Porque os negros inventaram a feijoada?

Perguntado por: larruda . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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Convencionou-se que a feijoada foi inventada nas senzalas. Os escravos, nos escassos intervalos do trabalho na lavoura, cozinhavam o feijão, que seria um alimento destinado unicamente a eles, e juntavam os restos de carne da casa-grande, partes do porco que não serviam ao paladar dos senhores.

A feijoada representa, de certo modo, a própria sociedade nacional. Nascida na cultura brasileira, símbolo da miscigenação, ela é representação de diversas raças unidas e carrega contribuições étnicas dos indígenas, negros e europeus.

A comida reservada para os escravos era pouca. Eles se alimentavam dos restos que sobravam dos senhores. rabos, costelinhas e outras partes do porco, misturadas ao feijão preto, deram origem à nossa tradicional feijoada.

A criação e nome da feijoada tem relação com modos de fazer portugueses, das regiões da Estremadura, das Beiras e de Trás-os-Montes e Alto Douro, que misturam feijão de vários tipos - menos o feijão preto (de origem americana) - linguiças, orelhas e pé de porco.

Feijão preto, toucinho, farinha de mandioca e carne seca juntos formam o prato mais popular do Brasil: a feijoada.

Feijoada é uma designação comum dada a pratos da culinária de regiões e países lusófonos como Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Timor-Leste e Macau.

Feijoada tradicional
Versão mais conhecida no Brasil e no mundo, é muito consumida no Paraná e na Região Sudeste. No Rio de Janeiro, a feijoada é apreciada tanto em dias quentes quanto nos frios, também chamada de feijoada carioca.

Muitos restaurantes consideram a quarta-feira como o Dia da Feijoada! O motivo pouco conhecido se dá por uma herança portuguesa. Nossos colonizadores têm costume de comer certos pratos em determinados dias da semana. Além disso, degustam uma culinária parecida com feijão branco, orelha, focinho e chispe de porco.

A feijoada é um dos pratos típicos mais conhecidos e populares da culinária brasileira. Composta basicamente por feijão preto, diversas partes do porco, linguiça, farinha e o acompanhamento de verduras e legumes, ela é comumente apontada como uma criação culinária dos africanos escravizados que vieram para o Brasil.

A mais provável origem do prato é o cozido europeu, que já fazia a mistura de tipos de carnes. Os portugueses reproduziram a receita usando o feijão preto, que era uma base importante da alimentação no Brasil da época.

Uma história popular bastante difundida confere aos escravos negros a autoria da feijoada. Segundo essa versão, os senhores donos dos escravos forneciam a eles as partes menos nobres dos porcos, como as orelhas, rabos e pés, partes que eles então cozinhavam com feijão e água.

A origem do feijão preto remonta à região sul-americana, na qual fazia parte da dieta indígena. Aliás, a farinha de mandioca também tem sua origem ali, e serviu como componente básico da alimentação de europeus e africanos vindos para o Brasil.

O prato se popularizou ao ser servido em hotéis e restaurantes frequentados pela elite escravocrata nas principais cidades do Brasil. Foi também nesses locais que foi ganhando combinações de acompanhamentos, como o arroz branco, a couve, a farofa, laranja, até chegar nas tradicionais combinações que temos hoje em dia.

Os portugueses foram os responsáveis por trazer ao Brasil a técnica e a combinação do cozido com carnes, que com o passar do tempo e evolução dos costumes, teve o nosso feijão acrescentado.

A primeira delas é que a LARANJA, por ser rica em fibras e pectina, ajuda a diminuir um pouco da absorção das gorduras presentes nas carnes, aliviando a sensação de desconforto no estômago que às vezes sentimos após consumir uma feijoada e melhorando a digestão.

O feijão-caupi é uma cultura de origem africana, introduzida no Brasil na segunda metade do século XVI pelos colonizadores portugueses no Estado da Bahia.

Eles introduziram ingredientes diferentes como leite de coco-da-baía, o azeite de dendê, a pimenta malagueta. Com eles descobrimos o feijão preto, aprendemos a fazer acarajé, vatapá, caruru, mungunzá, angu, pamonha e muito mais!

Os escravos utilizavam a geofagia – ato de comer terra – para se enfraquecer e, em seguida, morrer. Era uma forma de suicídio. A depressão causada pelo degredo dos africanos para as terras americanas chegava a tal ponto que o escravo tentava, por meio desse ato extremo, libertar-se dessa condição.

O famoso prato é um dos mais lembrados pelos estrangeiros quando se fala em culinária brasileira. Uma lista preparada pelo site Business Insider descreve a feijoada como “frequentemente considerado o prato nacional do Brasil”. “O reconfortante prato é servido com arroz, couve refogada e farofa.

Provavelmente, às quartas e sábados (ou um dos dois dias), você sempre se depara com uma iguaria no cardápio de restaurantes: a feijoada. Com carnes diversas, acompanhamentos, vegetariana… É sempre uma ótima pedida.

A feijoada brasileira é feita com uma mistura de feijões pretos e carnes de boi e de porco. Costuma ser servida com couve refogada, pedaços de laranja e farofa. A feijoada costuma ser considerada o símbolo da culinária brasileira, por fundir características gastronômicas europeias e africanas.