Quais as doenças que levaram os índios a morte?

Perguntado por: ocarvalho . Última atualização: 8 de maio de 2023
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Doenças como varíola, sarampo, febre amarela ou mesmo a gripe estão entre as razões para o declínio das populações indígenas no território nacional, passando de 3 milhões de índios em 1500, segundo estimativa da Funai (Fundação Nacional do Índio), para cerca de 750 mil hoje, de acordo com dados do governo.

Toda morte coloca os vivos, nela envolvida, num estado de liminaridade. Por isso não é de se espantar que os rituais funerários ou pós-funerários sejam, entre os povos indígenas, muitas vezes aproveitados para a realização da iniciação de jovens.

Após a conclusão da Expedição Roncador-Xingu, os irmãos continuaram trabalhando na defesa dos direitos dos povos indígenas. Eles foram responsáveis pela criação do Parque Nacional do Xingu, em 1961, que foi uma importante iniciativa para preservar a cultura e as tradições dos povos indígenas que lá viviam.

À época da chegada dos europeus, os povos indígenas da costa do Brasil eram experimentados em certas doenças e práticas curativas. Os conquistadores introduziram novas doenças, que acabaram se tornando uma das armas letais que mais impactou a forma de viver e de morrer dos povos indígenas.

De maneira geral, entre os índios, nas mais diversas aldeias, o tratamento e a cura de doenças eram feita pelos pajés, através de práticas mágicas com a ajuda de seus karuanãs (entes invisíveis).

Durante o contexto histórico brasileiro (desde 1500 até a atualidade), os povos indígenas sofreram um processo de conquista, dizimação física (genocídio) e violência cultural (etnocídio) iniciado pelos portugueses e perpetuado, posteriormente, pela população brasileira.

O garimpo ilegal contamina os rios e peixes com o mercúrio, abre clareiras na floresta, que arrastam árvores, espantam animais de caça e mudam os cursos hídricos. Assim, as principais fontes de sobrevivência dos indígenas somem aos poucos.

Os indígenas sul-americanos, segundo a antropóloga Branislava Susnik (1983, p. 54), não manifestavam medo da morte, mas um profundo medo dos mortos, das almas dos mortos que colocavam em perigo as almas dos parentes vivos.

Acreditavam também na vida após a morte, quando o espírito do morto iniciava uma viagem para o Guajupiá, um paraíso onde se encontraria com seus ancestrais e viveria eternamente.

Muitos povos indígenas acreditam que profecias estão conectadas às nossas memórias antigas através do nosso DNA que foi passado para nós de nossos ancestrais.

A Constituição, nossa lei maior, assegura a grupos indígenas o direito à prática do infanticídio, o assassinato de bebês que nascem com algum problema grave de saúde. Para os índios, isso é um gesto de amor, uma forma de proteger o recém-nascido, mas tem gente que discorda.

05 – Por que os indígenas tinham o costume de matar o segundo filho? Para poder fugir com mais tranquilidade. 06 – Apesar dos espanhóis negarem, havia escravidão indígena no lado português e espanhol? Os dois países formavam um Reino Unido e espanhóis escravizavam indígenas, comprando de portugueses.

Na busca pela luta e conquista de direitos, os povos indígenas reivindicam a representatividade como um meio de exercerem seu papel enquanto cidadãos brasileiros. Hoje, há grupos que defendem e buscam inserir indivíduos em diversas esferas sociais e políticas, a fim de ampliarem a defesa de seus direitos.

Nesta sexta-feira (5), dia que marca 150 anos de seu nascimento, a Agência Brasil relembra como esse audacioso sanitarista assumiu o principal órgão de saúde pública do país, em 1903, com a promessa de derrotar três epidemias simultâneas que assolavam a capital federal: a peste bubônica, varíola e febre amarela.

Eles passavam jenipapo na gengiva da criança para que nascessem fortes. Na fase adulta, depois de mastigar a carne, eles lavavam a boca com água e mastigavam wotcha, uma planta da mata. Também usavam fio de tucum para limpar os dentes e escovavam com um talo de capim, igual a um pincel, conta a cirurgiã-dentista.

De fato, segundo as pesquisas da University College London (UCL), a colonização exterminou quase 90% da população em um século, ou seja, cerca de 56 milhões de indígenas.