Porque uma pessoa em coma abre os olhos?

Perguntado por: usalgado . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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Pessoas em estado vegetativo podem fazer algumas coisas, porque algumas partes do cérebro estão funcionando: Elas podem abrir os olhos. Elas têm padrões de sono e vigília relativamente regulares (mas não necessariamente relacionados com o dia e a noite).

O coma, também conhecido como estado vegetativo persistente, é um estado profundo de inconsciência. No coma não há respostas intencionais a estímulos internos ou externos, embora possam estar presentes respostas não intencionais a estímulos dolorosos e reflexos do tronco cerebral.

A duração de um coma costuma ser menos de quatro semanas, com a recuperação acontecendo de forma gradual, mas também há casos em que uma pessoa permanece em um estado de inconsciência por anos ou décadas.

As sequelas que podem decorrer após a injúria cerebral e coma, dependem da causa do coma e da velocidade com que essa causa é revertida (se isso for possível). Podem haver sequelas motoras, sensitivas, cognitivas, convulsivas ou até comportamentais.

Qual a diferença do coma
A principal diferença entre o coma e o estado vegetativo é que no coma a pessoa não parece estar acordada e, por isso, não existe abertura dos olhos ou movimentos involuntários como bocejar, sorrir ou produzir pequenos sons.

No paciente com morte encefálica, as pupilas devem estar midriáticas, com dilatação média ou completa (3 a 9 mm) e devem estar centradas na linha média. A forma da pupila não é importante para o diagnóstico de morte encefálica, mas sim a sua reatividade.

De acordo com um novo estudo desenvolvido pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), é possível utilizar eletrodos que, ao aplicar choques em uma região específica do cérebro que está associada à consciência humana, poderia fazer com que alguém acordasse de um coma profundo.

Estudos científicos apontam que pacientes em coma induzido, devido à intubação, ao ouvirem gravações de familiares, apresentam recuperação mais rápida. Mesmo sedados, eles podem produzir respostas fisiológicas, como alterações na respiração e expressões faciais.

As chances de recuperação dependem do grau da lesão cerebral sofrida e estão mais relacionadas com a sua causa do que com o nível de coma.

  • Níveis de coma. ...
  • Síndrome de vigília arresponsiva. ...
  • Coma estrutural. ...
  • Coma não estrutural. ...
  • Coma induzido.

O paciente intubado está consciente? Os pacientes intubados são mantidos inconscientes e estão em sono profundo (coma induzido) principalmente para tornar o processo mais confortável e evitar que o tubo seja removido, o que poderia causar graves lesões na via aérea.

Após o diagnóstico de morte encefálica, não há qualquer chance de recuperação.

A condição mais grave, chamada coma irreversível ou Estado Vegetativo Persistente (EPV), provoca um coma profundo e prolongado, no qual só estão ativas respostas neurológicas reflexas. Aqui, o paciente já não tem uma vida voluntária, o que pode ser confundido com a morte encefálica.

A principal diferença entre coma e estado vegetativo se encontra no fato de que uma pessoa em coma não acorda, não movimenta os olhos e não realiza os movimentos involuntários realizados por uma pessoa em estado vegetativo como bocejar, produzir pequenos sons ou até mesmo respirar.

Infelizmente, não há um tratamento específico para fazer com que alguém retorne do coma. "O tratamento é resolver o que causou o coma, se for o AVC, desentupir a artéria. Mas tratamento para o coma não existe, cuidamos da saúde de forma geral e aguardamos as evoluções", explica Sampaio.

Alguns fatores contribuem para o paciente demorar a acordar, entre eles podemos citar: uso prolongado de drogas sedativas ou em altas doses, uso de drogas de vida longa, pacientes idosos, pacientes com insuficiência renal ou hepática, pacientes com lesão do SNC.

Segundo o neurologista Mauro Atra, nessa situação prolongada, o máximo que acontece é o paciente ouvir sons, mas sem a capacidade de interpretá-los. “A pessoa não sabe se ouviu um violino, uma buzina ou alguém falando o nome dela, mas vai mexer os olhos", diz o especialista.

Atualmente, os médicos declaram a morte a partir do momento em que o coração de um paciente deixa de bater. Quando isso acontece, as funções cerebrais terminam quase de imediato e a pessoa perde todos os seus reflexos.