Porque tem que aspirar antes de injetar?

Perguntado por: amuniz . Última atualização: 24 de abril de 2023
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Embora a aspiração seja defendida por alguns especialistas e, a maioria dos profissionais são ensinados a aspirar antes da injeção, não há evidências de que este procedimento seja necessário. A não aspiração tem sido indicada, pois ela diminui o tempo de aplicação e, consequentemente, a percepção da dor.

Aspirar, puxando o êmbolo para certificar-se de que não haja refluxo de sangue. Em caso de refluxo, retirar a agulha e reiniciar todo o preparo da medicação, escolhendo outro local para realizar o procedimento.

Segundo o Manual do Ministério da Saúde, ao administrar a vacina via subcutânea, a orientação é aspirar e observar se não atingiu algum vaso sanguíneo. Caso isso aconteça, retirar a agulha do local e preparar nova dose de vacina¹.

Embora a aspiração seja defendida por alguns especialistas e, a maioria dos profissionais são ensinados a aspirar antes da injeção, não há evidências de que este procedimento seja necessário. A não aspiração tem sido indicada, pois ela diminui o tempo de aplicação e, consequentemente, a percepção da dor.

Os motivos para não ser mais realizada a prática de aspirar o “ar” anteriormente a injeção IM, são diversos, a saber: a pressão negativa gerada (pois dentro do músculo não existe “ar” para ser aspirado), pode ocasionar, além da dor no local, efeitos adversos, como: sangramento, hematoma, má absorção do líquido, edema ...

A aspiração em injeções intramusculares é comum. No entanto, ainda que haja uma vasta discussão sobre aspiração de injeções subcutâneas – a fim de garantir que a ponta da agulha esteja localizada no local desejado e não perfure acidentalmente e injete o conteúdo no vaso sanguíneo(2,3).

Quando é preciso aspirar antes de injetar? A aspiração é necessária quando o produto injetável é irritante ou muito espesso (o que não é o caso das vacinas) e pode causar prejuízos à saúde se chegar à circulação.

Em injeções intramusculares ou subcutâneas, a aspiração (o ato de puxar o êmbolo para trás) é indicada para checar se o bisel (a ponta da agulha) não está dentro de um vaso. Então se estiver, há o risco do medicamento atingir a via endovenosa.

Considerando exames e relatos da paciente, Cabral pontua que a medicação mal aplicada pode ter feito uma irritação na pele na parte muscular, e essa irritação pode ter virado um abscesso. Outra possibilidade de reação a injeção aplicada erroneamente numa região é a criação de um hematoma.

Sangramento no local de aplicação
É normal que uma pequena quantidade de sangue apareça durante a aplicação. Esse sangramento, que geralmente é causado quando a agulha atinge um vaso sanguíneo pequeno, pode ser interrompido, pressionando o local com algodão. Além disso, o paciente deve: Evitar esfregar o local.

As vias injetáveis e sublinguais merecem destaque quando o assunto é a velocidade de absorção de fármacos. Isso porque facilitam a passagem do ativo para o organismo quando comparadas com outras vias (como a oral) e sofrem menos interferência das atuações do metabolismo.

A aplicação de ar diretamente na veia pode ser fatal. “Imagina que você forma uma bolha no sistema dos vasos sanguíneos. Uma bolha de gás. Isso vai começar a circular pelo corpo e para no pulmão, por exemplo.

A seringa não deve conter nenhum volume de ar, pois isso pode comprometer a dose de medicamento que será administrada. Por isso você deve conferir, inspecionar a seringa após aspirar o medicamento.

De acordo com a literatura, é desnecessário esse procedimento, não havendo razões clínicas para sua realização, nas regiões deltoide, ventroglúteo e vasto lateral, com exceção da região dorsoglútea.

O local correto da injeção está localizado próximo ao centro do quadrante superior direito e a 1/3 da distância da crista ilíaca. A esfera de injeção correta tem 5 cm de diâmetro, que é a aproximação do panículo adiposo subcutâneo e do panículo. Os componentes do local de injeção e a epiderme são fáceis de substituir.