-sexo usado para cobrir as genitália das mulheres), talvez as únicas, não só na América mas em todo o mundo.

A Cerâmica Marajoara é uma dentre as artes em cerâmica mais antigas e elaboradas do Brasil, sendo reconhecida por sua sofisticação. Ela começou a ser produzida pelos índios da Ilha do Marajó (próximo a Belém, no estado do Pará).

O sistema de crenças do povo de Marajó não é totalmente compreendido, mas é quase certo que envolveu figuras femininas importantes. A iconografia e a arte marajoaras retratam mulheres com poderes xamânicos e papéis de acordo com sociedades que possuem um ancestral mítico.

A típica luta marajoara é um combate corpo a corpo, que tem o objetivo de projetar o oponente de costas ao chão e domina-lo, esporte semelhante ao Wrestling, praticado no norte do Brasil.

Natural ou habitante de Marajó.

Os marajoaras sumiram misteriosamente por volta de 1300, por causa de brigas internas ou do ataque de outros povos. Quando os portugueses chegaram, Marajó era habitada por índios aruaques. Seus antecessores, até onde se sabe, não deixaram descendentes.

Se levarmos em consideração que a chegada dos búfalos no Brasil deu-se através da ilha do Marajó, na ultima década do século XVIII, numa ação do pecuarista Vicente Chermont de Miranda, então poderemos dizer que esta luta pode ter seu surgimento referendado também por este episódio, em datas próximas.

Uma das características mais marcantes da cerâmica Marajoara é a expressão geométrica (os grafismo) e sua convivência harmônica, em um mesmo objeto, com elementos naturalistas. As peças são extremamente belas e delicadas, e ressaltam toda a beleza e a particularidade do que é feito à mão.

Dentre a produção, há uma grande diversidade de objetos como vasilhas, brinquedos, urnas funerárias, apitos, chocalhos, estatuetas e até mesmo tangas – ou tapa-sexo. São uma das maiores riquezas da cultura do Norte brasileiro, mundialmente reconhecida.

Suas casas eram construídas sob aterros artificiais, e dedicavam-se a confeccionar cerâmicas usando técnicas decorativas coloridas e extremamente complexas, que resultaram em peças requintadas de rara beleza. Tal produção revela detalhes sobre a vida e os costumes dos antigos povos da Amazônia.

A Luta Marajoara foi praticada originalmente na Ilha do Marajó, região Norte do Brasil. Disputada entre dois atletas, por vez, não permitindo nenhum tipo de ato contundente com os membros (socos, chutes, etc.), nem estrangulamentos, como chaves braços.

A luta marajoara foi reconhecida como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Pará. Além disso, ela passou a ter maior reconhecimento mundial através do atleta profissional Deiveson Figueiredo, que usa a luta marajoara como uma das suas bases do MMA.