Quais as diferenças entre Heráclito e Parmênides?

Perguntado por: acastro . Última atualização: 17 de maio de 2023
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Heráclito entende a partir da mudança, do não-ser, da experiência sensível e transformação, enquanto que Parmênides defende a permanência, o ser, o teórico e a identidade, perspectivas distintas que ainda persistem em nosso tempo.

A crítica que Parmênides dirige a Heráclito é que o seu modelo filosófico é incapaz de conceber nas coisas o que elas tem de essencial, focando-se na superficialidade e na transitoriedade.

Heráclito defende que não há unidade natural no mundo, mas duelos e dualidade constante. “O mundo é um eterno devir”, afirma o filósofo, querendo dizer que há uma constante mudança, imprevisível, que caracteriza a natureza.

A teoria parmenidiana estava centrada no que ele chamou de “ser”. O ser das coisas era o princípio fundamental, baseado em uma espécie de ideia infinita e universal. Dessa maneira, tudo o que existia possuía o “ser” dentro de si. O que existe, ou seja, que possui o ser, pode ser enunciado e pensado.

O conflito se encontra nas concepções de cada um acerca das coisas, enquanto Heráclito acredita nas constantes mudanças existe no mundo, Parmênides dizia que o ser era imóvel e completo, ele não acreditava nas mutações.

Resposta. DiscordamHeráclito de Éfeso considerava a natureza um fluxo perpétuo, o escoamento contínuo dos seres em mudança perpétua. Dizia ele: “Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque a água nunca é a mesma e nós nunca somos os mesmos”. Parmênides de Eleia colocava-se na posição contrária à de Heráclito ...

Assim, Parmênides conclui que o mundo que percebemos pelos sentidos é aparência e ilusão (não-ser), sendo o Ser, uno e eterno, a essência da existência. Dessa forma, “o Ser é, o não-ser não é”. Essa maneira de entender o Ser será, futuramente, uma das bases do pensamento de Platão.

Heráclito acreditava na mudança do ser, para ele tudo era móvel, tudo estava em constante mudança, nada permanecia igual. Já Parmênides acreditava na imobilidade do ser, ou seja, se uma coisa é assim hoje, ela permaneceria assim, não mudaria.

Heráclito (540-470 a.C.) foi um filósofo pré-socrático da Ásia Menor. Escreveu com extrema complexidade a respeito da ciência, da teologia e das relações humanas. Foi considerado o precursor da dialética e um dos fundadores da metafísica.

Da mesma forma, para Parmênides, a verdade não precisa estar em conformidade com os fenômenos, mas, ao contrário, a verdade muitas vezes é paradoxal, ou seja, contrária ao que a opinião ou os sentidos indicam.

Resposta: Platão defendia que as coisas da realidade visível se transformavam, elas nascem, crescem, envelhecem e morre. Elas estão em constante mudança como afirmava Heráclito. E as formas de realidade inteligível, se mantém sempre da mesma maneira, elas são eternas e imutáveis, como defendia Parmênides.

Heráclito entendia que tudo flui, nada persiste nem permanece o mesmo, por isso o ser não é mais do que o vir-a-ser, o devir. A vida é um fluxo constante, impulsionada por forças contrárias, sendo a contradição o princípio de todas as coisas, é por meio dela que o mundo se transforma.

Duas concepções dominaram o pensamento filosófico durante bastante tempo: por um lado, as ideias de Parmênides e, por outro, o pensamento de Heráclito. Heráclito defendia a ideia de um mundo contínuo, enquanto Parmênides definia um ser único, um ser imóvel.

Segundo Heidegger: “Heráclito é o 'obscuro' porque ele pensa o ser enquanto o que se vela e tem que pronunciar a palavra de acordo com o que assim se pensa”18.

Parmênides é considerado o fundador da escola eleática, criada em sua cidade natal. Nela se destacam também os filósofos Xenófanes e Zenão. Baseado nas teorias de Xenófanes partiu para desenvolver seus próprios pensamentos. O ser de sua teoria é equivalente à concepção de “deus” de Xenófanes.

Em suma, enquanto o 1º crê na mutabilidade das coisas, o segundo acredita na imutabilidade. O pensamento de Parmênides rejeita pluralidade e o movimento pois promoveu grande polêmica entre os filósofos.

Alguns historiadores dizem que o “pai” da dialética teria sido Heráclito, ao identificar esse movimento intelectual como algo presente e fundante da natureza: uma troca de informações do constante movimento da natureza que resulta num complexo entendimento do natural como algo que sempre muda e nunca fica estático.