Porque Schopenhauer crítica Hegel?

Perguntado por: oteixeira8 . Última atualização: 1 de março de 2023
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A filosofia de Schopenhauer inicia como oposição e crítica à filosofia de Hegel, ele acreditava que os pensamentos de Hegel tinham se tornados oficiais e estatais e defendiam interesses pessoais, não buscando mais a verdade.

Schopenhauer faz diversas indagações sobre o conceito Hegeliano de ser e daquilo que se entende ser. Já Kierkgaard, outro grande filósofo, ele não entendia como a verdade absoluta pautada na filosofia Hegeliana funcionava, assim, ele questionava sobre o entendimento das ideias socráticas e sobre todo o universo.

Pensamentos e teorias
Segundo o filósofo, essa Vontade é aquilo que explica a conduta humana, algo que não possui uma finalidade, é cego, e não apresenta sentido. Ou seja, a realidade é guiada pela Vontade, e não pela razão. Esse é um dos pontos que tornam Schopenhauer um autor “pessimista”.

Schopenhauer afirma, no seu livro A Arte de Ter Razão que “[a] dialética erística é a arte de disputar, mais precisamente a arte de disputar de maneira tal que se fique com a razão, portanto, per fas et nefas [com meios lícitos e ilícitos].

Schopenhauer acreditava que o amor era um mal necessário. O erro estaria em esperar demais dele e acreditar que só amamos uma vez na vida. “Para ele, o amor era terrível, instável, dilacerante, mas fundamental. Só não poderíamos sofrer tanto por ele”, afirma Douglas Burnham.

RESUMO: Schopenhauer define a felicidade como a “satisfação sucessiva de todo o nosso querer”, e afirma que a tendência a ela (i) “coincide completamente com a nossa existência” – cuja essência é a Vontade de viver – mas (ii) é revelada pelo conhecimento como o nosso maior erro e ilusão.

O filósofo postula que todos estão sofrendo em qualquer situação que se encontrem: viver é sofrer. A fonte do sofrimento interminável é a essência em si do mundo, essência essa que Schopenhauer compreende como sendo a Vontade.

Segundo Hegel, Kant sucumbe ao dualismo do sujeito e do objeto e, portanto, falha em sua missão crítica da razão, do Iluminismo e da própria modernidade. Kant postula que as determinações conceituais do sujeito pensante não podem jamais ser conhecidas como sendo aquelas do próprio ser.

O racionalismo, à medida que busca sempre a generalidade, desconfigura as singularidades que são características do mundo efetivo. Desse modo, ao criticar Hegel, Kierkegaard procura apontar as falhas de um sistema formal da existência. Existir é viver um paradoxo sem conciliação dos opostos, sem sistema, portanto.

Como percebemos, Marx rompe com a concepção hegeliana do Estado por seu dogmatismo especulativo do qual o real é o racional-conceitual e não o real existente, porque o Estado é considerado antes mesmo que o ser humano.

Arthur Schopenhauer

Arthur Schopenhauer, chamado de filósofo do pessimismo, entrou para a história com a imagem carrancuda de velho ranzinza, mal-amado e invejoso.

Schopenhauer afirma que a vida se materializa em um pêndulo, em que de um lado possuímos o sofrimento e do outro o tédio, sofrimento por querer ter algo que não temos e tédio por finalmente conseguir aquilo que queremos e então nos sentir vazios.

Segundo Schopenhauer, o mundo existe para cada pessoa apenas como representação, pois tudo o que percebemos corresponde a uma representação de mundo, que resulta da sensibilidade, do espaço, do tempo e do entendimento.

Pensamentos que influenciaram Schopenhauer foram: Upanixades, Platão e Kant.

COMO VENCER UM DEBATE SEM PRECISAR TER RAZÃO: OS 38 ESTRATAGEMAS DE ARTUR SCHOPPENHAUER. DIALÉTICA ERÍSTICA. 1) AMPLIAÇÃO INDEVIDA: Levar a afirmação do adversário para além de seus limites e exagerá-la. Antídoto = dos puncti ( dos pontos) ou status controversiae = maneira de controvérsia.

Desta forma, Freud revela a influência da filosofia de Schopenhauer na constituição de sua visão dualista da vida pulsional, Eros e Thanatos, e reconhece a existência da pulsão sexual, de vida, e da pulsão de morte no pensamento de Schopenhauer.

In: SCHOPENHAUER, op. cit., 2002. BENJAMIN, W.

Através da Metafísica da Vontade, Schopenhauer nos demonstra que o mundo não é regido e ordenado por um princípio racional33, mas sim pela Vontade, um ímpeto cego e irracional, destituída de consciência, sem qualquer finalidade ou propósito.

Suas reflexões morais são baseadas em uma crítica à perspectiva ética de Immanuel Kant. Segundo essa crítica, ao invés de supor um princípio a priori, deveríamos empreender uma investigação empírica e tentar encontrar ações com valor moral inquestionável.

O amor não é outra coisa que um derramamento, uma espécie de luxo e de dádiva daquilo que cada indivíduo conquistou por e para si mesmo e quer partilhar, alegremente, com um outro. Nesse caso, não há nada de carência, mas muito pelo contrário, de plenitude. Quanto mais pleno de si, mais capaz de amar será um indivíduo.

Em Schopenhauer, todo querer (Wollen) nasce de uma necessidade (Bedürfnis), portanto de uma carência (Mangel), logo, de um sofrimento (Leiden). E enquanto sujeitos do querer estamos submetidos ao ímpeto dos desejos. Portanto, ao se objetivar como corpo, “a vontade é fonte de dor e sofrimento”.