Quais as consequências de não interagir?

Perguntado por: ialbuquerque9 . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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A falta de contato físico entre as pessoas, de modo geral, pode agravar em quadros de depressão e ansiedade, por aumentar sentimentos de solidão e abandono, segundo a psicóloga.

O aspecto mais importante da interação social é que ela provoca uma modificação de comportamento importante nos indivíduos envolvidos, como resultado do contato e da comunicação que se estabelece entre eles. Desse modo, fica claro que o simples contato físico não é suficiente para que haja interação social.

O grande número de mortos pela pandemia, o distanciamento social, o medo de contrair o vírus, o luto, a crise financeira, a falta de suprimentos, o excesso de informação e o tédio são alguns dos estressores que podem causar ou agravar doenças mentais. A curto prazo as consequências começam pelo aumento do estresse.

Como mencionamos logo acima, a dificuldade de socialização é multifatorial e pode apresentar diferentes características em cada caso. Uma pessoa pode ter a repulsão às atividades sociais por ter uma autoestima baixa, enquanto outra se sente exposta ao entrar em contato com outra pessoa.

Múltiplos fatores de estresse
Solidão, medo de se infectar, sofrimento e morte de entes queridos, luto e preocupações financeiras também foram citados como estressores que levam à ansiedade e à depressão. Entre os profissionais de saúde, a exaustão tem sido um importante gatilho para o pensamento suicida.

Nesse caso, sempre é recomendado consultar um profissional capacitado para uma avaliação completa. Fobia social, ou antropofobia, se trata de um distúrbio psicológico onde uma pessoa sente medo de estar entre outras pessoas.

A síndrome de Asperger é um transtorno de neurodesenvolvimento que afeta os processos de socialização e comunicação. As pessoas com essa síndrome sentem e percebem o mundo de forma diferente e possuem dificuldades persistentes para se comunicar e interagir socialmente.

Ficar sozinho por muito tempo aumenta a liberação do cortisol pelo cérebro, o chamado “hormônio do estresse”. E os efeitos são semelhantes ao de estar estressado: maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, diminuição da imunidade e surgimento de sintomas de depressão e ansiedade.

Em curto prazo, o isolamento pode, além da ansiedade, gerar comportamentos depressivos e elevar os níveis de produção de cortisol, popularmente conhecido como hormônio do estresse.

Pessoas que gostam de ficar sozinhas nada mais são que aquelas que gostam de estar em espaços que elas possam agir com maior autenticidade. Para elas, o fato de estar desacompanhadas em determinadas situações não é algo temido. É algo encarado com naturalidade e até mesmo buscado por elas próprias.

As interações sociais podem contribuir para a aprendizagem efetiva de habilidades e conteúdos, assim como fortalecer os valores éticos fundamentais ao desenvolvimento moral do ser humano. Na infância, a interação entre as crianças é indispensável para a construção de aprendizagens significativas no ambiente escolar.

O ato de conversar e interagir com outros indivíduos se mostra tão benéfico para a mente quanto fazer exercícios considerados estimulantes, como palavras-cruzadas, por exemplo. O estudo concluiu, também, que o isolamento social pode ter o efeito contrário e causar danos ao funcionamento do cérebro.

É a partir dela que os seres humanos desenvolvem a comunicação, estabelecendo o contato social e criando redes de relações, as quais resultam em determinados comportamentos sociais.

O Distanciamento Social é uma das medidas mais importantes e eficazes para reduzir o avanço da pandemia da covid-19. A doença é causada pelo vírus SARS-CoV-2, mais conhecido como o novo Coronavírus.