Quais as reflexões que podemos fazer sobre o filme Matrix?

Perguntado por: aqueiroz . Última atualização: 4 de maio de 2023
4.6 / 5 18 votos

Matrix trouxe uma variedade de reflexões sobre a realidade, simulação e simulacro, a natureza do livre arbítrio, os perigos que as novas corridas tecnológica e armamentista poderiam representar, além de poder ser interpretado como uma contemplação da jornada pessoal das irmãs Wachowski, ambas mulheres trans que, à ...

E talvez seja essa a principal mensagem do filme Matrix: deixar para trás os conceitos que o mundo tenta fazer com que assimilemos com verdade desde que nascemos é uma tarefa que cada um deve fazer por si mesmo.

Reflexões sociológicas
A satisfação parcial de necessidades geradas pelo sistema organizacional para que os empregados sejam controlados mais facilmente, apresentada no filme, nos leva à reflexão sobre como se constroem as realidades e o quanto nosso cotidiano está normatizado.

A saga “Matrix” representou uma pequena revolução para a ficção científica no cinema. Aos 57 anos, Reeves retoma o papel que marcou um antes e um depois em sua carreira. Além de ter se tornado uma referência estética, o filme foi um enorme sucesso de bilheteria.

Matrix é uma palavra de origem latina que deriva de mater, cujo significado é mãe, matriz. Também pode significar útero que na linguagem popular no Brasil também é chamado de “mãe do corpo”. “Matriz” é muito usado pelos pecuaristas, onde matriz é “Rês ou rebanho de gado puro, que serve para a formação de reprodutores”.

Mas, sem dúvida, o efeito mais famoso de Matrix é aquele chamado de bullet time, que causa a impressão de que o tempo foi congelado enquanto o espectador acompanha uma cena em 360 graus.

Para conseguir deixar para trás a matrix, você precisa de uma grande dose de coragem, que permitirá uma percepção maior sobre quem você é. Deixar de lado as crenças paralisantes que você tem sobre si mesmo e criar uma nova percepção sobre sua vida.

A discussão ressoou tão forte no imaginário popular que, em 2003, o filósofo sueco Nick Bostrom chegou a desenvolver um artigo chamado “O Argumento da Simulação”, no qual sugere que poderíamos estar vivendo em um universo simulado – como se estivéssemos dentro de um videogame… ou da Matrix.

A pílula azul permitirá que você esqueça o que aconteceu e permaneça na realidade virtual da Matriz, enquanto a vermelha o libertará dela e o conduzirá ao mundo real. Matrix é o filme mais filosófico já feito: cada passo de seu enredo acelerado pode ser conectado a algum problema filosófico.

O longa ainda explica que aparições como anjos, lobisomens, vampiros, alienígenas e outras não passam de falhas na Matrix, ou seja, erros que o sistema acaba gerando enquanto tenta mudar algum elemento em seu código.

A Matrix é uma metáfora usada para descrever a realidade que nos cerca, uma realidade que muitas vezes é construída e controlada por forças externas. Sair da Matrix significa despertar para uma nova forma de percepção da vida, um processo que pode ser difícil, mas também libertador.

Deus dos sonhos
O nome Morpheus por sua vez é uma referência ao Deus do sonho na mitologia grega, que tem a habilidade de assumir qualquer forma humana e aparecer nos sonhos das pessoas. Morpheus no filme é quem faz Neo despertar de Matrix, contando toda verdade sobre o mundo real.

Ao ser encontrado por Morpheus, Thomas descobre que é, assim como outras pessoas, vítima do Matrix, um sistema inteligente e artificial que manipula a mente das pessoas, criando a ilusão de um mundo real enquanto usa os cérebros e corpos dos indivíduos para produzir energia.

O uso de filmes como recurso didático na disciplina de História deve proporcionar a aprendizagem, fazendo a interação entre o mundo e a escola, o real e o imaginário, procurando despertar o interesse pela análise, reflexão e crítica, estabelecendo relações com os conteúdos, contextualizando-os com os processos ...

O filme Matrix (1999) foi um marco na construção de efeitos visuais que geraram forte impacto no modo como o cinema é produzido e mostrado nas telas. O nosso foco não é mostrar o processo de construção da engenharia dos efeitos, pois isto é função dos teóricos da técnica cinematográfica.

Quando lançado em 1999, “Matrix” revolucionou o cinema não apenas com seus efeitos visuais, mas também por conta de um enredo que, olhando em retrospectiva, já dava a linha do que se tornaria a esfera digital, ou seja, assim como no filme, os avatares passam a ser mais importantes do que as pessoas por detrás.