Quais autores defendem o brincar na educação infantil?

Perguntado por: amendes . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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Autores como Vygotsky (1984), Huizinga (1990) e Negrine (1994) (cit. Dallabona & Mendes, 2004) defendem a ideia de que o brincar é uma atividade que contribui positivamente para o desenvolvimento da criança. Este pode ser linguístico, social, cognitivo, motor, físico, sensorial e afetivo.

Diversos autores renomados como Piaget e Vygotsky, Froebel e Dewey, trouxeram o brincar como algo inseparável à natureza humana principalmente da criança quando está no processo de desenvolvimento e que também colabora para o aprendizado, de modo que a definição deixou de ser o simples jogo.

Nos relatos sobre a brincadeira infantil Vygotsky (1991) afirma que esta é uma situação imaginária criada pela criança e onde ela pode, no mundo da fantasia, satisfazer desejos até então impossíveis para a sua realidade. Portanto, o brincar “é imaginação em ação” (FRIEDMANN, 1996).

Através do lúdico é possível estabelecer regras aos alunos da educação infantil, pois o mesmo desenvolve a parte cognitiva, motora, social e afetiva proporcionando também a socialização e interação das crianças que aprendem brincando. Segundo Freire (1991 p.

Na concepção de Wallon (2007) toda atividade da criança é lúdica, no sentido que se exerce por si mesma antes de poder integrar-se em um projeto de ação mais extensivo que a subordine e a transforme em um meio específico.

Brincar é o trabalho da criança. A frase é de Maria Montessori e continua tão verdadeira hoje quanto era quando ela escreveu. O objetivo da criança é a construção de si mesma. A brincadeira livre, em que as crianças escolhem o que fazer, quando fazer e onde, é um dos principais aspectos de suas vidas.

Para Bruner (1986), a brincadeira da criança aparece como um processo relacionado a comportamentos naturais e sociais. Desta maneira, o autor identifica a estrutura do jogo j linguagem, interação que serve de microcosmo para a comunicação e o estabelecimento de uma realidade compartilhada entre indivíduos.

Obras como as de Piaget, Bruner, Vygotsky, Wallon e Elkonin apresentam discussões sobre os diversos elementos no jogo e na brincadeira que influenciam o desenvolvimento humano de maneira ampla e, em especial, o infantil.

Nesse sentido, a BNCC afirma que o brincar se torna fundamental, tanto para o aprendizado, como para o desenvolvimento da criança. Na brincadeira, a criança aprende de forma prazerosa, através da socialização com as crianças e adultos e na participação de diversas experiências lúdicas.

Com relação ao jogo, Piaget (1998) acredita que ele é essencial na vida da criança, pois prevalece a assimilação. No jogo, a criança se apropria daquilo que percebe da realidade. O jogo não é determinante nas modificações das estruturas, mas pode transformar a realidade.

Segundo Kishimoto (2000) o principal objetivo, dar á criança um substituto dos objetivos reais, para que possa manipulá-los. A criança expressa no brinquedo o mundo real, com seus valores, modos de pensar e agir e o imaginário do criador do objeto.

Ao longo de sua extensa obra sobre jogos e brincadeiras, Piaget define o jogo como algo natural, ao próprio da criança, do seu dia a dia, mas que não são apenas um meio de diversão e entretenimento, mas sim um tempo de um aprendizado e desenvolvimento intelectual.

Pensadores como Piaget, Wallon, Dewey, Leif, Vygotsky, defendem que o uso do lúdico é essencial para a prática educacional, no sentido da busca do desenvolvimento cognitivo, intelectual e social dos alunos.

Emília afirma que a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela. Neste processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código linguístico e dominá-lo.

O LÚDICO NAS PERSPECTIVAS DE PIAGET E VYGOTSKY
O lúdico aparece em várias pesquisas; diferentes trabalhos têm problematizado a questão na escola, e diversos autores tratam do tema. Dois autores que abordaram o tema são: Lev S. Vygotsky e Jean Piaget.

A teoria da aprendizagem de Vygotsky defende que o aprendizado se dá pela interação social, que o desenvolvimento do indivíduo é resultado da relação com o outro e com o mundo que o cerca.

Vygotsky foi um clássico do pensamento pedagógico, um marco para a educação, deixando vários legados, sendo eles: interação social, a linguagem como ferramenta cultural, a importância dos recursos culturais presentes no ambiente e a interação docente-educando.

Em cada estágio de desenvolvimento (Wallon propõe os seguintes estágios: impulsivo-emocional — 0 a 1 ano; sensório-motor e projetivo — 1 a 3 anos; personalismo — 3 a 6 anos; categorial — 6 a 11 anos; puberdade e adolescência — 11 anos em diante), um dos conjuntos predomina; isto é, fica mais em evidência, embora os ...

Segundo Vygotsky, “O jogo da criança não é uma recordação simples do vivido, mas sim a transformação criadora das impressões para a formação de uma nova realidade que responda às exigências e inclinações dela mesma”.

Uma das ideias de Maria Montessori é que o importante não é ensinar, mas dar condições para que a aprendizagem aconteça de forma lúdica. A brincadeira é uma aprendizagem social, as brincadeiras do adulto com as crianças são essenciais e isto faz com que a criança pense e experimente muitos aspectos.

Os seis pilares educacionais do Método Montessori
São eles: autoeducação, educação como ciência, educação cósmica, ambiente preparado, criança equilibrada e adulto preparado.