Quais as consequências de ser entubado?

Perguntado por: dboaventura . Última atualização: 28 de abril de 2023
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A rouquidão é um dos sintomas mais frequentes após a intubação de um paciente, mas costuma ser temporária, com duração de dois a três dias. Entretanto, há situações mais graves, que também podem gerar fraqueza na voz. “As pregas vocais ficam localizadas na laringe, por onde passa o tubo orotraqueal para a intubação.

Na emergência, as indicações mais comuns para intubação orotraqueal são: Insuficiência respiratória aguda; Oxigenação ou ventilação inadequadas; Proteção das vias aéreas em um paciente com depressão do nível de consciência.

Essa agitação é natural e acontece de forma mecânica. Rodrigo Mussi foi e segue sedado e intubado para que o corpo pudesse resistir aos processos cirúrgicos, cateteres intracranianos e à intubação.

Simples: se a retirada ocorre no primeiro teste de respiração espontânea (TRE). Difícil: se a retirada se dá em até 3 TRE, ou em até 7 dias após o primeiro TRE. Prolongado: o paciente falha em mais de 3 TRE ou necessita de mais de 7 dias após o primeiro TRE.

Os pacientes intubados são mantidos inconscientes e estão em sono profundo (coma induzido) principalmente para tornar o processo mais confortável e evitar que o tubo seja removido, o que poderia causar graves lesões na via aérea.

Normalmente, o CTI não abriga casos especializados em uma patologia específica, mas sim todos os pacientes que precisam de acompanhamento intensivo. Já a UTI é destinada a casos específicos, como a UTI neonatal, UTI cardiológica, UTI para queimados, etc.

Fala também pode acontecer na traqueostomia definitiva
Esta é conectada na cânula, para que o paciente possa se comunicar e falar através dela. Como você pode ver, é possível voltar a falar após passar pela traqueostomia, seja ela reversível ou definitiva.

O professor Pasquale esclarece que no dicionário Houaiss está que intubar é realizar uma intubação enquanto que entubar, entre outros significados, é dar feição ou forma de tubo.

As definições atuais de internação prolongada variam (sete, dez ou 14 dias) conforme o perfil das unidades e dos pacientes.

O ideal é usar a via gástrica (por SNG), porém se não for tolerada, utilizar a via pós-pilórica. Lembrar que a colocação de qualquer dispositivo de acesso entérico pode provocar tosse e deve ser considerado um procedimento gerador de aerossol. Além disso, deve-se usar máscaras N-95 durante a colocação da sonda.

Já as drogas de indução – Etomidato, Quetamina, Midazolam, Propofol e raramente Tiopental – visam, também, reduzir a resistência das vias aéras. Por fim, as drogas de paralisação, como Succilcolina e Rocurônio, atuam na otimização da intubação orotraqueal e reduzem a chance de hipotensão e aspiração.

Portanto, há casos em que o paciente pode escutar, sim, as vozes dos familiares. A grande questão é saber se o paciente entende o que lhe dizem. Em casos de sedação ou coma superficial é bem provável que o paciente seja capaz de compreender algumas coisas e reconhecer a voz da família.

Coma induzido
É o que acontece durante uma cirurgia feita com anestesia geral, por exemplo. “Quando o anestesista aplica uma medicação, ele está induzindo um coma, está gerando um estado de alteração do nível de consciência. O paciente não pode ser despertado, mas não é por uma lesão, e sim pelo efeito da medicação.

O inchaço é um sinal objetivo sendo visível pelo médico ou pelo próprio paciente, e muito comum em pacientes internados no CTI-A.

A traqueostomia permite a transferência dos pacientes da UTI para unidades de menor complexidade, sendo possível até a alta hospitalar com suporte ventilatório domiciliar.

Intubação traqueal difícil – São necessárias mais que três tentativas ou mais que dez minutos para completar a manobra de intubação, utilizando-se de laringoscopia convencional.

Entre os pacientes que receberam sedativos, a maioria (88,4%) permaneceu sedado por um período maior que 2 dias, com um tempo médio de 5,5 dias, com sedação por infusão contínua (67,2%) de doses combinadas de midazolam e fentanil.

O desmame é a retirada gradual ou abrupta do suporte ventilatório mecânico. Já a extubação é a retirada do tubo endotraqueal. Tipos de desmame. São classificados como simples, difícil e prolongado, o que deve ser levado em consideração no momento da transição para a ventilação mecânica.

Existe uma grande diferença: o coma é um estado de redução da consciência com perda parcial ou completa da responsividade aos estímulos externos, enquanto o “coma induzido” não passa de sedação farmacológica profunda, uma inconsciência provocada por medicamentos controlados.

Os pacientes intubados encontram-se incapacitados de atender total ou parcialmente as demandas respiratórias, o que pode gerar distúrbios relacionados ao equilíbrio ácido-básico e complicações em seu quadro.

“É um procedimento que causa incômodo e dor, o paciente não pode ficar acordado, porque o instinto natural do corpo é que tudo o que estiver na garganta e que não devia estar lá, seja expelido”, explica Santana.