Porque peidar é tão bom?

Perguntado por: treal . Última atualização: 30 de janeiro de 2023
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Quando nós mesmos vamos soltar um pum, nosso córtex cingulado anterior, responsável por processar a surpresa, fica em alerta e antecipa que um cheiro desagradável vem por aí. Isso, de certa forma, ameniza o impacto.

Adaptação ao nosso próprio pum
Além do nojo que, basicamente, nos manteve vivos ao longo dos séculos, a adaptação aos nossos próprio odores também ajudam a preferirmos nosso próprio pum ao dos outros. Se não fosse isso, provavelmente, seria impossível as pessoas fazerem a higiene pessoal corretamente.

Os médicos explicam que os gases, como arroto e pum, são liberados de forma involuntária (sem depender da nossa vontade) pelo organismo e, na maioria das vezes, é possível segurá-los. Mas nem sempre dá para escolher quando ou não se pode eliminá-los.

Os gases são formados a partir da digestão dos alimentos ingeridos. Eles são fermentados quando absorvidos pelas bactérias da flora intestinal para serem posteriormente liberados. A quantidade de gases que um indivíduo possui no intestino varia entre 100 e 200ml e o número de eliminações diárias é de cerca de 20 vezes.

Outra pesquisa, publicada na Revista Americana de Gastroenterologia, mostrou que é normal um adulto ter de 8 a 20 episódios de flatulência durante o dia.

Cheirar pum faz bem para saúde e aumenta expectativa de vida, diz estudo. Uma pesquisa realizada na Universidade de Exeter, na Inglaterra, descobriu que os puns – sim, aqueles gases com cheirinho desagradável – ajudam a combater doenças e prolongar a vida de uma pessoa.

Uma prática comum nesses momentos é tomar chá de funcho com erva-cidreira e caminhar durante alguns minutos. Desse modo, é possível estimular o funcionamento do intestino, eliminando os gases de forma natural. Outra opção é realizar massagens abdominais.

2 a 4 comprimidos de carvão ativado podem ajudar com o gases. Se você for intolerante à lactose, experimente tomar a enzima lactase. Para diminuir o mau cheiro do pum, tente tomar salicilato de bismuto monobásico (Pepto-Bismol).

Afinal, muitas vezes as flatulências possuem um cheiro desagradável e um grande potencial para provocar constrangimentos. No entanto, esse hábito tende a ser relativamente perigoso para o corpo, visto que o acúmulo de gases pode causar distensões e fortes dores abdominais.

Dieta e Motilidade Intestinal
Uma alteração comum no envelhecimento é a diminuição da motilidade intestinal. Ou seja, os movimentos naturais da musculatura intestinal, que impulsionam o bolo alimentar em direção ao ânus, ficam mais lentos e menos eficientes.

Frutas secas, como passas ou ameixas. Fruta, como pera, maçã ou pêssego. Legumes, como cebola, cenoura, brócolos, beringela, couve e couve-de-bruxelas. Laticínios, como leite, sobretudo no caso de intolerância à lactose (um açúcar natural presente no leite e derivados).

Prender os gases não provoca riscos significativos à saúde, mas pode gerar desconforto quando há acúmulo em excesso. É comum que ocorra distensão abdominal (barriga inchada), cólicas abdominais (dor de barriga) e rompimento da parede intestinal.

Assim, torna-se ilegal peidar em público. Sendo assim, emitir gases em público deixa de ser uma situação deselegante e passará a ser considerado crime. Quem desobedecer, terá um registo criminal por flatulência.

“Quando estamos dormindo, o gás que atinge o reto, a porção distal do trato gastrointestinal, é liberado de forma inconsciente. Entretanto, devido à redução da mobilidade intestinal, há tendência a um acúmulo de gás no intestino, sendo liberado em maior quantidade pela manhã”.

Gases, fadiga e desconforto abdominal podem ser sinais de câncer de pâncreas.

Basicamente evite os carboidratos, feijão, couve-flor, chocolate, café, leite e alimentos gordurosos. Não abuse de refrigerantes. E tente não deitar logo após a última refeição.

“Deitar com os membros inferiores elevados ajuda na eliminação dos flatos. Outra possibilidade é caminhar dentro de casa no momento das cólicas causadas pelos gases. Adotar essas posições ajuda o aumento do trânsito intestinal e a eliminação mais rápida dos flatos”, informa a gastroenterologista Amanda Buchmann.

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