Quais as principais diferenças entre o sistema de saúde americano e o brasileiro?

Perguntado por: edinis2 . Última atualização: 25 de abril de 2023
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O sistema de saúde brasileiro, conhecido como SUS, é um sistema de saúde pública universal, gratuito e financiado pelo governo. Em contraste, o sistema de saúde americano é majoritariamente baseado em planos de saúde privados, com alguns programas governamentais para certos grupos de pessoas.

Os Estados Unidos não possuem um sistema público universal, que possa atender toda a população de forma igualitária gratuitamente. Cada estado tem seu próprio sistema, com regras específicas, sendo a maioria deles com pouca regulação e operado principalmente pela iniciativa privada.

Comparado ao Reino Unido, que dispõe de um sistema de saúde público também universal, o Brasil investe bem menos em saúde. Os Estados Unidos que não possuem sistema público universal, apresentam as maiores despesas com saúde dos três países analisados.

E, afinal, qual o melhor sistema de saúde do mundo? Em estudos publicados nos últimos anos, com apoio de dados produzidos pela OCDE, países como Grã-Bretanha, França, Noruega, Holanda e Austrália aparecem como alguns dos melhores do mundo, mas tudo depende de qual critério é considerado mais importante[6].

O modelo de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) é descentralizado. Ou seja, Governo Federal (União), Estados e Municípios dividem a responsabilidade de forma integrada, garantindo o atendimento de saúde gratuito a qualquer cidadão através da parceria entre os três poderes.

Por isso, ficou estabelecido que o único sistema de saúde disponível nos Estados Unidos é particular. Porém, quem está abaixo da linha da pobreza e idosos são assegurados por dois programas gratuitos: Medicare e Medicaid. Eles garantem atendimentos simples e de emergência. Vamos explicar melhor sobre eles a seguir!

Como dissemos, as pessoas que estão abaixo da linha da pobreza são beneficiárias do serviço gratuito de saúde nos Estados Unidos, além de idosos e pessoas com doenças terminais. Os programas disponíveis para estes públicos são o Medicare e o Medicaid.

Mas há maternidades onde os valores cobrados vão de US$ 3.800 a US$ 6.500, incluindo o parto em si e exames de pré-natal.

Essa socialização de 90% dos gastos em saúde nos EUA -- toda ela induzida pelo intervencionismo estatal -- é a principal responsável pela hipertrofia dos preços. Os EUA não são de maneira alguma um exemplo de livre mercado no sistema de saúde.

Um morador que não tenha plano de saúde ou um turista sem um bom seguro de viagem podem ter que desembolsar um valor alto para se locomover em uma ambulância. Isso porque, ao contrário do Brasil, onde esse serviço é de graça, nos Estados Unidos, existe uma taxa de até 1.500 dólares para o atendimento da ambulância.

Os preços podem variar de cerca de US$ 100 a US$ 400 por consulta, com algumas especialidades, como cardiologia ou oncologia, podendo ser ainda mais caras. Além disso, pacientes sem seguro de saúde ou com um seguro com cobertura limitada podem ter que pagar ainda mais.

No Brasil, o modelo de assistência à saúde é composto por três sistemas: o sistema público, que é o Sistema Único de Saúde (SUS); o sistema de saúde suplementar, de atenção médica supletiva, que são os planos e seguros privados; e o sistema de desembolso direto, em que se paga diretamente ao prestador de serviço.

Os brasileiros que contribuem para a Previdência Social, além de seus dependentes, têm direito a atendimento médico gratuito na Itália, em Portugal, no Chile, na Grécia e em Cabo Verde.

Atualmente, os principais problemas de saúde pública no Brasil são a hipertensão, diabetes e obesidade. Essas doenças atingem grande parte da população e necessitam de uma estrutura adequada dentro do SUS para garantir um atendimento de qualidade para todos.

Brasil

Nesse cenário, o Brasil se destaca por ser o único com mais de 190 milhões de habitantes a oferecer serviços de saúde gratuitos a toda a população, consolidando o maior sistema público de saúde do mundo.

Na verdade, não há um sistema de saúde público universal nos Estados Unidos. Em vez disso, existe uma combinação de planos de saúde privados e programas governamentais, como Medicare e Medicaid, que fornecem cobertura para certos grupos de pessoas, como idosos e pessoas com baixa renda.

Neste domingo (19), o SUS completa 31 anos de existência e se consolida como o maior sistema público de saúde do mundo, além de ser o maior patrimônio da população brasileira e o principal aliado da sociedade no enfrentamento à Covid-19 e outras emergências em saúde pública.

Hesio Cordeiro liderou o grupo de médicos que fundou o Instituto de Medicina Social (IMS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 1971. Este foi o primeiro programa de pesquisa sobre saúde pública no Brasil e nele foram formuladas as bases para a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).

São poucos os países que possuem um sistema de saúde público universal. Reino Unido, Canadá, Austrália, França e Suécia integram, junto com o Brasil, este pequeno grupo. No entanto, o orçamento brasileiro dedicado ao setor é um dos piores da lista.

Os níveis de atenção e assistência à saúde no Brasil são estabelecidos pela Portaria 4.279 de 30 de dezembro de 2010, que estabelece as diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo eles: atenção primária, atenção secundária e terciária.

EUA apresenta custo médio de quase 2 mil dólares por atendimento. EUA apresenta custo médio de quase 2 mil dólares por atendimento, enquanto a Europa cobra em média 780 euros. Exames complexos podem chegar a 10 mil dólares, e cirurgias de emergência alcançam a casa dos 100 mil dólares.